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Resenha da Obra "Os três tipos puro de dominação" de Max Weber

Por:   •  12/3/2017  •  Resenha  •  465 Palavras (2 Páginas)  •  3.016 Visualizações

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WEBER, Max. Os três tipos puros de dominação legítima. Tradução de Gabriel Cohen. Rio de Janeiro: VGuedes Multimídia, 2008.


   Na obra resenhada, Max Weber trata da dominação, ou seja, as chances de obediência a um determinado mandato e os pilares que sustentariam a submissão. Segundo ele, a reverência na relação entre dominantes e dominados pode depender de diversos fatores, porém, só três bases afirmariam a legitimidade da dominação na sua forma totalmente pura: a legal, a tradicional e a carismática.
   Dominação legal, ou burocrática, é aquela que está fundamentada em regras e estatutos. Tem como ideia básica, o principio de que qualquer direito pode criado ou alterado conforme as necessidades dos envolvidos. A associação dominante é nomeada ou eleita e as leis da organização ou sociedade estabelecem a hierarquia da dominância e os seus limites, facilitando a aceitação do subordinado que obedece, nesse caso, a autoridade que está no cargo e não na pessoa que o ocupa. A administração é profissional e objetiva e todo seu proceder deve manter a impessoalidade.
   A dominação tradicional tem relação com a ideia de santidade das ordenações e dos poderes senhoriais estabelecidos na sociedade pelos costumes e crenças. A relação de dominância fica entre o “senhor”, aquele que manda, e os “súditos”, que obedecem. A subordinação está ligada a fidelidade em relação à tradição e a figura do chefe, que assume a autoridade legitimada pelo hábito inveterado. Nessa forma de dominação, o poder é regido por um líder onde está simbolizada a instituição. Seu tipo mais puro é o da dominação patriarcal.
   Por sua vez, a dominação carismática está atrelada, como o próprio nome diz, ao carisma. Este tipo de dominação está mais ligada a ideia de liderança e é estabelecida em forma de influência. É apoiada pela devoção dos seguidores a um senhor, devido aos seus “dotes sobrenaturais” (capacidade intelectual e de oratória, heroísmo, revelações, etc.). A autoridade de um líder é pessoal e concebida por essas qualidades. Visto isso, dura enquanto, e só enquanto, estas sejam atribuídas a ele. O quadro administrativo da dominação carismática rompe com os dos outros tipos por não apresentar conceitos de “competência” (estamental) e de “privilégio” (patriarcal). A sua jurisdição é imposta pelo líder e sua aceitação deve ser obrigatória, a menos que, se oponha a ela outra corrente carismática. Pelo seu caráter pessoal, tende ao autoritarismo e a revolução.
   Os três tipos puros de dominação legitima de Weber ajudam a entender melhor a estrutura organizacional de nossa sociedade e servem como base pra uma construção ideológica sobre as formas de poder e autoridade, além de, contribuir para situar-se e adequar-se dentro do quadro de relações entre dominantes e dominados.

   

Mikaio da Silva Braz. Administração, Bloco 1
UESPI - CLÓVIS MOURA

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