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MAQUIAVEL

Por:   •  6/10/2015  •  Artigo  •  1.169 Palavras (5 Páginas)  •  221 Visualizações

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Maquiavel

O Príncipe e Discorsi

Marco inicial do pensamento político moderno

Maquiavel rompeu com as preocupações típicas do pensamento político medieval – sobretudo, o problema da justa relação entre o poder dos príncipes e da Igreja. Rompe com o poder como instrumento moral (que seria destinado ao aprimoramento dos homens) e expõe uma visão de política do poder.

A vida

Viveu em um período de ebulição intelectual da Renascença e de descobertas (ex.: as grandes navegações).

O que diferenciava as grandes potências europeias da época era seu grau de unificação e a península italiana era divida em diversas pequenas repúblicas que entravam em conflito entre si, então a unificação italiana seria a meta de Maquiavel através de um salvador.

Era secretario da republica florentina, mas apenas tinha esse título por vir de família modesta, mas atuou na área da diplomacia.

Florença era uma república, mas tinha seu poder nas mãos de uma só família, os Medici, depois passou para um governo tirânico, voltando a ser república aristocrática, que foi quando Maquiavel trabalhou no governo. A mesma contradição dessa época se reflete nas obras dele, amor pelas instituições republicanas, mas a necessidade de um príncipe salvador.

Medici voltaram ao poder. Maquiavel demitido, torturado e exilado. Dedica O Príncipe a Lorenzo Medici, sendo então restituído. Medici expulsos de novo, Maquiavel considerado traidor da causa republicana, expulso da atividade política, morre amargurado.

Política e Moral

Política vista anteriormente como um meio de promover o bem comum, mas para Maquiavel o que importa é o poder real, não é uma questão de justiça ou princípios, mas da capacidade de impor-se sobre os outros. Ter os meios materiais para impor seu poder (uso da força quando necessário). O que se torna importante no jogo político é o controle de recursos que podem ser utilizados na batalha do poder (visão material do poder). Poder não se entregar a ninguém, se preserva. Dividir para reinar.

Ideias da teoria política nos Discorsi: só o poder controla o poder e que a discórdia interna é inerente aos governos livre (o que seria a causa da grandeza da Roma Antiga, estigmatizar tal discórdia em “tumultos” que seriam a fonte da liberdade do povo, do equilíbrio do poder, pois se o conflito existe nenhuma parte conseguiu o domínio sobre a outra).

O Príncipe: elencar as qualidades necessárias ao exercício do poder e na qual um bom monarca estaria refletido. Ruptura da moral com o poder. Oposição implícita a Cícero. Visão cruel da política. O objetivo da política é o bem do estado, que se difere da moral cristã que tenta a salvação pessoal (metas incompatíveis). Necessidade de praticar o mal, mesmo quando quer se fazer o bem. Se o mundo é pérfido, não se pode ser bonzinho, pois será eliminado pelos maus. O príncipe possui o direito mentir, pois os outros também mentem e seria estupidez manter a palavra ou não esconder informações, mas se todos fossem honestos ele também deveria sê-lo. Melhor ser temido do que ser amado, mas nunca odiado. O ser humano é mau e egoísta, voltado sempre à busca de vantagens pessoais, por isso o príncipe não pode ser bom: a maioria é corrompida. Não mexer no patrimônio do povo. Fazer o bem aos poucos e o mal de uma vez só, população com memória curta. Derrotar os adversários de modo que não possam se reerguer, pois não o desejo de vingança não se apaga. Leão (força) e raposa (astúcia), metáfora do centauro (meio homem, meio bicho). Bem para Maquiavel que justifica as ações do príncipe: obter grandeza e estabilidade do Estado (isso é relativo hoje em dia). Problema: diferenciar meios dos fins. Como saber se é possível colher o bem que justificaria o meio. Maquiavel aponta contra o cinismo político, ação política precisa se manter vinculada ao interesse coletivo.

Aparentar ser confiável para conseguir apoio e aliados como cooperação voluntária, sem posição para forçar a submissão. Mesmo agindo mal, deve aparentar ser bom: fachada de respeito aos valores morais. Povo não vê distinção entre moral individual e moral política, então esperam demais dos governantes: única opção é se tornar um grande mentiroso perante o povo. A vontade de acreditar das pessoas contribui para isso, seria duro demais viver com a consciência de estar submetido a um mau governante (povo colabora com a hipocrisia do príncipe). Saber usar bodes expiatórios, jogar a culpa nos outros para manutenção da ficção de sua bondade. Política: reino das aparências, mas também da desconfiança (por isso, nunca conceder poder a outrem e não contratar mercenários como exercito, se vendem ou não lutam com pouca bravura). Necessidade de criar um espírito de comunidade política integrada na Itália. Religião importante para a manutenção das aparências e da garantia de obediência popular.

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