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O Transformismo E O Fortalecimento Do Estado

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Por:   •  12/8/2013  •  565 Palavras (3 Páginas)  •  570 Visualizações

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O transformismo e o fortalecimento do Estado

O conceito de revolução passiva constitui importante critério de interpretação para compreender todo o processo de transição de nosso país á modernidade capitalista e mais recentemente, ao capitalismo monopolista de Estado, essa interpretação também nos proporciona instrumentos analíticos capazes de indicar traços decisivos de nossa formação política e social.

Causas efeitos da revolução passiva que foram apontados por Gramsci:

1º - o fortalecimento do Estado em detrimento da sociedade civil, e.2º - a prática do transformismo como modalidade de desenvolvimento histórico que implica a exclusão das massas populares.

Depois de examinar Piemonte no Risorgimento (é o movimento na história italiana que buscou entre 1815 e 1870 unificar o país, que era uma coleção de pequenos Estados submetida a potências estrangeiras), Gramsci faz uma observação que pode ser aplicada ao Brasil:Que um Estado... Seja o dirigente do grupo que, ele sim, deveria ser dirigente.

Diferença entre o Risorgimento e o caso brasileiro: enquanto na Itália um Estado particular desempenha o papel decisivo na construção de um novo Estado nacional unitário, o Estado que desempenha no Brasil a função de protagonista das revoluções passivas já é um Estado unificado, mas essa diferença passa para segundo plano diante do fato de que o Estado brasileiro teve historicamente o mesmo papel que Gramsci atribuiu ao Piemonte, de substituir as classes sociais em função de protagonista dos processos de transformação e de assumir a tarefa de dirigir politicamente as próprias classes economicamente dominantes, é um dos casos em que esses grupos têm a função de domínio e não de direção: ditadura sem hegemonia. As transformações no Brasil foram sempre resultado do deslocamento da função hegemônica de uma para outra fração das classes dominantes , mas estas jamais desempenharam , preferiram delegar sua função de dominação política ao Estado ao qual cabe a tarefa de controlar e reprimir, quando necessário às classes subalternas.

Ditadura sem hegemonia, não significa que o Estado protagonista de uma revolução passiva, possa prescindir de um mínimo de consenso, de outro modo, ele teria de usar sempre e apenas a coerção; Gramsci indica um modo de consenso de transição pelo alto, o transformismo que é o da assimilação pelo bloco no poder das frações rivais das próprias classes dominantes ou até mesmo de setores das classes subalternas.

Períodos de transformismo na história da Itália:

1º1869 a 1900-Transformismo molecular:personalidades políticas elaboradas pelos partidos democráticos de oposição que se incorporam individualmente à classe política conservadora moderna.2º a partir de 1900 – transformismo de grupos radicais inteiros, que passam para o campo moderado.

O populismo uma modalidade de legitimação carismática que teve inicio no curso da ditadura de Vargas, mas que desenvolveu durante o período liberal-democrático, interpretado como uma tentativa de incorporar ao bloco de poder, em posição subalterna, os trabalhadores assalariados urbanos , através da concessão de direitos sociais e de vantagens econômicas reais , nesse caso , a ação transformista não teve êxito , por causa da

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