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Livro: O Capital Vol. 2 Cap. XXIII

Trabalho Escolar: Livro: O Capital Vol. 2 Cap. XXIII. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  26/7/2014  •  2.206 Palavras (9 Páginas)  •  525 Visualizações

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1.Demanda crescente de força de trabalho com a acumulação,

Com composição constante do capital

A composição do capital tem de ser compreendida em duplo sentido.

Da perspectiva do valor, ela é determinada pela proporção em.

Que se reparte em capital constante ou valor dos meios de produção

E capital variável ou valor da força de trabalho, soma global dos salários.

Da perspectiva da matéria, como ela funciona no processo de produção,

Cada capital se reparte em meios de produção e força de trabalho viva;

Essa composição é determinada pela proporção entre, por um lado, a

massa dos meios de produção utilizados e, por outro lado, o montante

de trabalho exigido para seu emprego. Chamo a primeira de composição-

valor e a segunda de composição técnica do capital. Entre ambas

há estreita correlação. Para expressá-la, chamo a composição-valor do

capital, à medida que é determinada por sua composição técnica e

espelha suas modificações, de: composição orgânica do capital. Onde

se fala simplesmente de composição do capital, deve-se entender sempre

sua composição orgânica.

Crescimento do capital implica crescimento de sua parcela variável

ou convertida em força de trabalho. Uma parcela da mais-valia

transformada em capital adicional precisa ser sempre retransformada

em capital variável ou fundo adicional de trabalho. Suponhamos que,

além de mantidas constantes as demais circunstâncias, a composição

do capital permaneça inalterada, ou seja, que determinada massa de

meios de produção ou de capital constante requeira sempre a mesma

massa de força de trabalho para ser posta em movimento, então cresce

evidentemente a demanda de trabalho e o fundo de subsistência dos

trabalhadores proporcionalmente ao capital, e tanto mais rapidamente

quanto mais rapidamente cresce o capital. Como o capital produz anualmente

uma mais-valia, da qual parte é adicionada anualmente ao capital

original, como esse incremento mesmo cresce anualmente com o

tamanho crescente do capital já em função e como, finalmente, sob o

aguilhão particular do impulso ao enriquecimento, por exemplo a abertura

de novos mercados, de novas esferas dos investimentos de capital

em decorrência de necessidades sociais recém-desenvolvidas etc., a escala

da acumulação é subitamente ampliável mediante mera repartição

modificada da mais-valia ou do mais-produto em capital e renda, as

necessidades da acumulação do capital podem superar o crescimento

da força de trabalho ou do número de trabalhadores, a demanda de

trabalhadores pode se tornar maior que a sua oferta e por isso os

salários se elevam. Esse tem de ser, afinal de contas, o caso, permanecendo

inalterados os pressupostos acima. Como a cada ano mais

trabalhadores são ocupados do que no anterior, mais cedo ou mais

tarde tem de se chegar ao ponto em que as necessidades da acumulação

começam a crescer além da oferta habitual de trabalho, em que, portanto,

começa o aumento salarial. Queixas quanto a isso ressoam na

Inglaterra durante todo o século XV e primeira metade do século XVIII.

As circunstâncias mais ou menos favoráveis em que os assalariados

se mantêm e se multiplicam em nada modificam, no entanto, o caráter

básico da produção capitalista. Assim como a reprodução simples reproduz

continuamente a própria relação capital, capitalistas de um

lado, assalariados do outro, também a reprodução em escala ampliada

ou a acumulação reproduz a relação capital em escala ampliada, mais

capitalistas ou capitalistas maiores neste pólo, mais assalariados naquele.

A reprodução da força de trabalho, que incessantemente precisa

incorporar-se ao capital como meio de valorização, não podendo livrar-se

dele e cuja subordinação ao capital só é velada pela mudança dos

capitalistas individuais a que se vende, constitui de fato um momento

da própria reprodução do capital. Acumulação do capital é, portanto,

multiplicação do proletariado.

A lei da acumulação capitalista, mistificada

em lei da Natureza, expressa, portanto, de fato apenas que sua

natureza exclui todo decréscimo no grau de exploração do trabalho ou

toda elevação do preço do trabalho que poderia ameaçar seriamente

a reprodução continuada da relação capital e sua reprodução em escala

sempre ampliada. Nem poderia ser diferente num modo de produção

em que o trabalhador existe para as necessidades de valorização de

valores existentes, ao invés de a riqueza objetiva existir

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