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Uma Reflexão sobre as obras “Cultura: um conceito antropológico” e “Evolucionismo cultural”

Por:   •  25/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  631 Palavras (3 Páginas)  •  640 Visualizações

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Uma Reflexão sobre as obras “Cultura: um conceito antropológico” e “Evolucionismo cultural”

Ambos os livros “Cultura: um conceito antropológico” do Laraia e “Evolucionismo cultural” do Castro trazem como eixo de discussão o conceito antropológico de cultura, bem como a busca pela legitimação da antropologia como ciência, através da definição de um campo de interesse para estudo.

A obra organizada por Celso Castro reúne textos de três autores clássicos da hegemonia do pensamento evolucionista antropológico, sendo eles: Lewis Henry Morgan (1818-1881), Edward Burnett Tylor (1832-1917) e James George Frazer (1854-1941). Nesta obra Castro faz um dialogo sobre as obras desses três pensamentos evolucionistas mais influentes da época, trazendo o contexto no qual esses textos foram escritos, bem como, aborda de que maneira surgiu em cada um o interesse por temas relacionados à antropologia, como parentesco, a própria definição de cultura, religião, e que os colocaria como os “pais fundadores” da antropologia.

De acordo com Castro, a tradição antropológica estava inserida no contexto científico do século XIX, no qual a forma de apreender e explicar os fenômenos tanto naturais quanto culturais era predominantemente evolucionista, isto é, existia um progresso direcionado de formas simples às complexas, da homogeneidade à heterogeneidade, das atrasadas às avançadas. Diante disso, a grande questão que tomava conta do debate antropológico e sobre os quais os autores reunidos na obra buscavam respostas era sobre como poderia existir uma diversidade cultural entre os povos, se há uma origem comum? A solução a questão, para Frazer, assim como para Morgan e Tylor é a existência de uma evolução, ou seja, haveria um caminho a ser trilhado por todas as sociedades, numa trajetória vista como obrigatória, unilinear e ascendente, partindo do estágio “selvagem”, passando pela “barbárie” até chegar à “civilização”. A partir disso, os antropólogos deveriam estudar os povos antigos ou a cultura primitiva para traçar essa trajetória.

Laraia em sua obra “Cultura: um conceito antropológico”, deixa claro sua ideia de que as diferenças genéticas não determinam as diferenças culturais, ou seja, que o determinismo biológico não influencia o aprendizado e o modo de agir de determinada cultura, processo no qual ele chamou de endoculturação. Depois de vários estudos entre os diferentes povos segundo o autor, ficou constatado que mesmo em ambientes iguais, existiam culturas diferentes, assim como culturas semelhantes em povos de espaços distintos.

Ao lermos a obra de Laraia podemos identificar que o autor se refere a cultura como fator de diferenciação da espécie humana em relação às demais. Sobre isso, ele acaba falando sobre a definição de cultura proposta por Edward Tylor como sendo o “complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes e quaisquer outros hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade” , dizendo que tal conceito é uma síntese de diversos autores que tentavam quebrar o raciocínio da relação entre o natural e cultural.

Com os livros de Castro e Laraia, temos uma visão dos autores do período clássico da teoria evolucionista na Antropologia, bem como o contexto nos quais estes debates estavam inseridos. Naquele momento

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