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Karl Marx Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Por:   •  19/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.755 Palavras (16 Páginas)  •  192 Visualizações

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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Economia - Professor: Fernando Marques

Grupo 3: Clara Akl, Fernanda Escobar, Giovanna Safra e Isabella Garcia

KARL MARX

Breve Biografia

         Karl Marx nasceu na Prússia no dia 5 de maio de 1818, filho de uma família judia de classe média. Em 1835, Marx ingressou na Universidade de Bonn e, um ano mais tarde, transferiu para a Universidade de Berlim com o intuito de estudar Direito. Todavia, abandonou o curso para se dedicar ao estudo da Filosofia na mesma instituição. Durante seus estudos, sofreu a influência dos jovens hegelianos que criticavam especialmente a religião e o Estado.

        Marx foi um filósofo, sociólogo, jornalista e revolucionário socialista, tendo passado grande parte de sua vida em Londres. O seu principal colaborador foi Friedrich Engels, que desempenhou papel de destaque na elaboração da teoria comunista, a partir do materialismo histórico e dialético. Com Engels, publicou “O Manifesto Comunista” (1848), um dos seus livros mais proeminentes junto com “O Capital (1867-1894)”, que publicou sozinho anos mais tarde. Faleceu no dia 14 de março de 1883, aos 64 anos.

Contexto Histórico

        Durante o século XIX, a sociedade passou por transformações importantes, como a Primeira Revolução Industrial (final do século XVIII e início do século XIX) e a Segunda Revolução Industrial (metade do século XIX). Ambas revoluções geraram um crescimento do consumo que dinamizou a economia e mudou radicalmente o estilo de vida da sociedade, que já mostrava suas divisões sociais devido ao surgimento as grandes empresas monopolizadoras do mercado. De um lado, o que se via eram os grandes empresários que começavam a fazer sua pequena fortuna hereditária e, de outro, os operários que recebiam salários baixíssimos e que trabalhavam em péssimas condições.

        É importante compreender que ricos e pobres sempre habitaram em uma mesma sociedade global, entretanto com a Revolução Industrial essa disparidade ficou muito acentuada e impossível de não ser notada. Em meio a tudo isso surge os primeiros suspiros dos ideais socialistas e conceitos de igualdade.

        A Revolução Francesa de 1789 já trouxera tais ideais em sua bandeira de “liberdade, igualdade e fraternidade”. Porém, esse novo conceito de igualdade que surge a partir do socialismo se distingue daquele aplicado na Revolução Francesa, isso porque no primeiro o que se almejava era o fim da pobreza e na segunda era uma democracia plena, o que não deixara de ser um desejo futuro de socialismo.

Workhouses

        Ao analisar a luta pela jornada normal de trabalho, Marx descreve as workhouses como “casas do terror”, com 12 horas de jornada diária de trabalhos forçados. Criticava os seus defensores que as consideravam “casas ideais de trabalho”, que tinham condições de fornecer — ao parque industrial em formação — mão de obra barata, com uma relativa formação técnica e, principalmente, adestramento disciplinar. Diz Marx:

“Para tanto, ‘para a extirpação da preguiça, da licenciosidade, e das divagações românticas da liberdade’, assim como ‘para a redução da taxa dos pobres, para o incentivo do espírito da indústria e rebaixamento do preço do trabalho nas manufaturas’, nosso fiel Eckart do capital propõe um meio eficaz, a saber, encarcerar trabalhadores que passam a depender da beneficência pública, em uma palavra, paupers, numa “casa ideal de trabalho.”  

Luta de Classes

        Para Marx, tudo se encontra em um constante processo de mudanças e o motor dessas mudanças é justamente os conflitos resultantes das diversas contradições que podem existir dentro de uma mesma realidade. Na realidade capitalista, essas contradições seriam as distintas posições ocupadas pelas diferentes classes sociais. Haveria, portanto uma dialética permanente, que explicaria como os movimentos ocorrem de acordo com as condições materiais da vida.

        Essa luta contínua de classes, de opressores contra os oprimidos, burguesia contra o proletariado, está presente em todo o ideal marxista, que é posto logo no início do livro “O Manifesto Comunista”, publicado em 1848 por Marx e Engels:

“A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de classes.

Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária, da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta.

(…) A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classe. Não fez senão substituir novas classes, novas condições de opressão, novas formas de luta às que existiram no passado.

Entretanto, a nossa época, a época da burguesia, caracteriza-se por ter simplificado os antagonismos de classe. A sociedade divide-se cada vez mais em dois vastos campos opostos, em duas grandes classes diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado.”

        Na teoria marxista, escravidão, servidão e capitalismo, apesar das diferenças aparentes, são nada mais do que etapas do mesmo processo. A estrutura capitalista promove apenas o interesse da classe dominante. Marx defendia uma inversão dessa pirâmide social, onde o poder estaria nas mãos da maioria, criando um sistema socialista.

        No entanto, no sistema capitalista atual, o proletariado é refém da ideologia defendida pela burguesia. Por ter o domínio das grandes corporações e dos principais meios de mídia, a classe do topo da pirâmide espalha sua visão de mundo e sociedade e, assim, acaba influenciando a base, que acredita que seus direitos estão protegidos nas mãos dos grandes.

        Segundo Marx, essa escravidão ideológica só seria rompida através da educação e revolução do proletariado em busca do seu verdadeiro poder.

O Capital

        “O Capital” é a obra mais conhecida do intelectual e revolucionário Karl Marx. Trata-se de um minucioso exercício investigativo do autor acerca do funcionamento das relações econômicas, procurando desvendar os conceitos universais que estão por trás dessa atividade. Essa obra é dividida em três volumes:

  • Livro I - o processo de produção do capital (1867)
  • Livro II - o processo de circulação do capital (1885)
  • Livro III - o processo global da produção capitalista (1894)

        A análise nos três volumes de “O Capital” desenvolve ideias profundas sobre a estrutura e as dinâmicas de longo prazo do capitalismo. Mostra de que forma o capitalismo, como todas as sociedades divididas em classes, depende da exploração dos trabalhadores, tendo como forma quantitativa a mais-valia, e como esta, por sua vez, é redistribuída através de vários canais sob a forma de lucros, juros e renda.

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