Escola De Chicago

A Escola de Chicago tem como reflexão teórica sobre a comunicação que os processos de interação entre as pessoas são constituídos simbolicamente pela comunicação. As pessoas se relacionam através de símbolos e a vida social se mantém pelo fato dos seres humanos serem capazes de interpretar o Mundo.

Os símbolos pressupõem consenso e não apenas permitem estruturar a interação, mas são portadores de valores. A sociedade é uma estrutura simbólica hierarquizada, em que se fixam relações de domínio e distribuição de poder. A comunicação cria e sustenta essas hierarquias simbólicas, sendo, portanto, um processo que pode servir para promover ou reprimir o conhecimento e a autodeterminação.

A comunicação é a maior possibilidade de interação social. As pessoas constroem um conceito de si mesmas com base nos demais, desde o seu nascimento, através da interação. A linguagem permite que as ações sejam pouco a pouco substituídas por símbolos. Os homens não agem em função das coisas, mas do significado que as coisas tomam no processo da comunicação.

A comunicação não só possibilita a interação, mas expressa relações e confere sentido ao mundo. Os sujeitos têm uma experiência comum da realidade e constroem seu mundo como coletividade.

A natureza dos objetos do mundo é social, ou seja, seus significados são constituídos pelas formas de interpretação, ditadas pela sociedade e pela interpretação dos sujeitos, moldada no cotidiano. Há elementos objetivos que favorecem a criação de determinadas imagens, mas esses elementos não representam a totalidade do simbólico. Há uma dimensão que é própria de quem está atribuindo o sentido. Se o homem é vivo, pensante, é capaz de interpretar e os significados são sempre refeitos, para a revolução tecnológica dos meios de comunicação, que os transformou no principal meio de difusão do conhecimento na sociedade.