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Políticas Sociais E Ambientais

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Por:   •  7/10/2014  •  1.422 Palavras (6 Páginas)  •  536 Visualizações

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As três formas da alienação social

Podemos falar em três formas de alienação que existe nas sociedades modernas.

1. A social, na qual os humanos não se reconhecem como produtores das instituições, aceitam passivamente tudo o que existe, por entender ser natural, ou se rebelam individualmente, julgando que, por sua própria vontade e inteligência, podem mais do que a realidade que os condiciona.

2. A alienação econômica, os produtores não se reconhecem como produtores, nem se reconhecem nos objetos produzidos por seu trabalho.

Primeiro, os trabalhadores, como classe social, vendem sua força de trabalho aos donos das terras, das indústrias, do comércio, dos bancos, das escolas ou de ônibus, etc. Os trabalhadores são mercadorias, vendendo sua força de trabalho e sendo remunerado por isso, (salário).

Segundo, os trabalhos produzem alimentos, objetos de consumo, instrumentos para a produção de outros trabalhos, condições para a realização de outros trabalhos. A mercadoria- trabalhador produz mercadorias.

O trabalhador olha os preços e sabe que pouco irá adquirir do que ali está exposto no comércio, e não lhe passa pela cabeça que foi ele, quem produziu tudo aquilo com seu trabalho e que não pode ter os produtos porque o preço deles é muito mais alto do que o seu salário.

Apesar disso, o trabalhador pode, cheio de orgulho, mostrar aos outros as coisas que ele fabrica, aceitando não possuí-las, como se isso fosse muito justo. As mercadorias deixam de ser percebidas como produtos do trabalho e passam a ser vistas como a propaganda as mostra e oferece.

Na primeira forma de alienação econômica, o trabalhador está separado de seu trabalho. Na segunda forma da alienação econômica, as mercadorias não permitem que o trabalhador se reconheça nelas. Estão separadas dele, podem mais do que ele. As mercadorias são igualmente um outro, que não o trabalhador.

3. A alienação intelectual, resultante da separação social entre trabalho material e trabalho intelectual. A divisão entre as duas modalidades de trabalho nos faz crer que o trabalho material exige apenas habilidades manuais, enquanto o trabalho intelectual é responsável exclusivamente pelos conhecimentos. Vivendo numa sociedade alienada, os intelectuais também se alienam.

Esquecem ou ignoram que suas idéias estão ligadas às opiniões e pontos de vista da classe a que pertencem, isto é, a classe dominante, e imaginam, ao contrário, que são idéias universais, válidas para todos, em todos os tempos e lugares.

Os meios de comunicação

Dos meios de comunicação, o rádio e a televisão manifestam mais do que todos os outros essas características da indústria cultural.

Começam introduzindo duas divisões: a dos públicos e a da programação que se organiza em horários específicos que combinam a “classe”, a ocupação – donas-de-casa, trabalhadores manuais, profissionais liberais, executivos -, a idade – crianças, adolescentes, adultos – e o sexo.

Essa divisão é feita para atender às exigências dos patrocinadores, que financiam os programas em vista dos consumidores potenciais de seus produtos e, criam um conteúdo específico para o horário de cada programa. A forma e o horário do programa já trazem em seu próprio interior a marca do patrocinador.

Muitas vezes, o patrocinador que financia um programa não está vendendo um produto, mas a imagem de sua empresa.

A figura do patrocinador determina o conteúdo e a forma de outros programas, ainda que não patrocinados por ele. Por exemplo, um banco de um governo estadual pode patrocinar um programa de auditório.

Porque a quantidade de dinheiro paga pelo banco à rádio ou à televisão para o programa de auditório é muito elevada e interessa aos proprietários daquela rádio ou televisão. Se o noticiário apresentar notícias desfavoráveis ao governo do Estado ao qual pertence o banco, este pode suspender o patrocínio do programa de auditório. Para não perder o cliente, a emissora de rádio ou de televisão não divulga notícias desfavoráveis àquele governo e, pior, divulga apenas as que lhe são favoráveis.

A desinformação, é o principal resultado da maioria dos noticiários de rádio e televisão. De modo geral, são apresentadas de maneira a impedir que o ouvinte e o espectador possam localizá- la no espaço e no tempo.

O espaço real é o aparelho de rádio e a tela da televisão, que tem seus atributos de retirar as diferenças e distâncias geográficas, de tal modo que algo acontecido na China, na Índia, nos Estados Unidos ou em Campina Grande pareça igualmente próximo e igualmente distante.

Falta de localização temporal: os acontecimentos são relatados como se não tivessem causas passadas nem efeitos futuros; existem enquanto forem objetos de transmissão e deixam de existir se não forem transmitidos.

Contrariamente, rádio e televisão podem oferecer-nos o mundo inteiro num instante, mas o fazem de tal maneira que o mundo real desaparece, restando apenas retalhos de uma realidade. Nada sabemos, depois de termos tido a ilusão de que fomos informados sobre tudo.

Acabamos de mencionar o modo como o noticiário nos apresenta um mundo irreal, sem História, sem causas nem conseqüências e descontínuo. Por outro lado, as novelas criam o sentimento de realidade. Elas o fazem usando três procedimentos principais:

1. o tempo dos acontecimentos novelísticos é lento para dar a ilusão de que, a cada capítulo, passou-se apenas um dia de nossa vida, ou passaram-se

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