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RESENHA CRITICA DO MANIFESTO DOS PIONEIROS DA ESCOLA NOVA (1932)

Por:   •  23/8/2015  •  Resenha  •  1.036 Palavras (5 Páginas)  •  3.095 Visualizações

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RESENHA CRITICA DO MANIFESTO DOS PIONEIROS DA ESCOLA NOVA (1932)

O Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova foi elaborado por um grupo de intelectuais, embora tivessem convicções diferentes, se uniram para escrever o documento que rompia com velhos paradigmas e buscava algo novo para a educação, apesar de representar tendências diversas de pensamento como as do filósofo John Dewey e a do sociólogo francês Émile Durkheim entre outros, compunha uma autêntica e sistematizada concepção pedagógica e foi um grande aliado para a LDB ( lei de diretrizes de base) cujo objetivo era identificar pontos e características para a verdadeira consolidação da nossa educação.

O texto iniciou dizendo que dentre todos os problemas nacionais nem mesmo os problemas econômicos poderiam “disputar a primazia” com problema educacional, isso porque, “se a evolução orgânica” do sistema cultural de um País depende de suas condições econômicas, é impossível desenvolver as forças econômicas ou de produção, sem o preparo intensivo das forças culturais e o desenvolvimento das aptidões à invenção e à iniciativa que são fatores fundamentais do acréscimo de riqueza de uma sociedade.

Para tanto, temos que rever um pouco da história, até 1929 o Brasil tinha a politica café com leite, éramos basicamente um exportador agrário, com a primeira guerra mundial e com a dificuldade de importar produtos industrializados, alavanca em nosso País mesmo que de maneira elementar a criação de industrias, nossa sociedade começa a passar por importantes mudanças politicas, sociais e econômica, esse processo causa a migração dos camponeses para os centros urbanos em busca de trabalho nas novas fabricas, trazendo progresso industrial e econômico o que possibilitaria maior acesso da população a educação escolar.

Em 1922, as mocidades militares revoltaram-se sobre o predomínio das oligarquias agrárias que dominavam a política do País, como por exemplo: o “coronelismo”, o “capanguismo”, o “voto do cabresto” entre outras, que através de uma justiça demorada, trouxeram muitas outras manifestações pelo atraso em que vivia o Brasil. Esse movimento veio encerrar somente em 1927, e foi essa reação que passou a história com denominação geral de “tenentismo” e foi um arranque para a Revolução de 1930.

Diante desse novo contexto, em 1932, um grupo de vinte e seis signatários bastante heterogêneos do ponto de vista de suas ideais, não impediu que concordassem com as linhas gerais e sabiamente abrangentes de Fernando de Azevedo em relação à “renovação da educação”. Ao elaborarem um documento, destinado ao povo e ao Governo, no qual demonstrava a real necessidade de investimento e credibilidade, que trariam melhoras no desenvolvimento da educação no Brasil. Seus mentores reivindicavam o reconhecimento do governo em relação à melhoria das condições da Educação, ideias que iam em oposição ao atual modelo escolar tradicional (mantido pela igreja católica) e a escola elitizada.

Esse documento tornou-se um marco no projeto de renovação educacional propondo que o estado organizasse um plano geral de educação e defendia a criação de uma escola única, laica, obrigatória e gratuita, visando também melhoria na capacitação dos educadores, pois o educador necessita de melhores salários e de uma formação em nível superior, para um melhor rendimento no seu trabalho. Na década de vinte, os únicos favorecidos eram os filhos dos burgueses e a parte pobre contava com professores totalmente desestruturados em relação à necessidade aplicada na época.

“Todos os professores, de todos os graus, cuja preparação geral se adquirirá nos estabelecimentos de ensino secundário, devem, no entanto, formar o seu, espírito pedagógico, conjuntamente, nos cursos universitários, em faculdades ou escolas normais, elevadas ao nível superior e incorporadas às universidades.” (AZEVEDO, 1932, p.24)

O Manifesto dos Pioneiros representa uma ação vigorosa e corajosa contra a autoridade do ensino confessional católico, elitista e base da desigualdade social, bem como uma resposta à necessidade

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