TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Os Principais problemas evidenciados na sociedade contemporânea

Por:   •  28/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.583 Palavras (11 Páginas)  •  339 Visualizações

Página 1 de 11

 1 INTRODUÇÃO[pic 1][pic 2]

Um dos principais problemas evidenciados na sociedade contemporânea se dá no crescimento significativo da população idosa ao redor de todo o mundo desde o início do século XXI. Assegurar a qualidade de vida e o bem-estar de tal população é uma tendência mundial exercitada de maneira plena ao redor do globo.        A Organização das Nações Unidas (ONU), todavia, já se manifestou a respeito das diferenças entre o acolhimento de idosos em países emergentes e países desenvolvidos.

No Brasil, o idoso vem ganhando mais importância sobretudo após o advento e a entrada em vigência do Estatuto do Idoso, instrumento legal que assegura diversas responsabilidades compartilhadas ao Estado, à sociedade e à família. O acolhimento ao idoso no país, entretanto, esbarra em diversos fatores como a ineficiência de determinadas políticas públicas e sociais diante de um crescimento populacional acelerado, o que atribuí uma grande importância ao acolhimento dessa classe da população no núcleo familiar.

O presente estudo busca a análise de um estudo de caso com o intuito de elaborar o plano de ação com base nos preceitos da ESF, do BPC e do CREAS no caso relatado que envolve a Sra. Lúcia, idosa de 75 anos de idade, vítima de maus tratos e de negligência por seus familiares. O desenvolvimento do estudo envolve duas dimensões, sendo a primeira uma ampla explanação teórica acerca das nuances projetadas no caso em questão e a segunda a elaboração do plano de ação, de modo estratégico, com ênfase na atuação da Assistência Social na proteção social da Sra. Lúcia.

2 DESENVOLVIMENTO

Segundo Mendonça (2011) a ESF pode ser conceituada como um modelo de atenção à saúde, que visa organizar as ações e dispor de meios técnicos e de meios científicos para intervir e impactar de maneira positiva os problema e necessidades da saúde em âmbito nacional.

Inicialmente, a ESF era contemplada como o Programa Saúde Família (PSF), que fora implantado pelo Ministério da Saúde no ano de 1994. A alteração de tal denominação deu-se pelo fato de que a medida não poderia ser contemplada mais como um mero programa destinado à saúde, mas sim da alteração de um modelo assistencial que eleva à família como um dos pontos centrais na prestação de assistência de saúde (COTTA et al., 2006).  Segundo Pedrosa e Teles (2001) o PSF/ESF contempla ações que promovem a saúde, recuperação e reabilitação de doenças mais frequentes, bem como ações de prevenção da mesma. Buscando reorganizar os serviços de saúde, as estratégias buscam otimizar e alterar o paradigma que orienta o modelo de assistência à saúde.

Starfield (2002) defende que a ESF ainda não conseguiu alcançar o novo paradigma de promoção à saúde da família, ainda que esse seja considerado um dos princípios fundamentais de tal estratégia. Via de regra, a ESF é composta por uma equipe profissional, com um médico generalista/especialista em saúde familiar ou um médico da família, um enfermeiro com a mesma capacitação e os auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde.

Dias e Silva (2013) propõe que uma das contribuições da ESF no âmbito da atenção primária fora o entendimento do indivíduo como um todo, extrapolando o conceito comum de ‘família’ e contemplando aspectos que englobam a saúde, por exemplo, do trabalhador, brincando o princípio da universalidade, mas levando em consideração o critério domiciliar e territorial.

À título de contextualização, o CRAS e o CREAS podem ser esclarecidos como unidades públicas estatais pertinentes ao Sistema Único de Assistência Social. O CRAS e o CREAS, em conformidade com as políticas públicas, oferecem projetos, programas, serviços e demais benefícios que apoiam o trabalho da assistência social (Art. 6o c. Lei N. 12.435 de 20110. O CRAS é o Centro de Referência de Assistência Social e o CREAS o Centro de Referência Especializada de Referência Social. Afirma-se, então, que o CRAS é responsável pela prevenção da instalação da situação de risco, antes mesmo que a mesma tenha início, enquanto o CREAS tem como incumbência o tratamento daqueles que já foram de alguma forma afetados pelo risco já ocorrido, tendo seu direito social já violado e carente de atenção (SILVA, 2016).

A Secretaria Nacional de Assistência Social (2008) ainda discorre que a proteção social básica e a proteção social especial são, então, duas das vertentes atendidas pelo SUAS. São compostas por um agrupamento de medidas benéficas postas em prática por programas e projetos encontrados na materialização do SUAS, nos CRAS e CREAS, tal como na rede privada por eles referenciada.

O projeto financia e garante a segurança social aos que dela carecem, prevenindo, protegendo e auxiliando aqueles que precisam enfrentar cenários onde há risco de garantia de seus direitos básicos. As ações também objetivam uma articulação na transferência de meios financeiros com o âmbito sócio assistencial, promovendo o crescimento do desenvolvimento de famílias e comunidades inteiras. A equipe do CREAS, via de regra, é composta por coordenador, assistente social, psicólogo, advogado, profissionais destinados à abordagem dos usuários e auxiliares. O CREAS, após ser notificado pela ESF, oferece atendimento psicossocial para vítimas de violações dos direitos, como idosos em condições de maus tratos, como ocorre no caso em pauta.

Bronzo e Prates (2012) realizaram um estudo exploratório que constatava a influência dos serviços de assistência social prestado pelos CREAS em dimensões menos tangíveis da pobreza na vida de famílias beneficiarias do Programa Bolsa Família. O estudo conduzido pelos autores apontou que os efeitos dos serviços prestados pelos CRAS nos usuários como a ampliação da capacidade dialógica e discursiva das famílias, diante da capacidade dialógica e discursiva das mesmas no âmbito das relações intrafamiliares.

Do mesmo modo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma benesse conferida no âmbito da prestação continuada da Assistência Social, sendo instituído pelo Diploma Constitucional de 1988 no tocante à proteção social não contributiva do Sistema de Seguridade Social em âmbito nacional. De fato, o benefício é individual, não vitalício e intransferível, que assegura a transferência de um salário mínimo aos idosos com 65 anos de idade ou mais e à pessoa com deficiência, de qualquer idade, caracterizada por impedimentos de longo prazo (deficiências de ordem física, mental, intelectual ou sensorial), desde que comprovado que a situação enfrentada pelo indivíduo o impeça de prover sua própria manutenção e sustento e que também comprovado que sua família não possa prover (RIBEIRO, 2014).

...

Baixar como (para membros premium)  txt (17.1 Kb)   pdf (122.4 Kb)   docx (18.1 Kb)  
Continuar por mais 10 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com