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Estruturas fundamentais do ser humano

Por:   •  13/6/2017  •  Resenha  •  3.565 Palavras (15 Páginas)  •  375 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O trabalho busca de forma sintética resumir um capítulo do livro apresentado por Lima Vaz – Antropologia Filosófica, na temática que se segue sobre a composição da Estrutura Fundamental do Ser Humano, sendo elas: corpo próprio, psiquismo e espírito. Essa estrutura trial apresenta e compreende o homem aberto para a relação consigo e com o outro.

Posteriormente, quando já apresentada sua estrutura substancial/estrutural, o terceiro momento dissertará sobre sua vida propriamente dita no que concerne ao existir, ao “ser”, tendo como manifestação última e superior o plano espiritual.

CORPO PRÓPRIO

O corpo próprio é o ponto de início, e para compreender o núcleo do homem precisamos entender a questão corporal. Há três passos para se compreender o corpo: primeiro, a pré-compreensão; segundo, a compreensão explicativa; terceiro, a compreensão filosófica.

Na Pré-compreensão o corpo se divide em três, em substancial material (totalidade física), em orgânico (totalidade biológica) e em corpo próprio (totalidade intencional) assumido na auto expressa o do sujeito. Esse também considerado o Eu corporal, que transcende o nível físico e o biológico, o corpo vivido.

É através do corpo que o homem está presente no mundo. Porém, existe a presença natural e a presença intencional. Isto é, estar-aí em que há uma situação que o sujeito é passivo ou ser-aí a qual o sujeito é tido como ativo, respectivamente. A existência de ambas as presenças, tanto natural quando intencional, remete a novas situações no espaço-tempo. A presença natural refere-se ao espaço-tempo físico e biológico. Situa no espaço-tempo do mundo. A presença intencional se trata do espaço-tempo humano, corpo próprio e corpo vivido.

Ao Pré-compreender o corpo próprio o homem se organiza no estar-no-mundo. A objetividade do corpo físico-biológico e significando-os em articulados entre si, que são exatamente os níveis do espaço-tempo que se pode denominar humano. Há vários tipos de níveis de reestruturação do espaço-tempo: primeiro nível de reestruturação do espaço-tempo físico-biológico pelo corpo próprio, nível que forma a imagem do corpo próprio, postura (espaço) e ritmo (tempo). Esse intervém a sexualidade. Segundo, nível da reestruturação do espaço-tempo psíquico de nosso estar-no-mundo pelo corpo próprio. De ordem afetiva, tem significado de sentimento, emoção, imagem. Terceiro nível de reestruturação do espaço-tempo social de nosso estar-no-mundo por meio do corpo próprio. Ordem de comunicação, sinal, gesto ou linguagem. Quarto nível, reestruturação do espaço-tempo cultural de nosso estar-no-mundo por meio do corpo próprio. Essas são técnicas de adestramentos e modelagens do corpo (ginástica, refeição, etiqueta). A Pré-compreensão serve como mediação do sujeito. Corpo como Natureza(N) e Forma(F) torna-se um corpo humano.

Logo, a intencionalidade subjetiva do corpo (Eu), reestruturando corporalmente o espaço-tempo físico-biológico e o espaço-tempo psíquico; e uma intencionalidade intersubjetiva do corpo, que reestrutura corporalmente o espaço-tempo social e o espaço-tempo cultural.

Já na Compreensão explicativa da corporalidade a mediação entre o que é dada Natureza(N) e a Forma(F) é exercida pelo Sujeito(S) abstrato. Essa mediação científica mantém uma distância entre o homem e o seu corpo. O corpo objetivado, empírico formal.

Os conceitos fundamentais dessa forma de conhecimento situam o homem no tempo e no espaço segundo três grandezas: Uma grandeza de tempo longo, corpo como leis gerais da evolução da vida ou filogênese. A grandeza do tempo curto, corpo como leis da gênese individual e sua formação ou ontogênese e por fim uma grandeza estrutural, corpo como as leis de sua organização e funções.

Por fim, na Compreensão filosófica ou transcendental do corpo, durante o processo de construção da sociedade ocidental, da Grécia Antiga até o século XXI, o corpo passou por várias transformações no que diz respeito ao seu papel na sociedade.

A visão histórica do corpo começou a ter grande influência Platônica no período Socrático. Platão reflete o mundo das ideias do qual a alma se originou e se encarcerou num corpo que é o mundo real, apresentando o corpo como uma dimensão inferior, limitado, contraposto à alma (perfeita, eterna e imutável), lançando os pressupostos para a teologia cristã. Assim sendo, as atividades relacionadas ao intelecto eram consideradas nobres reservadas à aristocracia, fomentando o chamado "ócio prestigioso" e, relegando às classes inferiores, os trabalhos braçais.

Aristóteles pensava de forma diferente, afirmava que a alma tem a forma do corpo, e influencia o empirismo ao admitir que o corpo interage perfeitamente com este mundo a partir de suas percepções sensoriais: os sentidos, a intuição e a consciência. Ambos influenciarão a visão de mundo e concepção de "Homem Moderno".

O pensamento cartesiano instaura a fragmentação da percepção corpórea: "Penso, logo existo". Esta modernidade perceberá duas "instâncias do corpo humano: "res extensa" (corpo e matéria) e "res cogitans" (coisa pensante). O que hoje entendemos como dualismo psico-físico norteará abordagens distanciadas da proposta Holística dos gregos".

Durante séculos o mundo esteve preso primeiramente a uma visão idealista e depois materialista. Chegando ao mundo globalizado, influenciado pela mídia, onde o valor dado ao corpo está relacionado ao mercado capitalista, esses valores foram claramente invertidos, encontramos na atualidade uma supervalorização do corpo, padronização do “belo” e por consequência uma perda de identidade.

CATEGORA DO PSIQUISMO

O psiquismo está, sobretudo, ligado ao homem-sujeito e sua organização de tempo não se iguala ao físico – biológico como o corpo, mas ele por si só gerencia seu ritmo e o fluir da vida psíquica como: emoções, afetos, imaginação, vontades, memória. Isto é substancialmente a existência intrínseca do mundo em nós. A nossa revelação de ser que existe no tempo se dá pelo psiquismo, pois é um sujeito que emite o que pensa, acumula vivências, cultura

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