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ENSAIO CRÍTICO SOBRE A COMPREENSÃO DA SOCIEDADE A PARTIR DA PERSPECTIVA DOS TEÓRICOS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA: AUGUSTO COMTE, ÉMILE DURKHEIM, MAX WEBER E KARL MARX

Por:   •  18/3/2019  •  Ensaio  •  1.963 Palavras (8 Páginas)  •  345 Visualizações

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ENSAIO CRÍTICO SOBRE A COMPREENSÃO DA SOCIEDADE A PARTIR DA PERSPECTIVA DOS TEÓRICOS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA: AUGUSTO COMTE, ÉMILE DURKHEIM, MAX WEBER E KARL MARX         

                                                                          Jennifer Kelly Santa Cruz            

Ao tratar de comprender a especificidade do que poderia ser chamado “social” e dada a própria natureza de seu objeto a sociologia sofre continuamente as influências de seu contexto. Ideias, valores, ideologias, conflitos e paixões presentes nas sociedades permeiam a produção sociológica. Antigos temas – liberdade, igualdade, alienação- não desapareceram, mas assumem hoje outros significados. A sociologia era, e continua a ser, um debate entre concepções que procuram dar resposta às questões cruciais de cada época. Por inspirar-se na vida social não pode, portanto estar libre de contradições. (QUINTANEIRO, BARBOSA, OLIVEIRA, 2002 pg. 23)

O termo sociologia surge no século XIX a partir das pesquisas de Augusto Comte, Filósofo francês que cria um método de conhecimento da sociedade chamado POSITIVISMO, noção que compreendia a Ciência como sendo a única forma de conhecimento verdadeiro, para os positivistas a teoria só é correta se for comprovada por métodos científicos. Assim como Charles Darwin[1] propôs que o homem teria passado por estágios evolutivos, alcançando o patamar de inteligência e habilidade atuais, Comte propôs que as sociedades humanas também passaram por estágios evolutivos alcançando, graças à Ciência, o nível atual de organização.

         Augusto Comte, não considera o conhecimento interligado as crenças, superstições, para ele tudo deve ser comprovado cientificamente para ser válido, o avanço da humanidade sujeita-se aos avanços científicos. Preocupava-se em criar uma religião sem teologia e sem Deus. O Positivismo de Augusto Comte combate o idealismo, proposto por várias vertentes teóricas da Filosofia e da Teologia, desde os gregos, como Platão, até os idealistas alemães, sendo Hegel o grande expoente desse período.

        Segundo Michael Lowy (2000) o positivismo tem certas premissas para manter a harmonia natural: 1 - A sociedade é regida por leis naturais, que independem da ação humana, na sociedade reina uma harmonia natural. 2 - A sociedade pode ser estudada pelos mesmos métodos e processos que se usa para estudar as ciências da natureza. 3 As ciências da sociedade, devem-se ser observadas de forma objetiva, livres de julgamentos de valor ou ideologias, neutra sem preconceitos.

Comte defendia que as sociedades humanas se encontravam em constante progresso e evolução, desde as primeiras sociedades humanas, até as mais atuais, seguindo uma Lei Natural da sociedade, chamada por ele de Lei dos três estados, que são estágios de desenvolvimento para se alcançar o ápice de desenvolvimento o Estado positivo, distribuída da seguinte forma:

Estado Teológico: Estado onde Deus está presente em todas as coisas, e todos os fatos e fenômenos que ocorrem são sua vontade. Subdivido ainda em: A) Animismo: as coisas da natureza têm, sua própria “animação”, acontecem porque desejam isto, não por fatores externos, têm vida própria. B) Politeísmo: os desejos dos deuses são colocados em objetos, animais ou coisas. C) Monoteísmo: os desejos do Deus (único), são expostos em coisas, acontecimentos.

Estado Metafísico: Esse estado, Comte conceituou como aquele que se destaca pela superação do conhecimento teológico, e surgimento do conhecimento filosófico (século VII a.C). Para Comte esse momento representaria uma evolução do pensamento do homem em relação ao estado anterior, mas significava ainda a plenitude da evolução social do homem, sendo necessário um estado (ou estágio) superior, que desempenhasse a função de responder aos anseios da humanidade em sua totalidade.

Estado Positivo: Esse último seria o estado cientificista, que buscava explicações científicas para os fatos que ocorriam. Seria definido como a busca pela explicação de tudo que ocorre na natureza, o uso da razão, a desmistificação de todos os fenômenos. A natureza passaria a ser estudada e explicada com um enfoque científico, e não mais com enfoque religioso ou místico. Esse terceiro estado seria a soma dos dois anteriores adaptados.

ÉMILE DURKHEIM

Em suas Regras do Método Sociológico ele propõe tratar os processos sociais como fatos sociais, ou seja, estuda-los como se estuda a natureza (biológica) de forma neutra, desprovido de valores, explicando os fatos sociais exteriormente e coletivamente. O principal objetivo é estudar a sociedade e não o indivíduo.

Fato social: O fato social pode ser compreendido como um produto da vida em sociedade. Segundo Durkheim, possui três características: Coercitividade: Característica relacionada com o poder, ou a força, com a qual os padrões culturais de uma sociedade se impõem aos indivíduos que a integram, obrigando esses indivíduos a cumpri-los. Exterioridade: Relaciona-se ao fato de esses padrões culturais serem exteriores ao indivíduo e independentes de sua consciência. Generalidade: Os fatos sociais são coletivos, ou seja, eles não existem para um único indivíduo, mas para todo um grupo, ou sociedade.

Como estudar o objeto: Através de suas características exteriores em comum, com descrições superficiais, identificando o fenômeno que o produz a sua função e utilidade. Se pautando que as causas devem ser procuradas no meio social, ou seja, um fato social é que gera outro fato social; e com isso descartando sua construção histórica.

Os fatos sociais são classificados de duas formas distintas: Fato Social Normal: Como a sociedade deve ser, fenômenos encontrados e reproduzidos mais frequentemente. Fato Social Patológico: Como a sociedade não deve ser; pouco reproduzido socialmente.

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