OS ENSAIOS DE SOCIOLOGIA E OUTROS ESCRITOS

POLITICA III

Aluna: Polyana Barbosa Pereira

WEBER, Max, “Ensaios de Sociologia e outros escritos” editora: abril cultural; Caps; I, II, III.

“A atual condição de nossa vida parlamentar é um legado da longa dominação do príncipe Bismarck e da atitude da nação para com ele desde a última década de seu cargo de chanceler. ” (Pg.13).

“Bismarck tinha razões de sobra para ter seus pares então baixa estima” (Pg.14).

“Qual dos grandes partidos de seus seguidores exigiu alguma explicação das razões de sua exoneração? Nem sequer agitaram, simplesmente voltaram-se para o novo sol.” (Pg.14).

“Então todo o mesquinho mecanismo de fraseologia “cristão”, “monárquico”, e “nacional” era posto em movimento – o mesmo tipo de frases feitas que aqueles cavalheiros agora condenam como jargão profissional nos políticos anglo – saxões. (Pg.15).

“Os nacionais – liberais, não podendo cumprir as tarefas políticos que tinham escolhido, desintegraram-se, em última instancia, não por causa de quaisquer razões essenciais, mas porque Bismarck não tolerava qualquer poder autônomo – nem dentro dos ministérios, nem dentro do parlamento. ” (Pg. 17).

“Os nacionais liberais estavam dispostos a fazer mais do que concessões a Bismarck, e mesmo os progressistas concordavam que se tomassem medidas no sentido de que se constituísse em delito comum o que eles dominavam de “incitação ao ódio de classes”. ” (Pg.18).

“Por outro lado, imitando certas práticas americanas, Bismarck acreditava poder criar uma atitude positiva para com o Estado, a gratidão política através da concessão de benefícios sociais a partir de fundos públicos ou de fundos privados compulsórios” (Pg.19).

“A ingênua lenda moralizadora de nossos literatos apolíticos inverte a relação de causa e assegura que o parlamento permaneceu merecidamente impotente devido ao baixo nível da vida parlamentar” (Pg.21).

“Num Estado moderno necessária e inevitavelmente a burocracia realmente governa, pois, o poder não é exercido por discursos parlamentares nem por proclamações monárquicas, mas através da rotina da administração” (Pg.22).

“Sociologicamente falando o Estado moderno é uma “empresa” (Betrieb) idêntica a uma fábrica: esta, exatamente, é sua peculiaridade histórica. ”  (Pg.23).

“A existência dos partidos não é reconhecida por qualquer instituição, ou, pelo menos na Alemanha, por qualquer lei, ainda que os partidos sejam hoje os mais importantes veículos políticos para aqueles governados pela burocracia – os cidadãos. ” (Pg.24).

“O poder dos partidos repousa fundamentalmente na eficiência destas burocracias. ” (Pg27).

“Em nossas circunstancias, é decisivo que na administração de associação de massa os funcionários de carreira treinados sempre componham o núcleo do mecanismo” (Pg28).

“ A burocracia estatal reinaria absoluta se o capitalismo privado fosse eliminado” (Pg.31).

“A diferença acha-se antes, no tipo de responsabilidade, e é isto que realmente determina as diferentes exigências dirigidas a ambas as espécies de cargos. ” (Pg.33).

“Contudo no Estado moderno o monarca não pode em lugar nenhum constituir-se numa contra força em oposição ao poder penetrante dos burocratas” (Pg.35).

“Os parlamentos modernos são primeiramente órgãos representativos dos indivíduos governados por meios burocráticos” (Pg.36).

“Por outro lado, este sistema permite que burocratas qualificados, que, todavia, não possuem vestígios de talento político, conservem-se em importantes postos políticos até que alguma intriga os substitua em favor de personagem semelhante. ” (Pg38).

“Contudo, a atividade não qualifica um homem para a liderança no governo nem em um partido — duas coisas que de modo algum são tão diferentes quanto o supõem os nossos românticos literati.” (Pg. 41).

“Contudo, este elemento sozinho garante que a responsabilidade para com o público, que se dissiparia dentro de uma assembleia governando em geral, está a cargo de pessoas claramente identificáveis” (Pg.43).