FICHAMENTO – O CONSUMO DO ESPAÇO

FICHAMENTO – O CONSUMO DO ESPAÇO

Aluna: Amanda Cortez Torres C. Branco

“A ideia de modernidade marcou de forma inexorável o nosso século.”

“Este final de século aponta um momento de profundas transformações nas relações espaços-temporais, o que implica um novo modo de pensar na a realidade e como homem vive essas transformações num cenário sempre cambiante. O domínio do espaço, da mídia e a era do marketing, do infinitamente pequeno, produzimos uma nova mentalidade, outro modo de vida.”

“O cenário que dá sentido a tudo isso é a globalização, que para a empresa significa a abertura para o mercado externo, agindo num número maior possível de lugares e permitindo a movimentação rápida do dinheiro, que migra por todas as partes do planeta diuturnamente.”

“Essas mudanças invadem de modo inexorável a vida das pessoas. Para o homem comum significa a imposição de novos padrões de comportamento, novos valores, uma nova estética.”

“Até há pouco tempo, vendiam-se mercadorias como mesas e cadeiras, hoje a sociedade é invadida por pacotes de informações. Se por um lado assistimos à tendência da produção de bens imateriais, por outro vende-se cada vez mais o espaço, inaugurando um movimento que vai do espaço de consumo, ao consumo de espaço”

“Com isso, transforma-se substancialmente o uso do espaço e, conseqüentemente, o acesso da sociedade a ele. Nesse contexto o valor de troca impresso na mercadoria”

“O espaço-mercadoria, cada vez mais preso ao universo da troca, fragmentado pelo processo de compra e venda, impõe importantes transformações no plano do uso e do consumo do espaço.

“Com isso, transforma-se constantemente o lugar e produz-se o estranhamento a partir de sua desfiguração debaixo do concreto armado.”

“Torna-se necessário, para efeito de análise, diferenciar os termos globalização/mundialização. A globalização como fenômeno liga-se à internacionalização da produção”

“A noção de mundialização refere-se às transformações que fogem ao estritamente econômico e dizem respeito ao social, cultural, político e ideológico, ao mesmo tempo em que se revelam no plano de mundialidade.”

“Todavia a contradição entre o processo de produção social do espaço e sua apropriação privada está na base do entendimento da reprodução espacial, direcionando os modos de consumo do espaço.”

“Constata-se, hoje, a tendência segundo a qual cada vez mais os espaços são destinados à troca, o que significa que a apropriação e os modos de uso tendem a se subordinar cada vez mais ao mercado.”

“O espaço se reproduz, no mundo moderno, alavancado pela tendência que o transforma em mercadoria – o que limitaria seu uso às formas de apropriação privada.”

“ O turismo representa a conquista de uma importante parcela do espaço que se transforma em mercadoria ( e que entra no circuito de troca), como é o caso de praias, montanhas e rios, tornando-se um novo e rentável ramo da atividade produtiva, sob essa determinação.”

“Assim o próprio lazer e o turismo hoje constituem uma forma nova de mercadoria, que aparece como programa, presa ao universo do consumo do espaço.”

“Alguns lugares só têm existência real por causa de sua trocabilidade, isto é, enquanto mercadoria que se consome. Campo da auto-regulação voluntária e planificada, o cotidiano, enquanto construção da sociedade, se organiza segundo uma ordem fortemente burocrática e preenchida por repressões e pressões em todos os níveis, que incluem a vida familiar, o tempo do não-trabalho e a imposição do que e como consumir.”

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