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FICHAMENTO: RESENHA A DEMOCRACIA NA AMERICA

Por:   •  12/2/2016  •  Resenha  •  828 Palavras (4 Páginas)  •  1.379 Visualizações

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FICHAMENTO: TOCQUEVILLE, Alexis. A Democracia na América. São Paulo: Ed. Da Universidade de São Paulo, 1977.

Estudo sobre a organização política dos Estados Unidos da América, detalhando suas percepções sobre o modelo estrutural do Novo mundo, em contrapartida aos descompassos políticos com traços ainda feudalistas instaurados em diversos Estados-Nações do Velho continente. Relata ainda em momentos iniciais a situação dual, cuja França, seu país de origem, se encontra, com vistas aos diversos Coup d’État que distorceram as bases da referida república que naqueles dias contemporâneos, se encontrava baseada na influência do poder de famílias tradicionais que perpassava sua dominação hereditariamente pela propriedade do solo.

Desde logo, Tocqueville traz um contexto simétrico da realidade, seguindo primeiro com a disposição geográfica do território e dos recursos naturais férteis e inexauríveis, e como tais elementos favoreceram a ação produtiva do homem inglês e de suas colônias, seja na agricultura, na indústria, no comércio. Através retrospecto histórico, anterior ao momento de sua análise, relembra também da presença de outros povos, singulares que por aquelas terras habitavam, e tão diferentemente do Velho mundo se organizavam socialmente, os nativos americanos.

No que se refere ao sentimento nacional dos EUA, Tocqueville aponta que embora os emigrantes fossem diferentes e guardassem suas peculiaridades, apresentavam traços que os identificavam como um povo. A língua, os usos e costumes, filhos de um mesmo povo, são exemplos claros. Ainda aborda a relação existente desse “germinar” do povo estadunidense e seu futuro. Em um momento oportuno, o autor relaciona que a colônia já apresentava a fisionomia de uma democracia, visto que seus integrantes não tinham qualquer ideia de superioridade para uns sobre os outros já que a pobreza material, logo nas origens, asseguravam ainda mais a igualdade.

O autor destaca aspectos sociais dos imigrantes que se fixaram na região compreendida pela chamada Nova Inglaterra que pertenciam às classes independentes da metrópole, com educação bastante avançada, era característica, uns, por serem impelidos pela miséria e má conduta, outros pelo empreendedorismo industrial embora fosse possível, segundo Tocqueville, afirmar que não havia ali nem pobres ou ricos. Princípios como a democracia participativa nos negócio do Estado, a livre votação de impostos e as liberdades individuais, eram aplicados em vanguarda nos Estados da Nova Inglaterra. Essa participação ativa dos sujeitos na vida comunal fez reinar uma igualdade de


riqueza material e de intelecto, que compactuava em primeira instância com os ideais democráticos. Dai, fica mais evidente que a origem do exercer político do cidadão no Novo mundo se deu inversamente ao velho mundo: partiam do papel ativo do sujeito na vida da comuna, votando leis, impostos; em seguida da organização do condado; posteriormente do Estado e por fim da União.

Durante as análises de Tocqueville, a administração pública apresenta certo grau quanto à “invisibilidade” do gestor. Segundo ele, as leis são executadas a todo o momento, mas fica pouco possível ver a “mão que dirige a máquina”. Isso se dá, na perspectiva do autor, pelo fato de que existe no modelo administrativo a divisão do poder necessário  para fazer executar a norma, entre muitos, que no agir discricionário, dentro de seus limites atributivos , executam a lei na sua forma, muito descentralizada.

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