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O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova

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Por:   •  28/7/2014  •  Artigo  •  793 Palavras (4 Páginas)  •  459 Visualizações

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O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova

Bianca Bassetti e Silva

Duque de Caxias, 09 de dezembro de 2013

O documento foi feito durante as reformas de ensino em vários estados do Brasil, das conferências de educação da Associação Brasileira de Educação (ABE) e da criação do Ministério da Educação e Saúde. Contem ideias sobre questões pedagógicas, políticas e filosóficas, com influência dos debates biológicos e psicológicos.

Afirmou-se inicialmente que os principais problemas da educação brasileira ocorriam em função da falta de uma definição melhor e mais concreta em abrangência nacional, dos objetivos e métodos da educação, e da falta de uma visão mais abrangente sobre os problemas existentes no sistema de educação.

Diante disso, houve a proposta de uma nova política educacional baseada em princípios essenciais ao ver dos autores para a organização do regime escolar. O manifesto defendia então a educação pública e gratuita para todos sem exceção como dever do Estado que deveria tornar a escola acessível a qualquer cidadão.

Entendendo então que o objetivo da educação seria a socialização de futuras gerações adaptando-as ao meio social, os pioneiros afirmavam a necessidade da educação não ser um privilégio de classe, então a escola deveria ser uma “comunidade em miniatura” e faziam, portanto, uma defesa da Escola Nova.

A escola tradicional teria tendência passiva e intelectualista, ela estaria relacionada diretamente a uma concepção de burguesia, mas a escola nova na visão dos pioneiros da educação serviria aos interesses do indivíduo favorecendo a atividade espontânea para a satisfação do próprio indivíduo.

No manifesto estava em pauta não só a escola nova, mas também a defesa da escola pública, abrangendo dês de a escola primária até o ensino superior formando alunos como bons cidadãos e bons profissionais.

Os pioneiros acreditavam que a nova política educacional acabaria com a formação exclusivamente literária, dando um caráter técnico e científico.

À luz dessas verdades e sob a inspiração de novos ideais de educação, é que se gerou, no Brasil, o movimento de reconstrução educacional, com que, reagindo contra o empirismo dominante, pretendeu um grupo de educadores, nestes últimos doze anos, transferir do terreno administrativo para os planos político-sociais a solução dos problemas escolares. Não foram ataques injustos que abalaram o prestígio das instituições antigas; foram essas instituições criações artificiais ou deformadas pelo egoísmo e pela rotina, a que serviram de abrigo, que tornaram inevitáveis os ataques contra elas. De fato, porque os nossos métodos de educação haviam de continuar a ser tão prodigiosamente rotineiros, enquanto no México, no Uruguai, na Argentina e no Chile, para só falar na América espanhola, já se operavam transformações profundas no aparelho educacional, reorganizado em novas bases e em ordem a finalidades lucidamente descortinadas? Porque os nossos programas se haviam ainda de fixar nos quadros de segregação social, em que os encerrou a república, há 43 anos, enquanto nossos meios de locomoção e os processos de indústria centuplicaram de eficácia, em pouco mais de um quartel de século? Porque a escola havia de permanecer, entre nós, isolada do ambiente, como uma instituição enquistada no meio social, sem meios de influir sobre ele, quando, por toda a parte, rompendo a barreira

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