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FIchamento De Weber - Os Tres Tipos Puros De Dominação Legitima

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Por:   •  14/10/2014  •  818 Palavras (4 Páginas)  •  2.498 Visualizações

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O autor escolhe como eixo temático a questão da dominação legítima. Para o autor, dominação é “a probabilidade de encontrar obediência a um determinado mandato” (p. 128), e a legitimidade, por sua vez, é possível quando na relação entre dominantes e dominados, “a dominação costuma apoiar-se internamente em bases jurídicas” (p. 128). Na concepção do autor, somente existem três “bases de legitimidade”, cada uma com seu respectivo tipo puro, sendo que cada uma dessas formas puras tem suas características organizacionais próprias.

Na dominação legal “qualquer direito pode ser criado e modificado mediante um estatuto sancionado corretamente quanto à forma” (p. 128). Portanto, constitui uma relação desprovida de sentimentos, baseada no profissionalismo e no respeito à hierarquia estabelecida. A associação dominante é eleita ou nomeada (p. 128), os seus subordinados são membros da associação e seu quadro administrativo é composto de funcionários.

O autor afirma que “a burocracia constitui o tipo tecnicamente mais puro da dominação legal. Nenhuma dominação, todavia, é exclusivamente burocrática.” (p. 130) Isso acontece porque é impossível que uma dominação seja exercida exclusivamente por funcionários contratados. O autor ressalta que a história do desenvolvimento do Estado moderno e a evolução das empresas capitalistas tem como ponto em comum, a crescente burocratização de sua estrutura organizacional.

Já na dominação tradicional, argumento de legitimação é a “crença na santidade das ordenações e dos poderes senhoriais de há muito existentes” (p. 131). Aquele quem ordena é o “senhor”, aqueles que obedecem são os “súditos” e no quadro administrativo temos os “servidores”. A associação dominante é de caráter comunitário e a obediência ao “senhor” se dá “em virtude de sua dignidade própria, santificada pela tradição” (p. 131). “Seu tipo mais puro é o da dominação patriarcal” (p. 131).

De acordo com o autor, “considera-se impossível criar novo direito diante das normas e da tradição. Por conseguinte isso se dá, de fato através do ‘reconhecimento’ de um estatuto como ‘válido desde sempre’ (por ‘sabedoria’)” (pg.131), porém, nos campos que não estão circunscritos nas normas tradicionais, o que prevalece é a vontade do senhor, que pode mandar e desmandar a seu bel-prazer.

Por sua vez, a dominação carismática ocorre “em virtude de devoção afetiva à pessoa do senhor e a seus dotes sobrenaturais” (p. 134), sendo seus tipos mais puros a dominação do profeta, do herói guerreiro e do grande demagogo. Aquele quem manda é o líder e aqueles que obedecem são os apóstolos. “Obedece-se exclusivamente à pessoa do líder por suas qualidades excepcionais e não em virtude de sua posição estatuída ou de sua dignidade tradicional” (p. 135), portanto, seu domínio somente perdura enquanto essas características continuem sendo atribuídas ao líder. O quadro administrativo

O autor destaca que a dominação carismática “é uma relação social especificamente extracotidiana e puramente pessoal.” (p. 138, grifo do autor), assim seu quadro administrativo “é escolhido segundo carisma e vocação pessoais” (p. 135). Por se tratar de um fenômeno excepcional, a dominação carismática não pode estabilizar-se sem sofrer profundas mudanças estruturais e, dependendo dos padrões de sucessão

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