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Golpe de estado

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Por:   •  14/5/2014  •  Tese  •  454 Palavras (2 Páginas)  •  318 Visualizações

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Dessa forma, na década de 1960, com o golpe de Estado, o país passou a agir de acordo com os interesses do capital estrangeiro, sendo que, o golpe militar de 1964 marcou o período da ditadura na história brasileira até 1985, e o governo passou a atender a acumulação do capital. Esta acumulação “[...] supunha dois mecanismos básicos: a concentração de renda e a abertura para o exterior. Estava aí subjacente, o arrocho salarial e endividamento externo” (SPOSATI, 1992, p. 16).

Neste período, qualquer forma de reivindicação e manifestação popular ou partidária era vista como subversão e repreendida pelos organismos militares, porém, em 1974, abriu-se as primeiras rachaduras do regime militar. Desde então, com a brecha conquistada pelas elites políticas regionais que faziam oposição ao sistema e com a abertura na legislação, foram aprovadas emendas constitucionais que criaram os Fundos de Participação para Estados e Municípios. Garantindo deste modo, recursos federais que aliviariam os cofres públicos estaduais e municipais, mas a decisão continuava nas mãos do governo federal que determinava onde eles poderiam ser gastos. Contudo, nessas décadas de 1960 e 1970, apesar da promessa de desenvolvimento, o povo brasileiro conviveu com a queda dos salários, crescentes desigualdades sociais e silenciamento de suas reivindicações.

Outrossim, vieram os anos 1980, que foram

identificados como a “década perdida”, sobretudo pelo período de recessão vivenciado pelo país entre 1981 e 1983. Era crítico o agravamento das condições de vida, a situação de pobreza era generalizada, acompanhada de relevante crise fiscal, tensão das políticas, precarizando-se cada vez mais a sustentação das políticas sociais geridas pelo Estado. O quadro de carências sociais como: desnutrição, disseminação de doenças endêmicas, agravamento do desemprego e da miséria, baixa taxa de escolarização, favelização da população urbana e crescimento da mortalidade infantil, entre 1979 e 1983, foi um terreno fértil para o déficit social em face da redução da oferta de bens e serviços públicos. Pois, em vista do prenúncio dos requisitos internacionais, aos quais o Brasil atenderia, o governo adotou a contenção de recursos nas áreas de infraestrutura e nos investimentos sociais.

Desse modo, o próprio regime militar entrou em colapso, fenômeno este potencializado pela ampliação extrema das desigualdades sociais observadas nas classes populares. Assim, a busca por democracia no país era vista como um instrumento que resgataria as desigualdades sociais. Portanto, sob a ótica política, o surgimento de movimentos sociais intensos das mais variadas categorias transformou a “dívida social” em item obrigatório do debate em torno da transição para a democracia, conforme (TELLES, 1994, p. 92).

Observa-se, desse modo, na década de 1980, o crescimento do nível de pauperização de parte da população que já se encontrava à margem do processo produtivo e registra-se níveis alarmantes de miséria absoluta com altos índices de mortalidade infantil e desnutrição.

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