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Luta Por Direitos Humanos Une Latino-americanos

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Por:   •  20/9/2013  •  698 Palavras (3 Páginas)  •  445 Visualizações

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Brasília – A luta pelos direitos humanos une os diferentes países. Na avaliação da socióloga Lílian Celiberti, ex-presa política, membro da Articulação Feminista do Mercado Comum do Cone Sul (Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai e Chile) é importante acompanhar as ações do Instituto de Direitos Humanos do Mercosul para se mobilizar e promover ações que transforme Verdade, Memória e Justiça em proposta de política pública. "Vamos aprofundar e democratizar a informação", falou ela, durante o Seminário Nacional Memória de Luta pelos Direitos Humanos no Brasil, em Brasília.

Ela abriu o painel Experiências Latino-americanas de Luta pela Verdade contando que durante o Festival de Cinema de Gramado, assistiu ao filme Condor, cujo conteúdo reforça a necessidade dos países latino-americanos envolvidos na repressão política lutarem juntos pela abertura dos arquivos das ditaduras. "Não podemos mudar o passado, mas podemos lutar contra as interpretações desse passado que, sem memória documental, ganha versões", afirmou.

Celiberti falou sobre vários aspectos a ser analisados, a exemplo do terrorismo de Estado para dominar, da estratégia de força e da doutrina de segurança nacional – assumida no marco da guerra fria, pelas forças armadas e sustentada pelos civis. "Na ditadura o controle do espaço físico é total. Os comunicados da força conjunta que informavam quem deveria se apresentar como violador do regime - aqueles sons, imagens ainda soam em nossa memória. Elas nos perseguem", disse Celiberti.

Ela informa que quando os países iniciaram a abertura política tornou-se possível ouvir narrativas subterrâneas que deu legitimidade às palavras das vítimas. No Uruguai, país de Lílian Celiberti, quando Júlio Sanguinetti foi eleito primeiro presidente democrata, decidiu ‘não ter olhos para trás’ e durante 18 anos se fez silêncio sobre esse passado. "Esse silêncio dos militares de não revelar onde enterraram nossos mortos, é macabro".

A abertura dos arquivos políticos segue caminhos diferentes nos países latino-americanos – no Paraguai, Martino Almada, perseguido pela ditadura Stroessner, recebeu uma informação de que um caminhão com toneladas de papéis deixava o prédio do Exército. Na casa onde esses documentos foram encontrados estava todo o arquivo da época, cuidadosamente descritos. "Assim foram abertos os arquivos no Paraguai", disse o vice-presidente da Frente Internacional de Direitos Humanos, o argentino Juan Carlos Capurro, ao falar no painel Experiências Latino-americanas de Luta pela Verdade.

Ele acredita que quando um povo luta pela verdade na história encontra o caminho. Na Argentina, os arquivos da Polícia de Buenos Aires foram descobertos por acaso. A polícia administrativa decidiu fechar o quando o Governo assumiu o prédio, os arquivos foram encontrados.

"No entanto, em nome da governabilidade, o Governo decidiu editar leis do silêncio chamadas de Ponto Final e Obediência Devida, que davam o perdão aos militares,revogadas recentemente. Por causa disso, muitos dos anistiados se transfiguraram em seqüestradores extorsivos, jovens

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