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O Atual Cenário Político do Brasil

Por:   •  9/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  723 Palavras (3 Páginas)  •  385 Visualizações

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Atual Cenário Político do Brasil

Nesse cenário atual no qual o país realiza eleições para presidência e outros cargos políticos, vivemos um momento caracterizado, principalmente, pela polarização entre as ideologias consideradas de esquerda e de direita. Essa polarização, porém, não é algo recente, muito pelo contrário, sempre existiu.  

Historicamente, na tentativa de superar as deficiências desses dois polos, Keynes e Giddens, propuseram diferentes modelos de organização política (não necessariamente no mesmo contexto, sendo um economista e o outro sociólogo, ambos britânicos). De acordo com o primeiro, o problema político seria composto pela combinação de três aspectos principais: a eficiência econômica, a liberdade individual e a justiça econômica, dos quais nem direita e nem esquerda conseguiam conciliar essas questões de modo que era necessária uma nova alternativa que buscando uma sociedade menos desigual e garantindo, de igual modo, liberdade, direitos e propriedade. Por outro lado, Giddens defende, o que chama de Terceira Via, alegando que somente a sociedade civil, ampliando seu papel, poderia encontrar um meio de conciliar interesses de caráter econômico e político. Seria uma espécie real democratização da democracia que escaparia a uma visão política de centro por exemplo.

Atualmente, para posicionar o eleitor em uma das linhas de pensamento político, são apresentadas e expostas teses e análises na tentativa de compreender o que estes esperam ou buscam num novo governo. Além disso, teóricos e pesquisadores sociais a partir de preceitos e teorias procuram vislumbrar como a política e a economia do Brasil serão afetadas. Essas multiplicidades de teorias, com variadas abordagens, são conseqüência das diversas perspectivas do ponto de vista, deixando de lado aquele consenso ortodoxo que Giddens, em seus estudos, critica. Tendo como resultado do pluralismo de idéias, que a internet e o os outros veículos de comunicação divulgam, a dificuldade de tomar um único posicionamento, ou no caso de seguir as propostas e ideologias dos candidatos. Pois muitas vezes não são apresentadas as origens de noticias ou dados de pesquisas, como também apareceu uma nova categoria na imprensa e redes sociais, as famosas “fake news”, que disseminam falsas informações. Diante disso, estudos também estão sendo guiados no sentido de enxergar como essa eleição afetou, principalmente, a própria população.

Em consonância com tudo que foi exposto até aqui, devemos ressaltar também as ações dos candidatos e dos eleitores diante das competições entre os partidos e das diferenças ideológicas citadas, que realmente particionou o Brasil. A teoria da causação social, apresentada nas ciências sociais canônica (modelo ortodoxo), indica que os cientistas sociais possuem a capacidade de demonstrar que nossas ações são guiadas por causas e que não temos consciência delas, seria como se o nosso comportamento fosse resultado direto das forças sociais. Essa teoria poderia ser utilizada como uma das possibilidades de interpretar as inúmeras questões comportamentais que extrapolaram os limites de debates políticos e reflexões acerca da sociedade, se tornando um jogo de verdades e mentiras, que possuía uma torcida vibrante como em estádios de futebol. Há quem alegue que motivados por discursos de representantes, cidadãos passaram a expor pensamentos e práticas, antes ultrajantes, de modo deliberado, não expressando nenhum sentimento de arrependimento ou remorso. Não podemos dizer ao certo se há alguma verdade em se pensar assim, porém partindo da recuperação das noções dos seres humanos em relação as suas atitudes que os torna atores sociais, Giddens, em contraponto ao modelo ortodoxo da sociologia, afirma que nossas ações são intencionais e temos ciência da razão que nos leva a praticar tais ações, logo, não somos meros expectadores das forças sociais. Max Weber vai um pouco mais além e coloca que embora sejamos atores intencionais, o alcance, isto é, as consequências de nossos atos escapam as intenções e finalidades pelas quais foram, a princípio, motivadas. O que de certo modo poderia justificar a caracterização de um pensamento desta espécie.

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