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Evolucionismo Cultural

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Por:   •  31/7/2014  •  3.019 Palavras (13 Páginas)  •  789 Visualizações

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Escola de Filosofia. Letras e Ciências Humanas – UNIFESP

Curso de Ciências Sociais

UC Seminário de Leituras Dirigidas I – 1º semestre de 2012

Profas. Gabriela Nunes Ferreira e Maria Fernanda Lombardi Fernandes

Eliakim Alves Barbosa

Fichamento do texto: CASTRO, Celso – Evolucionismo Cultural

Apresentação

O Texto reúne três autores clássicos da hegemonia do pensamento evolucionista antropológico entre os anos (1871 e 1908). São eles: Morgan, Tylor e Frazer. Trata-se portanto de um resumo dos três pensamentos evolucionistas mais influentes da época, não abordando em seus mínimos detalhes, mas dando-nos uma pequena introdução desse pensamento que é vasto e misto, inclusive atualmente.

O fato de serem grandes pensadores para o movimento e pensamento evolucionista cultural, não implica em serem também evolucionistas as obras destes três autores, que são amplas em outros campos da antropologia, com estudos de diversos tipos. A restrição para a escolha dos três á compor o texto foi a de que estes se propuseram a seguir “institucionalmente” suas posições de antropólogos, excluindo assim outros grandes pensadores que fogem á essa restrição. Foi escrito em intenção de colaborar com alunos principalmente de graduação em antropologia, visando explicar em poucas palavras esse pensamento novo até então.

Três “pais fundadores” da antropologia

Os três autores citados, suas obras e suas vidas, colaboram para formar o que é chamado de “panteão dos fundadores da antropologia” [ver página 8] - uma vez que disputam novas origens para a antropologia como era conhecida, o que ocorre em diversas disciplinas. Morgan, primeiro autor citado nascido nos Estados Unidos e formado em direito iniciou uma “brincadeira” [ver página 9] - (A Ordem do Nó Górdio), que veio a se tornar (A Grande Ordem Dos Iroqueses), como o próprio nome diz, essa ordem estudava os clássicos da época e fazia pesquisas sobre os iroqueses (índios locais).

Certo tempo depois, ele se mudou para “Rochester”, [ver página 9] - onde estabeleceu-se inclusive profissionalmente chegando a conhecer um índio iroques que o interpretou e o levou aos seus chefes, explicando seus modos de vida no geral, o que levou Morgan á retornar suas pesquisas e conhecer muito mais sobre essa cultura.

Chegou a ser adotado por um determinado grupo na condição de “gerreiro seneca” [ver página 10] - com algumas restrições que não atrapalharam em seus estudos, mas o impossibilitou de aprofundá-los. Com o que sobrou da Grande Ordem foi a vontade de pesquisar os iroqueses por Morgan que chegou a ser o “maior especialista americano nos Iroqueses”. [ver página 10]

Pensando em dissolver o pensamento agressivo contra os índios em “1851” [ver página 10] Morgan publicou suas pesquisas de campo sobre seus objetos de estudo que despertava segundo ele o desejo por compreendê-los. Após algum tempo fazendo sucesso em outros ramos profissionais, Morgan, voltando novamente á seus interesses antropológicos procurou provar então a origem única dos índios americanos e até mesmo dos índios orientais, ele fez isso mostrando o quão eram parecidos os sistemas de parentesco entre esses nativos, procurando mostrar também que provavelmente se encontrariam sistemas comparativos também nos índios orientais.

Nesse período foi comum ele mandar questionários ás missões religiosas perguntando sobre os sistemas de parentesco e algumas outras características dos nativos da região missionada, comum também foram suas visitas á esses grupos nativos que só veio a parar após receber a notícia da morte das duas filhas enquanto esteve longe.

Depois da perca de suas duas filhas Morgan se posicionou a somente estudar sem ir a campo publicando os resultados de sua pesquisa no “maior e mais caro livro publicado” [ver página 12] - na época, seu livro mostrava que os sistemas de parentesco se dividiam basicamente em dois diferentes, um do Hemisfério Sul e outro da Europa e do noroeste asiático, supondo que suas diferenças poderiam ser derivadas de mudanças físicas como no caso o “desenvolvimento de propriedade”. Levando este tema ao centro da antropologia, o livro por ele publicado influenciou inclusive na dedicatória em sua memória feita por outro pensador em sua obra, (Lévi-Strauss).

Descartando outros meios ainda e se voltando por interesse puro á ciência em meados da década de 1868 publicou mais uma grande obra que explicava semelhanças entre mentes humandas e animais. Suas obras se sucederam e após seu maior estudo publicado Morgan passou a utilizar o pensamento dito antropológico para entender o que se passou antes dele publicando também obras como “A sociedade Antiga” [ver página 13] - Que em seus cinco objetos de estudos diferentes mostrava claramente e mais uma vez que a contrução do pensamento proprietário foi de extrema importância para o desenvolvimento da civilização, após essa publicação Morgan estava em seu auge como profissional em antropologia, influenciou toda uma geração de jovens que o levou a ocupar uma das vagas da “National Academy of Sciences”. [ver página 13]

Morgan finalizou então sua vida antes mesmo de completar 64 anos quando presidia a sociedade americana de avanço das ciências, chegando a ver seu último trabalho finalizado, “Casas e vida doméstica dos aborígenes americanos.” [ver página 14] - Karl Marx e Friedrich Engels se armaram com as obras publicadas por Morgan, que do ponto de vista deles eram tão importantes ao meio antropológico quanto eram importantes as idéias Darwinistas para o meio biológico, para fundamentar suas idéias e expor seus pensamentos. Entre as teorias de Marx e Morgan, haviam semelhanças claramente identificáveis e apontadas como idéias comunistas principalmente por Engels.

Essa admiração da qual padeciam Marx e Engels foi atacada popularmente ao fato de ser Morgan, um “burguês republicado norte-americano” [ver página 15] - Mesmo assim se tem em registros pessoais não publicados, acusações contra aos que prenderam injustamente os “communards” que seriam do ponto de vista dele, “mal-compreendidos” Morgan então

começa a dizer que o governo era uma ferramenta para garantir a posse e o aumento da propriedade e que os aristocratas cresciam ao ponto em que eram comerciantes e sempre ganhavam dinheiro chegando sempre as classes burguesas.

O texto não se prende a comprovar ou abrir discussão sobre as peculiariedades que unem similarmente os pensamentos de Marx

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