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Plano de Aula - Educação para relações etnico raciais

Por:   •  28/10/2019  •  Artigo  •  1.603 Palavras (7 Páginas)  •  413 Visualizações

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Escola Estadual Maciel Monteiro

Série: 1º Ano

Data: 13/02/2019

Tempo: 4 aulas (50 min cada)

Plano de Aula

Objetivo: apontar como o racismo estrutura das relações sociais, econômicas, políticas, culturais no Brasil.

Objetivos específicos:

Estabelecer relações entre o contexto da escravização e contemporâneo brasileiro;

Reconhecer o mito da democracia racial;

Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca da realidade nos negros no Brasil.

Metodologia: Recordar, a partir de elementos postos pelos discentes, o período da escravidão no Brasil, ressaltando elementos do cotidiano dos negros; ( Previsão: 30m)

Explicar o conceito de democracia racial; ( Previsão: 20m)

Apresentar músicas (de diferentes estilos), fotografias, trechos de livros, jornais e fotografias que retratem a realidade do negro no Brasil, a fim da interpretação dos discentes em grupos; ( Previsão: 40m)

Questionar a validade democracia racial e construir o conceito de racismo, e como os discentes o reconhece nos arquivos apresentados; (Previsão: 30m)

Debater como eles se vêm nesta relação, se já passaram/viram outros sujeitos passar por tal discriminação (apresentar o racismo como crime e como denunciar) (Previsão: 30m)

Os discentes devem representar de diferentes formas (teatro, parodia, música, dança) aspectos sobre a realidade dos negros. (Previsão: 60m)

Recursos: datashow, smartphone, som, internet, cartolinas, caneta hidrocor

Avaliação: representação da realidade da população negra no Brasil a partir dos critérios: criatividade, criticidade, elementos históricos apresentados.

Referências: Albuquerque, Wlamyra Ribeiro de. Uma história do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais; Brasília, 2006. 320p

Pereira, Olga Maria Lima. Dor da Cor: reflexões sobre o papel do negro no Brasil. Cadernos Imbondeiro. João Pessoa, v.2, n.1, 2012.

https://www.geledes.org.br/historia-da-escravidao-negra-brasil/ acesso em 08 de abril de 2019

Universidade Federal da Paraíba

Departamento de Geociência

Educação das Relações Étnico-raciais

Histórias Cruzadas – Selma – Besouro

O filme História Cruzadas apresenta as trajetórias das empregadas negras nos Estados Unidos na década de 1960, baseado no livro “A resposta” (The help) de Kathryn Stockett, durante o processo de luta pelos direitos civis. Mostra o projeto secreto de escrita entre três mulheres racialmente diferenciadas, mas rompem com as normas sociais vigentes. As personagens principais são duas empregadas negras, de baixa renda e moradoras de subúrbios, e uma escritora branca, bem alocada socialmente no contexto racial e de classe que tem como objetivo se qualificar rumo a profissão de escritora. Ao longo do filme, várias discriminações são evidenciadas, as normativas sociais determinavam as falas, o uso de serviços públicos e ocupação de espaços em relação a população negra estadunidense, e no que tange as trabalhadoras domésticas, além de enfrentar preconceitos no espaço público, elas se deparavam com as práticas violentas no espaço privado de trabalho, onde eram visualizadas como inferiores e ignorantes.

Não deterei a contar o filme, mas refletir sobre elementos por ele exposto para pensar as relações étnico-raciais.

A origem da profissão do(a) trabalhador(a) doméstico é sustentado pela desigualdade e pela dinâmica social estabelecida após a abolição da escravatura. Em suma, o perfil predominante feminino, afrodescendente e de baixa escolaridade explica esta estreita ligação. No filme, um das personagens fala “eu sou empregada doméstica, minha mãe foi empregada doméstica, minha avó foi escrava doméstica”, respalda este argumento já comprovado cientificamente. Estes profissionais não são vistos como pessoas, mas como propriedade, reflexo da mentalidade escravocrata, bem evidenciada nas práticas violentas, a subordinação, e na ideia de separação do uso do banheiro para brancos e negros (no caso a trabalhadora doméstica), para o último grupo, um local fora do lar como um escravo/coisa ou animal, ele protege a casa, esta serve nela e de certa forma habitando nela, mas não nunca será integrado ou visto como pertencente do lar.

Outros elementos são abordados de forma secundária como a pressão pelo casamento das mulheres brancas, a vivência LGBT como ideias anti-naturais e fora do padrão, elementos que nos leva a pensar no que conseguimos avançar como sociedade e no que ainda estamos estagnados em noções arcaicas. O projeto literário que visava denunciar e expor as vivências das mulheres negras trabalhadoras domésticas do filme, pode ser comparado com a hastag EU EMPREGADA DOMÉSTICA na rede facebook entre início e fim dos anos de 2016-2017, respectivamente, no Brasil, a qual apresentava apontamentos e relatos mostrando histórias e situações que caracterizam a desigualdade e o desdém desta classe profissional. Em 1960, eram proibidos elementos que pudessem de certa forma direcionar a igualdade racial no Estado Unidos estando os sujeitos envolvidos vulnerável a prisão, aqui no Brasil não foi disposto incisivamente Leis que faziam esta separação racial, talvez um dos grandes problemas, pois criou o mito da democracia racial, o que implica nas denúncias das populações não-brancas no país, a preocupação em como visibilizar as violações e como não ser invisibilizado ou silenciado frente aos mecanismos de poder, no período do meio técnico científico informacional, outras estratégias de visibilização e divulgação de pautas e bandeiras políticas emergem como a rede mundial de computadores como instrumento de denúncia.

Selma:

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