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RESUMO DO LIVRO ETICA PROTESTANTE E O ESPIRITO DO CAPITALISMO

Por:   •  20/11/2018  •  Resenha  •  4.636 Palavras (19 Páginas)  •  634 Visualizações

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RESUMO DO LIVRO ETICA PROTESTANTE E O ESPIRITO DO CAPITALISMO

Introdução do autor

Conhecimentos  de grande finura existiram em toda parte do mundo , como a medicina, musica, artes, erudição histórica  arquitetura  entre outros. Entretanto surgem a indagação do porque apenas na civilização ocidental tenha aparecido uma linha de desenvolvimento dos  fenômenos culturais de valor universal significativo, na qual a busca sistematizada e especializada da ciência influenciou diretamente a cultura atual.

Ocidente desenvolveu o capitalismo tanto em sua dimensão quantitativa, como em tipos, formas e direções que nunca existiram antes em parte alguma. Este pode ser identificado como a busca do lucro, do lucro sempre renovado por meio da empresa permanente, capitalista e racional. Pois assim deve ser: numa ordem completamente capitalista da sociedade, uma empresa individual que não tirasse vantagem das oportunidades de obter lucros estaria condenada à extinção.

Todas as peculiaridades do capitalismo ocidental derivaram seu significado, em última análise, apenas de sua associação com a organização capitalista do trabalho. De fato, sem a organização capitalista do trabalho, tudo isso, até onde fosse possível, não teria o mesmo significado, quanto à estrutura social e todos, os problemas específicos ocidentais da atualidade que daquela derivam.

Contudo, toda tentativa de explicação deve reconhecer a importância fundamental do fator econômico, tomar em consideração, acima de tudo as condições econômicas. Mas a não se deve deixar de considerar a correlação oposta. E isso porque o desenvolvimento do racionalismo econômico é parcialmente dependente da técnica e do direito racionais, mas é ao mesmo tempo determinado pela habilidade e disposição do homem em adotar certos tipos de conduta racional prática. Quando tais tipos de conduta têm sido obstruídos por obstáculos espirituais, o desenvolvimento da conduta econômica racional encontrou também séria resistência interna. As forças mágicas e religiosas e as

idéias éticas de dever nelas baseadas têm estado sempre, no passado, entre as mais

importantes influências formativas da conduta. Nos estudos aqui coletados, ocuparemos nos de tais forças.

Filiação religiosa e estratificação social

......

Os protestantes conservam  em certa medida até hoje, as características das igrejas

calvinistas de todos os países, especialmente as sob a cruz do tempo das guerras religiosas.

Assim, tais características foram sabidamente um dos mais importantes fatores de

desenvolvimento do capitalismo e da indústria na França. Se pudermos chamar essa seriedade e predominância de interesses religiosos na conduta geral da vida e da matéria, então os calvinista foram e ainda são tão desapegados do mundo quanto os

católicos, para os quais sua fé é tão vital como para poucos povos no mundo

Ambos diferem de modo semelhante da tendência religiosa predominante em seus

respectivos países. Os católicos em seus escalões inferiores, grandemente

interessados nos prazeres da vida e, nas camadas superiores, francamente hostis à religião. Os protestantes são absorvidos pelas atividades

econômicas diuturnas e, nas suas camadas superiores, são indiferentes à religião.

 Para começar com uma observação superficial, é o grande número de representantes das formas mais espirituais da fé cristã que se originaram nos círculos comercias. O Pietismo, em particular, tem grande número de seus seguidores mais zelosos com essas origens. Isso pode ser explicado como uma espécie de reação contra a cobiça por parte das naturezas sensíveis não adaptadas à vida comercial e, como no caso de Francisco de Assis, muitos pietistas interpretaram sua conversão desse modo.

É desnecessário acumular mais exemplos nesta discussão introdutória; esses deixam claro um ponto: que o espírito de intenso trabalho, de progresso, ou como

se queira chamá- lo e cujo despertar se esteja propenso a atribuir ao Protestantismo, não deve ser entendido, como é a tendência, como uma alegria de viver ou por qualquer outro sentido ligado ao Iluminismo. O velho Protestantismo de Lutero, Calvino, Knox e Voet tinha bem pouco a ver com o que é hoje chamado de progresso

              II O espírito do capitalismo

No título deste estudo usamos a frase, o espírito do capitalismo. O que se entende por isso? Se puder ser encontrado algo a que se possa aplicar esse termo, com algum significado compreensível, só poderá ser uma individualidade histórica, um complexo de elementos associados na realidade histórica que nós aglutinamos em um todo conceitual, do ponto de vista de seu significado cultural. Como resultado, não é necessário compreender como espírito do capitalismo somente

aquilo que viria a significar para nós, para os propósitos da nossa análise.

“Por seis libras anuais poderás desfrutar do uso de cem libras, desde que sejas um homem

de reconhecida prudência e honestidade.”   “Aquele que gasta um groat por dia inutilmente, desperdiça mais de seis libras por ano, que

seria o preço do uso de cem libras.” “Aquele que desperdiça o valor de um groat de seu tempo por dia, um dia após o outro, desperdiça o privilégio de usar cem libras a cada dia.”

 

É Benjamin Franklin que nos admoesta com tais sentenças. Não há o que duvidar de que é o espírito do capitalismo que aqui se expressa de modo característico, conquanto estejamos longe de afirmar que tudo o que possamos entender como pertencente a ele esteja contido nisso.

Consideremos esta passagem, cuja filosofia resumida por Kümber

nestas palavras:“ Eles tiram sebo do gado e dinheiro dos homens ”. A peculiaridade dessa filosofia de avareza parece ser o ideal dos homens honestos, de crédito reconhecido, e acima de tudo a idéia de dever que o indivíduo tem no sentido de aumentar o próprio capital, assumido como um fim a si mesmo. De fato, o que nos é aqui pregado não é apenas um meio de fazer a própria vida, mas uma ética peculiar. A infração de suas regras não é

tratada como uma tolice, mas como um esquecimento do dever. Essa é a essência do

...

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