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Levantamento das produções científicas sobre plantas medicinais no estado de Goiás

Por:   •  2/2/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.866 Palavras (20 Páginas)  •  288 Visualizações

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PLANTAS MEDICINAIS E SEUS ASPECTOS VALORATIVOS: O ESTADO DA ARTE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA NO PERÍODO DE 2011 A 2016.[1][pic 4]

Carlos Eduardo Silva Sena[2]

RESUMO

PALAVRAS - CHAVES: plantas medicinais – Cerrado – valoração ambiental

  1. INTRODUÇÃO

O contato da população com os benefícios medicinais gerados pela utilização das plantas é algo tradicional que acontece mundialmente há muito anos. Este cenário já pode ser considerado enraizado na cultura brasileira pelo fato de aproximadamente 80% da população nacional usar plantas medicinais como alternativa de tratamento ou prevenção de alguma enfermidade, de acordo com dados do Ministério da Saúde (2012).

O uso popular de plantas medicinais é vinculado pelo interesse de consumidores que buscam encontrar uma alternativa mais acessível, referente a custos e preços, e livre de efeitos colaterais quando comparada ao de produtos sintéticos provenientes das indústrias, principalmente as farmacêuticas (CORRÊA, 2008).

O interesse de consumidores pelo uso de plantas medicinais pode ser um fator que fortaleça o cultivo dessas plantas para fins comerciais, como também pode ampliar as cadeias produtivas de diversas espécies terapêuticas (SOUZA, et al., 2012). Visto que grande parte da população nacional recorre a produtos naturais extraídos de plantas medicinais mediante seus interesses, as indústrias farmacêuticas incrementam a fabricação de fitoterápicos em seu contexto econômico (TERRA JR., et al. 2015).

As áreas de ocorrência das espécies diminuem conforme avança a exploração indiscriminada das plantas, extrativismo predatório, comércio local, como também a degradação ambiental dos ambientes naturais, pondo inclusive em risco a sobrevivência das plantas medicinais nativas (SILVA et al., 2015), conforme avança o aumento da demanda que necessita ser atendida. Em vista disso, é necessário investigar se a produção de plantas medicinais para atender as indústrias farmacêuticas pode ser considerada ambientalmente de qualidade.

Tendo como base as informações supracitadas, tem-se como objetivo deste trabalho identificar as lacunas teóricas para direcionamentos de futuras pesquisas sobre o tema de plantas medicinais do Cerrado e para isso, será construído o estado da arte sobre o tema por meio de uma análise bibliométrica da produção científica publicada no período de 2011 a 2016. Essa pesquisa bibliográfica é tida como um critério de avaliação da disciplina de Métodos e técnicas de pesquisa qualitativa do programa de Pós-Graduação em Agronegócio da Universidade Federal de Goiás.

O tema que aborda sobre plantas medicinais do Cerrado permite entender quais são as lacunas que ainda precisam ser desvendadas, justamente pelo fato que o bioma pode ter um grande potencial para a conservação de plantas medicinais endêmicas. Além disso, a identificação das produções científicas e onde estão sendo publicadas pode favorecer a busca por novas pesquisas na área de valoração ambiental.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Plantas medicinais: conceito e suas relações

As plantas medicinais são vegetais utilizadas pelo ser humano, aplicadas por diversas maneiras, que promovem ou facilitam o efeito da cura que se espera para determinada doença, graças aos princípios ativos (farmacológicos) que se encontra nelas (SILVA et al., 2015).

A maneira com que as plantas medicinais são aplicadas vai desde o uso como medicamentos, como também, suplementos ou chás; aplicações essas definidas como fitoterapia (LOURENZANI et al., 2004). Essa utilização de plantas medicinais pode ser considerada um valor cultural por ser historicamente conhecida por gerações que passaram adiante seus conhecimentos.

Para Terra Jr. (2015), o uso da fitoterapia é algo que desperta o interesse das grandes indústrias farmacêuticas, devido à alta procura por grande parte da população em utilizar essa alternativa considerada mais acessível e menos danosas por seus efeitos colaterais. Porém a alta demanda de recursos naturais pode ser um fator de risco para as áreas de ocorrência das plantas medicinais, pelo fato da necessidade de utilizar sustentavelmente estes recursos.  

Todavia a informação sobre a utilização de plantas medicinais pode sofrer consequências indesejáveis para a sua conservação e também preservação, caso o valor cultural seja desvinculado do interesse dos mais jovens (SILVA et al., 2015).  Isso pode ameaçar o valor tradicional das plantas medicinais que foram conquistados por vários anos.

O aumento da mudança do seu habitat, ou seja, degradação do meio ambiente aliado com o aumento da exploração ilegal de plantas medicinais são fatores que prejudicam a sua preservação e as ameaça de extinção (AZEVEDO, et al. 2006). Por isso, investigações que resgatem o conhecimento sobre plantas medicinais regionais e também seu poder teraupêtico podem contribuir para sua valoração, e a de suas áreas de ocorrência.        

2.2. Valoração das plantas medicinais – Estudo Etnobotânico

Silva et al. (2015) relataram através de um levantamento bibliográfico que a etnobotânica é uma ciência que aborda as interações de comunidades humanas com as plantas e então gera um elo entre os saberes acadêmicos e populares. Essa ciência tem como objetivo resgatar os valores tradicionais, vinculado a cultura das populações humanas, os quais estão desaparecendo conforme o tempo passa.

O saber popular quanto à utilização e o conhecimento de plantas com finalidades medicinais são tidos como essencial para a aprendizagem do poder curativo das plantas, as quais estão no convívio das comunidades, sendo estas informações muito importantes na preservação das mesmas e conservação de habitats (SILVA, et al. 2015). Assim, como Silva et al. (2015) ainda relatam em sua observação, a perda do conhecimento tradicional leva à desconsideração da conservação dos recursos vegetais, quiçá até uma perda de diversidade biológica.

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