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Os Ensaios de Sociologia da Ciência

Por:   •  8/10/2018  •  Resenha  •  829 Palavras (4 Páginas)  •  169 Visualizações

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        No capitulo 7 do do livro Ensaios de sociologia da ciencia, Robert k merton busca mostrar o relacionamento dialetico entre ciencia e sociedade. para esse fim, ele se ultiliza da apresentacao e discussao de quatro conjuntos de imperativos institucionais ou costumes, como se refere em parte do texto que formam o éthos da ciencia moderna.

        O primeiro costume abordado por Merton é o universalismo. Segundo afirma, esse conceito tem por base a ideia de que as afirmacoes cientificas devem ser avaliadas a partir da analise de seu conteudo, que deve ser internamente coerente e condizente com os conhecimentos previamente confirmados. Dessa forma, o acesso a pratica cientifica nao deve ser restrita por quaisquer fatores pessoais tais como classe social ou economica, uma vez que esses nao devem influenciar no desenvolvimento de afirmacoes objetivas, assim, nao sendo relevantes á pratica cientifica.

        Posteriormente, o autor demonstra a relacao entre ciencia e sociadade ao relacionar o conceito do universalismo a éthos de uma sociedade democratica, apresentando-o como principio comun a ambos. Dssa forma, merton aproxima a relacao entre ciencia e sociedade ao afirmar que uma sociedade em estado democratico fornece a possibilidade da aplicacao do universalismo cientifico. Entretanto, tambem é demonstrada a cisao entre ciencia e sociedade, ao passo em que é afirmado que individuos que nao aderem a valores universalistas podem experimentar constrangimento ao expressar tais valores em um ambito cientifico, demonstrado a separacao entre as esferas sociais e cientificas.

        O segundo conceito abordado é o de comunismo, que como clarificado, abrange no ambito cientifico as descoberdas realizadas pela academia. De acordo com este costume, o cientista nao possui (ou possui pequeno grau) de propriedade sobre aquilo que foi por ele afirmado, sendo o papel da recompensa ocupado pelo reconhecimento social e prestigio aferido a este. Mortom apresenta, alem do conceito, exemplos historicos (como o de Henry Cavendish) de cientinstas que se encontraram no contragrao do costume do comunismo e portanto enfrentaram e enfrentam até hoje criticas, demonstrando assim a força desse fato social pela punicao relacionada a comportamentos deviosos. Em seguida, é explorada a aplicaçao do comunismo no ambito tecnologico, onde existe um maior grau de controle do inventor sobre a invençao (frequentemente na forma de patentes), levando a uma diferente dinamica no compartilhamento de conhecimento, que por sua vez, afeta diretamente a sociedade, visto que pode ser controlado que tipo de tecnologia se torna disponivel ao publico, e por quem esta é distribuida, demonstrando assim a separacao das concepcoes de comunismo nas 3 esferas.

        Na quarta parte do texto, o imperativo institucional do desinteresse é explorado por meio da analise da relaçao entre os valores percebidamente inerentes ao cientista e sua origem na instituicao da ciencia. Como morton explica, a falta de interresse pessoal é desejavel no ambito cientifico e é mantida e reforçada pelo sistema de rigorosa analise por pares especialistas, assim, tornando incomum casos de fraudes e afirmacoes caluniosas, uma vez que estas podem ser verificadas e sao puniveis pela comunidade e até pelo proprio individuo, coso tenha internalizado o costume como valor pessoal.

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