TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Mulher na política

Por:   •  2/9/2017  •  Ensaio  •  1.097 Palavras (5 Páginas)  •  109 Visualizações

Página 1 de 5

MULHER NA POLÍTICA

Franciele Kiefer

As mídias influenciam o ambiente social atualmente, e também de certa forma a ideia da política para o homem. A presença de mulheres na política e no jornalismo está restringida e constrangida, por práticas e mecanismos. Somente a presença da mulher no parlamento não traz influência, fato esse que a mídia reflete e promove. Os noticiários continuam de certa forma, a dividir homens e mulheres, onde os homens possuem papéis mais elevados na sociedade e as mulheres permanecem ligadas ao familiar e privado. As atuações políticas voltadas a temas femininos são importantes, mas podem continuar a manter essa diferenciação homem e mulher, já que permitiria ao homem continuar atuante em temas de maior notoriedade, e a mulher ficaria atrelado a “seu próprio nicho” (MIGUEL; BIROLI, 2009, p.15).

A imagem feminina permanece atrelada a ideia de lar, enquanto os homens ainda estão associados a política e economia. Os julgamentos realizados na política, no que diz respeito as mulheres refere-se muito mais sobre a vida privada e social, já para os homens é a competitividade, habilidade técnica e firmeza nos atos (MIGUEL; BIROLI, 2009).

Com base nesses dados pode-se perceber que a abordagem de temas relevantes as mulheres ainda é tímida nos MCSM e na política, e que uma maior presença influenciaria fortemente determinados temas, nesse sentido Miguel e Biroli em paper realizado em 2005 ao falarem nesta questão, abordam que é importante trazer esta realidade social, já que:

[...] a presença ou ausência de mulheres na mídia e na política estaria ligada ao maior ou menor reconhecimento da validade de suas experiências (materializadas em perspectivas não redutíveis às dos homens) para o debate público, na mídia e na política, e para os processos de tomada de decisão no campo político (MIGUEL; BIROLI, 2005, p.17).

A ausência/presença das mulheres em determinadas esferas ou temas, confirmam itens como distinção e reconhecimento, assim percebemos “divisões hierarquicamente constituídas e investidas de valor”, assim os MCSM acabam por confirmar estas ordens sociais de gênero, a presença mais plural poderia influenciar nas representações políticas dos noticiários. Quanto a paridade de gênero na política os autores apontam três linhas de argumentação: diferença moral entre os sexos, diferença de interesses ou diferença estrutural (grifo do artigo) (MIGUEL; BIROLI, 2009, p.24).

Os enfoques da mídia tem efeito sobre a representação política, pois esta constitui o capital simbólico e confirma as hierarquias existentes. No nosso país existe uma reserva, segundo a legislação eleitoral, de cotas para candidaturas femininas, um dos poréns é que isto não obriga partidos a destinarem dinheiro para tais candidaturas (MIGUEL; BIROLI, 2009). Numa pesquisa realizada pelo IBOPE [s.d] realizada com brasileiros a partir dos 16 anos, 73% defendem na lista de candidatos metade de homens e a outra metade mulheres e 74% acreditam que só há democracia na presença de mulheres, com estes dados verifica-se que o cidadão compreende a importância da presença feminina na política.

Quanto à atuação política as mulheres tendem a não aparecerem envolvidas em temas de relevância, em que os homens em geral procuram para promover a carreira. Com a ampliação da presença feminina na política, será possível que as mulheres passem a ocupar lugares na política, que são quase exclusivamente masculinos.

“Ou seja, ao ingressar na vida política, uma mulher deve pesar o quanto vai se conformar às expectativas sobre sua atuação - restringindo-se a áreas de menor prestígio e visibilidade, com menor potencial para agregar capital simbólico - e o quanto vai afrontá-las, sofrendo os ônus vinculados a uma conduta desviante” (MIGUEL; BIROLI, 2009, p.19).

O Brasil está 121º lugar no ranking de igualdade entre homens e mulheres Neste ritmo demorará 150 anos para haver paridade entre os sexos na política (IBOPE). Nesta busca por modificar esta situação temos a política das mulheres, Política Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM) que apresenta alguns princípios orientadores 2013-2015:

“autonomia das mulheres em todas as dimensões da vida; busca da igualdade efetiva entre mulheres e homens, em todos os âmbitos; respeito à diversidade e combate a todas as formas de discriminação; caráter laico do Estado; universalidade dos serviços e benefícios ofertados pelo Estado; participação ativa das mulheres em todas as fases das políticas públicas; transversalidade como principio orientador de todas as políticas públicas” (Plataforma Mais Mulher no Poder).

...

Baixar como (para membros premium)  txt (7.4 Kb)   pdf (116.2 Kb)   docx (14 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com