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O PROJETO – ÉTICO POLÍTICO NAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO SOCIAL

Por:   •  3/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.632 Palavras (11 Páginas)  •  231 Visualizações

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SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        

2        DESENVOLVIMENTO        

2.1        PROJETO ÉTICO-POLÍTICO        

2.2        A PRODUÇÃO TEÓRICA NO (HMSI) HOSPITAL MUNICIPAL SANTA ISABEL        

3        CONCLUSÃO        

4        REFERÊNCIAS        



  1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho de produção textual foi realizado por meio de uma entrevista com a Assistente Social e observou-se que o (HMSI) Hospital Municipal Santa Isabel é um hospital comprometido com a formação profissional qualificada dos acadêmicos e com a saúde da comunidade que procura seus serviços, conforme os princípios do SUS. O atendimento é realizado por meio de uma equipe multidisciplinar, sendo que o Serviço Social atua juntamente com outros profissionais da saúde, como médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, dentre outros, visando o restabelecimento do processo saúde/doença dos usuários.

O objetivo deste trabalho é proporcionar aos alunos o aprofundamento e reflexão sobre o Projeto Ético-Político, suas implicações ético-teóricas-metodológicos na profissão. Tendo em vista que a discussão sobre o projeto ético-político do Serviço Social é muito recente, data da década de 1990, e assinala um momento de desenvolvimento da profissão, marcado pelo enfrentamento e denúncia do conservadorismo profissional.

Por fim, apresentam-se as conclusões relativas à prática do Serviço Social na instituição, tendo como base os temas abordados, bem como possíveis sugestões para trabalhos futuros.


  1. DESENVOLVIMENTO
  1. Projeto Ético-Político

A construção do projeto ético-político na década de 1960 há uma crise ideológica, política e de eficácia da profissão, surgindo um questionamento em relação à burocratização do Serviço Social, do seu caráter baseado nas influências de pensamentos europeus e americanos e de sua ligação com as classes dominantes. Iniciou-se em toda a América Latina um amplo movimento de renovação em diferentes níveis: teórico, metodológico, técnico-operativo e político, surgindo, assim, o Movimento de Reconceituação, que contesta o Serviço Social conservador e tradicional. Este movimento impôs aos Assistentes Sociais a necessidade de construírem um novo projeto profissional, comprometido com as demandas e interesses da população usuária dos serviços. Entre 1961 e 1964 os profissionais esboçam algumas tentativas de novas experiências de vinculação e lutas por mudanças.

Com a reconceituação acontecem mudanças no discurso, nos métodos de ação e no projeto da prática profissional diante das novas estratégias de controle e repressão dos trabalhadores, realizada pelo Estado e pelo capital, para atender as exigências da política de desenvolvimento com segurança.

A partir da década de 1970, o Serviço Social brasileiro passa a tomar contato com a perspectiva marxista na profissão, tendo como base o estruturalismo, de Althusser, a partir da concepção de as instituições serem vistas como aparelhos ideológicos do Estado, seguindo a tendência do Movimento de Reconceituação, com ênfase na militância política.

Os fatos que desencadeiam o Movimento de Reconceituação entre 1965 a 1975 são o questionamento da profissão: qual seu papel em relação à questão social, sua eficiência e legitimidade, seu relacionamento com as classes subalternas; através de duas direções: a afirmação da perspectiva da burguesia da modernização através da ditadura e a ruptura com o Serviço Social tradicional se aproximando das ideias marxistas (FALEIROS, 1987).

No período militar e da redemocratização, o Serviço Social obteve um grande impulso quantitativo, com a expansão do mercado de trabalho, e qualitativo, originado do amplo debate no meio profissional, sobre questões de teoria e de método de Serviço Social, mas com o predomínio de uma visão modernizadora, cientificista e tecnicista.

No ano de 1975, há uma reformulação do Código de Ética profissional, permanecendo com a orientação conservadora, este se pautou na permanência da moral acrítica, a neutralidade e a ideologia estrutural-funcionalista que visa o bem comum, a ordem e a coesão social. Este Código não chegou a refletir os debates da Reconceituação que estava em andamento.

De acordo com Netto (2001) a renovação profissional apontava para três direções:

a) a manutenção da matriz conservadora e tradicional: que daria continuidade ao conservadorismo com base no funcionalismo e no positivismo conservador;

b) a modernização conservadora: que visava à adaptação e integração da autocracia burguesa;

c) a intenção de ruptura com o conservadorismo: tinha como objetivo romper com a herança conservadora, não aceitando a vertente modernizadora. Dentre estas três direção foi à intenção de ruptura que permitiu a construção do projeto ético-político do Serviço Social.

A formação do projeto ético-político ocorre com a intenção de ruptura com as práticas tradicionais da categoria profissional. O marco detonador desta perspectiva foi o 3º Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais – CBAS, em 1979, também conhecido como Congresso da virada. Neste surgem novas reflexões sobre a formação e exercício profissional com introdução do marxismo, que é compatível com a ruptura do conservadorismo político; e o estabelecimento de maturidade teórica e grande enriquecimento do debate filosófico, gerando críticas ao caráter conservador da prática profissional, que marcaram a discussão da década de 1980 (NETTO, 2001).

Na década de 1980 houve o surgimento de diversos cursos de pós-graduação em Serviço Social, que proporcionaram, nesta década e na de 1990, uma maioridade acadêmica e uma ampla acumulação teórica para o Serviço Social. A produção teórica evolui quantitativamente e qualitativamente, abordando temas de extrema importância ao processo de renovação, como as questões de metodologia, políticas sociais e movimentos sociais. Nem sempre as produções eram baseadas na perspectiva de intenção de ruptura, mas proporcionaram uma considerável massa crítica. Este amadurecimento do Serviço Social fez com que a área se tornasse reconhecido pela sua produção de conhecimento em órgãos oficiais fomentadores de pesquisa.

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