TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

PRINCIPAIS AUTORES DO FUNDAMENTALISTAS DO PENSAMENTO POLÍTICO

Trabalho Escolar: PRINCIPAIS AUTORES DO FUNDAMENTALISTAS DO PENSAMENTO POLÍTICO. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/4/2014  •  2.565 Palavras (11 Páginas)  •  931 Visualizações

Página 1 de 11

PRINCIPAIS AUTORES DO FUNDAMENTALISTAS DO PENSAMENTO POLÍTICO

NICOLAU MAQUIAVEL (1469-1527)

Contextualização Histórica

Maquiavel viveu no séc. XVI, neste período a Europa vivia grandes transforamções políticas, culturais, econômicas e religiosas. No que diz respeito à política, foi o período da centralização do poder político e a formação dos primeiros Estados. Em relação à economia, foi o declínio do feudalismo que, consequentimente, nasce burguesia e o capitalismo (modo de produção) e ainda a expansão marítima européia. No que concerne à religião, ganha força – ideias de Lutero e Calvino – a quebra da unidade cristã, conhecida como Reforma protestante, este movimento criticou o clero católico, e propõe uma nova ótica da religião e interpretação bíblica. No âmbito cultural, a Europa passava pelo Renascimento – o período renascentista vê o homem como o centro do universo (antropocentrismo).

Sobre a vida de Maquiavel

Maquiavel nasce e viveu em Florença (Itália) em 1469, cresceu em um período político conturbado, de instabilide e crises, de constantes confrontos entre os diversos Estados que disputava o poder. Marcada por uma forte tensão social, dividida em dois grupos conflitantes; de um lado, o povo, que desejavam não serem oprimidos pelos grandes, e os grandes, que, inversamente, desejava oprimir e dominar o povo. A politica de Maquiavel é marcada por constantes lutas de poder.

Maquiavel morreu em 1527 ao 58 anos. Maquiavel ingressou ainda jovem na vida pública, ocupou diversos cargos públicos, desempenhou funções diplomáticas, como o cargo de chanceler na República Florentina. A política não favorável à Maquiavel, em 1512, quando os Médicis retornaram ao poder do Estado, Maquiavel foi demitido, preso, torturado sob acusação de conspiração política – anti-Médici – e, sendo, banido da vida pública. E nesse período de inatividade escreveu sua principal obra “O Príncipe (1513)”.

Sobre a Obra “O Príncipe”

O príncipe é visto como um manual sobre a “arte de governar”. A obra é objetiva e realista. Nesta obra o Estado e o poder é o pilar central de todo estudo e atenção. Segundo Maquiavel (1513), o Estado deve ser estável, forte, capaz de impor ordem. Maquiavel observa a realidade e dá ênfase a “verdade efetiva das coisas”, uma vez que, examina a realidade com ela é e como gostaria que fosse. Para ele a política deve ser baseada no mundo real, na experiência e no contidiano.

Maquiavel (1513), defende a não participação divina na política ao afirmar que a igreja é corrompida uma vez que toda religião está sujeita à geração, à corrupção. Maquiavel sustenta está afirmação ao dizer que os Estados dominados pela igreja está culminado à ruína, à decadência. Na sua concepção, Maquiavel, inaugura uma nova ética: laica, na prática, em que o poder político é dissociado da ética cristã, ao defender que tudo é válido constando que o objetivo seja de se conquistar e se manter no poder, apoiado no povo.

Pensamento Político

Maquiavel é considerado um dos fundadores do pensamento político. Para Maquiavel (1513), a política é governada por leis e os governantes precisam adotar padrões morais diferentes dos indivíduos para presevação do Estado. Maquiavel considera lícito tudo o que favorece o governo e todos os meios de luta para defender, proteger e salvar o Estado. O Estado tem como objetivo seu crescimento e engrandecimento, o governante pode (e deve) infringir preceitos morais para permanecer no poder. A política tem moral própria, pois o que determina se um atitude é ética ou não é a sua finalidade (talvez daí vem a expressão que o fins justificam os meios).

“O governante só é bom se ele parece bom para seus súditos.”

Segundo Maquiavel (1513), todo Estado é, fundamentalmente, constituído por uma correlação de forças que se estabelece entre o desejo de domínio e opressão, por parte dos grandes, e do desejo de liberdade, por parte do povo. Na política como realidade, Maquiavel diz que para cada situação há uma política adequada explica que é aquela que se concilia com a sociedade, pois a ação do príncipe deve sempre ser fomendada pela realidade dos fatos.

Maquiavel (1513), também separa a moral individual da moral político; cabe ao Estado agir de acordo com as circunstâncias e não a partir de preceitos morais individuais. Para isso, a ação política é sempre o bem coletivo e jamais os interesses particulares. Para Maquiavel, um príncipe não deve medir esforços nem hesitar, mesmo que diante da crueldade, trapaça se estiver em jogo o bem do povo. O princípio moral da ação se justifica, o bem coletivo. São ações virtuosas toda ação que beneficiam a coletividade.

Maquiavel (1513), difere Virtude, que é a capacidade de agir no plano político conforme as circunstâncias, a fim de manter o poder, e a Fortuna, que é aquilo que não pode ser alterado, inabalável sem sofrer qualquer influência. Os homens de virtù são aqueles que sabem agir diante da situação a qual está exposto e imprimir sua vontade no curso da coisas, ou seja, é agir ora com humanidade ou bondade, ora com crueldade ou maldade conforme a ocasião e necessidade. Maquiavel (1513), reinventa a política com resultado das ações concretas dos homens em sociedade e não algo como dado, de ordem natural e eterna.

Virtú e Fortuna

Esses dois conceitos inauguram um novo momento da filosofia política, pois antes que se abordava o tema a partir de análises religiosas ou morais.

Fortuna diz respeito às circunstâncias, ao tempo presente e as necessidades do mesmo, a sorte da pessoa. É a ordem das coisas em todas as dimensões da realidade que influenciam a política, é externa ao homem e desafia suas capacidades.

Virtú é justamente a capacidade do indivíduo (político) de controle das ocasiões e acontecimentos, ou seja, da fortuna.

Para Maquiavel (1513), nenhuma conquista se faz sem uso da violência; a violência aqui defendida é a violência política, justificada tão somente em função do bem comum que tenha por finalidade manter o Estado e o bem da coletividade.

O poder do príncipe

Assim, diz Maquiavel, é preciso que, para manter-se no poder, um príncipe aprenda a ser mau, e que da maldade se sirva ou não de acordo com a necessidade. O poder se estabelece como legítimo quando os súditos, por meio da persuação

...

Baixar como (para membros premium)  txt (16.4 Kb)  
Continuar por mais 10 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com