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O JOGO DA COMPANHIA

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Por:   •  17/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.489 Palavras (14 Páginas)  •  308 Visualizações

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JOGO DE EMPRESA

DEFINIÇÃO

Antes de definir o conceito de jogo de empresa, é necessário, a nosso ver, fazer algumas distinções entre jogo, simulação e jogos de simulação.

O jogo

O jogo é uma atividade - física ou mental - envolvendo dois ou mais participantes, organizada por meio de um conjunto de regras que regulam seu início, desenrolar e término - onde, normalmente, se definem ganhadores e perdedores.

O jogo é, acima de tudo, uma atividade livre. Nunca representa uma tarefa, uma obrigação, chegando até a ser classificado como algo supérfluo, reservado para as horas de ócio. As características típicas dos jogos, tais como o divertimento, a alegria, a tensão e, por que não dizer, toda a sua fascinação, constituem-se os pontos básicos que os diferenciam de outras atividades.

O estudo das implicações teóricas e filosóficas, que envolvem as atividades lúdicas é um campo vasto, trilhado por trabalhos como já o clássico Homo Ludens: O jogo como elemento da cultura, publicado pelo autor holandês Johan Huizinga, em 1938. Este livro, traduzido para o português pela Editora Perspectiva/USP, constitui-se uma ampla análise da influência do instinto do jogo nos mais variados campos de realização humana: “é no jogo, e pelo jogo, que a civilização surge e se desenvolve” (Huizinga).

A Simulação

A simulação é uma experiência, um ensaio, no qual se procura “representar com semelhança” (Novo Aurélio), numa determinada situação, o que acontece ou poderia acontecer na vida real.

Tais ensaios, representações, podem ser muito simples, envolvendo duas pessoas que procuram simular uma situação do cotidiano, ou podem atingir níveis elevados de sofisticação tecnológica, como nos casos dos tripulantes dos vôos espaciais, ao serem submetidos, em terra, à simulação de situações a serem enfrentadas durante a viagem real, tais como ausência de gravidade etc.

Jogo e Simulação

Do mesmo modo como o simulador de vôo espacial é um exemplo de simulação que não é jogo, podemos, também, citar jogos de treinamento que não apresentam simulações.

Um exemplo de jogo sem simulação é o Wood Blocks Game, desenvolvido pelo Training Development Center do Sterling Institute - EUA, há mais de dez anos, e, ainda hoje, usado por várias empresas, consultores, profissionais e facilitadores, no Brasil, com diversos objetivos - principalmente para catalisar discussões sobre motivação, o comportamento das pessoas em situações de competição e o processo de estabelecimento de objetivos.

O grande mérito do Wood Blocks Game é a sua simplicidade: os participante usam pequenos cubos de madeira, as regras são de fácil assimilação, a pontuação exige aritmética elementar e é rápido. Consegue-se criar uma tal dinâmica que se pode usá-lo até como quebra-gelo, no início de sessões de treinamento.

O Jogo de Simulação

O jogo de simulação é uma fusão de jogo com simulação. É uma simulação, no sentido de que se procura criar situações semelhantes às que se vai encontrar na vida real. É um jogo, na medida em que estão presentes elementos lúdicos característicos - inclusive com ganhadores e perdedores bem caracterizados.

Podemos encontrar jogos de simulação nos mais variados campos da área militar à educacional, da área de planejamento urbano à empresarial.

O Jogo de Empresa

O jogo de empresa é um jogo de simulação voltado ao mundo dos negócios.

Neste trabalho, examinamos, em pormenores, os jogos de empresa. Acreditamos, entretanto, que considerável parte do que é tratado seja extensiva aos jogos de simulação (em seus estados “puros”) e aos jogos de simulação em campos diversos do de negócios.

Neste texto, estaremos usando o termo “jogo” para nos referir a jogo de empresa - para efeito de simplificação.

USO ATUAL DOS JOGOS

Os jogos de empresa têm sido utilizados com diversos objetivos. Descrevemos, a seguir, alguns campos onde o uso de jogos tem demonstrado apresentar melhores resultados.

• No treinamento de pessoal: Os jogos têm sido utilizados para aumentar a capacidade dos executivos, com o objetivo de melhorar o desempenho no cargo atual.

• No desenvolvimento de pessoal: Através dos jogos, procura-se dar à pessoa com potencial, uma vivência que, de outra maneira, ela só poderia conseguir depois de assumir um cargo mais complexo do que o atual. Neste sentido, os jogos podem servir para minimizar os problemas que serão encontrados.

• Na avaliação do potencial: Os jogos de empresa têm sido utilizados com bastante freqüência, nos “assesment centers”, nos quais grupos de observadores especializados observam membros selecionados da empresa, visando avaliar, de forma mais objetiva, seu futuro na organização e propiciar lhes um processo de desenvolvimento mais adequado.

• Em planejamento: Por permitir o estudo de possíveis alternativas e relações entre variáveis que nem sempre se consegue visualizar em “especulações de gabinete”, os jogos de empresa têm sido especialmente úteis nos casos em que grandes mudanças estão sendo planejadas.

• Na tomada de decisões: O jogo de empresa pode ser de ajuda em processos decisórios grupais, onde há margem para opiniões relativamente subjetivas, fundamentadas em suposições que os elementos do grupo desenvolvem. A participação em jogos de empresa, especialmente ajustados à situação, pode trazer mais objetividade às discussões, superar eventuais suposições falsas e ajudar a tomada de decisões.

• Na formação de administradores: Nas escolas de administração e nas universidades, o jogo de empresa tem contribuído significativamente para formar profissionais com alguma bagagem “prática”.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

O desenvolvimento da utilização de jogos, de certa forma recente, não esconde, entretanto, a origem histórica dos modelos de jogos de simulação. Com efeito, a simulação já era encontrada em jogos praticados no Antigo Egito. O próprio jogo de xadrez não é nada mais que uma simulação ordenada de ataque e defesa, copiada, em suas origens, da estratégia militar.

A partir do século XIX, foi exatamente na área militar que os

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