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Magia - Peirucci

Por:   •  29/6/2015  •  Resenha  •  542 Palavras (3 Páginas)  •  113 Visualizações

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Antropologia da Religião - Prof. Emerson Sena/Discente:Priscilla Gouvêa Alves Possato

Texto: PIERUCCI, Antônio F. A magia. São Paulo: PubliFolha, 2001, p.7-42/51-103

A magia é um tema aparentemente complexo para a atualidade no sentido de improvável, pois na contemporaneidade, dominada pela racionalidade e tecnologia, constata que a magia ainda é matéria corrente mesmo que disfarçada ou pouco percebida. Pierucci, parte do pressuposto de que a magia é a prática sortilégica, ou seja, que engloba feitiço, bruxaria ou magia. Crença, ceticismo e semicrença, são os três pilares se sustentam o conteúdo introdutório desta obra, que pretende esmiuçar a magia e analisar suas expressões, além de oferecer uma necessária distinção entre o que seja magia e o que é religião, ainda que em algumas religiões tenham traços de magia, e que na magia não tenha o aspecto religioso.

A modernidade com seu arcabouço racional inibiu a magia como principal expressão de religiosidade, dando espaço à religião; essa se expressa como uma religiosidade mais racionalizada, estruturada e sistemática, porém, para o autor ainda existem na sociedade moderna um “círculo estreito de pessoas” (p.9) que alimentam crenças na magia. Com muitas definições e exemplos, o texto permite identificar as faces do mundo da magia que sempre tem uma finalidade prática e, para tanto, é necessário o ritual e esse dotado de linguagem própria. Na magia, o ritual é executado de forma impecável, o que garante o resultado almejado naquele momento.

A prática da magia profissional é definida como aquela que é exercida por um profissional independente, detentor de um conhecimento mágico específico e reconhecido no ofício das manipulações mágicas: o feiticeiro (videntes, adivinhos, curandeiros, outros), aquele que oferece trabalhos, feitiços, mandingas revelações, previsões, etc, basta pagar. Nesse ponto o texto deixa uma lacuna por não apresentar a relação financeira da prática mágica, mas a explicação em aula complementa e explica que o usuário não paga pelo feitiço até que o objetivo final seja alcançado, se fazendo necessário levar para realização do feitiço uma lista de produtos caros.

Peirucci percebe e analisa a abordagem diagnóstica da magia e sua relevância para aquele que nela acredita e dela depende para viver melhor; aguça nossas próprias necessidades e problemas, demonstrando a origem dos males feitos e oferecendo as soluções adequadas para cada um deles. Quando não se tem resultado prático a magia entra como solução, essa foi a conclusão do antropólogo Malinowski citado no texto. Já Frazer, pioneiro nos estudos da magia primitiva, apresenta o princípio geral que coordena o universo simbólico da magia: a lei da simpatia. Neste ínterim, entra a feitiçaria e bruxaria cuja diferenciação na conceituação de Evans-Pritchard, enquanto a feitiçaria se utiliza conscientemente de técnicas, de rituais e de recursos externos para alcançar um fim, a bruxaria não se vale desses recursos, pois a bruxaria é um ato psíquico, muitas vezes inconsciente e fora do controle do bruxo, e dessa forma, a feitiçaria pode ser aprendida por qualquer pessoa, já a bruxaria é algo inato e sobrenatural.

Finalizando, o autor apresenta seis tópicos traçando as diferenças entre magia e religião sendo a magia eminentemente prática e associada ao domínio de poderes sobrenaturais, voltada a fins específicos e praticada por um profissional que mantém relações individuais com sua clientela enquanto a religião é doutrinária, reverente e, segundo o autor, ética.

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