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RESENHA CRÍTICA - CORAÇÃO DAS TREVAS: UMA LEITURA ATRAVÉS DO TESTEMUNHO

Por:   •  12/12/2017  •  Resenha  •  1.064 Palavras (5 Páginas)  •  713 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

CORAÇÃO DAS TREVAS: UMA LEITURA ATRAVÉS DO TESTEMUNHO

O livro “Heart of Darkness”, traduzido no Brasil como O coração das Trevas, escrito pelo britânico Joseph Conrad e lançado em 1902, proporciona uma viagem através das aventuras um marinheiro de água doce, Marlow, rumo ao coração das trevas. Joseph presenciou durante uma viagem de quatro meses ao longo do rio do Congo diversas atrocidades cometidas pelos colonizadores, as quais levaram à morte de cerca de cinco milhões de pessoas e baseando-se nessa história fatídica escreve seu livro.

A história inicia-se com quatro homens a bordo de um pequeno barco de passeio chamado Nellie, encalhados no Tâmisa, contemplando uma bela visão, divagando sobre os mistérios do mar e a espera da próxima maré cheia. Marlow possuía uma imensa propensão a contar as mais diversas histórias, portanto, diante deste cenário, ele relembra uma aventura vivenciada quando ainda era marinheiro de água doce. Acentuando que a história a ser contada, diferente das contadas por outros marinheiros que eram simples e diretas, não possuía seu sentido implícito no interior, mas envolvendo o externo, a história como um todo.

O personagem principal e narrador desta história era apaixonado por mapas desde pequeno e apontava os locais vazios na esperança de um dia visitá-los. Com o passar do tempo, esses lugares foram sendo preenchidos, menos um, um local repleto de encantos e demasiados mistérios, que deixou de ser um local de sonhos para ser um lócus das trevas, como o próprio autor coloca:

Contudo, havia um – o maior de todos, o mais vazio – que me atraía profundamente (...) havia nele um rio, em particular, um rio imenso e caudaloso, que podia ser visto no mapa e lembrava uma cobra monumental, com a cabeça enfiada no mar, o corpo se estendendo em curva sobre uma vasta região e a cauda se perdendo nas profundezas da selva. (Conrad, 1984, p. 14).

Ao relembrar esse local, veio a sua mente que existia uma companhia que possuía negócios ao longo deste rio e requerendo aos seus contatos por uma mediação conseguiu um posto de Capitão de um vapor fluvial. Logo Marlow é encarregado de encontrar o Capitão do posto, Kurtz, o qual tinha ideias progressistas para capitalizar os selvagens e estava em um dos postos mais distantes e de difícil acesso no rio que Marlow tanto admirava, aquele que lembrava uma cobra monumental, com a cabeça enfiada no mar.

Durante a saga de Marlow, sua primeira parada é no posto da companhia, onde o contador explica a extrema dificuldade de seguir viagem rio acima e chegar até o posto mais isolado, o do Capitão Kurtz. Em sua próxima parada, em outro posto, Marlow depara-se com um grupo de trabalhadores exaustos no denominado bosque da morte, não eram bandidos, mas estavam perdidos naquele local, alimentando-se de comidas exóticas e trabalhando até ficarem doentes. Neste local, o Rei “dono” daquela capitania obrigava as pessoas a carregarem grandes pesos a longas distâncias ou ainda eram submetidos a outros tipos de trabalhos forçados.

Ao atravessar diversas corredeiras num caminhar de muitos quilômetros, Marlow segue em busca do seu navio, mas depara-se com seu barco submerso e como o reparo levaria algum tempo, tem a oportunidade de vivenciar momentos naquele local e conhecer aquela disposição irreal. Durante toda esta parte do livro Marlow encontra-se numa apreensão e curiosidade para saber mais sobre o Capitão Kurtz, uma vez que havia boatos que ele havia mudado, contraído uma doença e tornado-se nativo. Perante isso, um colonizador fala acerca de Kurtz com extrema ironia.

No dia seguinte, Marlow continua seguindo acima no rio, seguindo em direção ao silêncio do coração das trevas, ao desconhecido. Diante da nova luz, a floresta, o rio e o silêncio, o capitão tem a impressão de que estão perdidos em um território pré-histórico surreal, passando pelos primórdios. Quando menos espera-se, movimentos de corpos, olhares e a questão implantada neste momento era a ideia que se tinha da relação distante entre aquela gente dita selvagem.

Porém, o mais selvagem estava bem próximo, Marlow podia senti-lo e na chegada ao posto foi obrigado a deparar-se com a realidade. Kurtz era a figura da lei daquele local, mesmo abatido pela doença e toda a Europa havia contribuído para sua confecção. Porém, ele perdeu o controle e comandava danças e ritos noturnos dedicados a ele, assim, o que houve com Kurtz foi que a floresta unido ao seu modo de vida o destruíram, ou melhor, ele foi destruído pela sua maldade.

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