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Max Weber: A Etica Protestante E O Espirito Do Capitalismo.

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Por:   •  16/9/2014  •  1.153 Palavras (5 Páginas)  •  1.522 Visualizações

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Max Weber ( 1864-1920), é um dos mais importantes pensadores do século XX, como sociólogo, foi professor de economia nas universidades de Freiburg e Heidelberg. Participou da comissaõ que redigiu a Constituição da República de Weimar. Foi durante muito tempo diretor da revista Arquivo de Ciências Sociais e Política Social e colaborador do jornal de Frankfut.

Desenvolveu estudo comparado da história, da economia e da história das doutrinas religiosas, sendo por isso considerado o fundador da disciplina: sociologia da religião.

Deu inúmeras contribuições à sociologia, formulando conceitos e desenvolvendo tipologias. Entre suas contribuições mais importantes encontram-se os estudos sobre a burocracia, sobre os sistemas de estratificação social e sobre a questão da autoridade; o desenvolvimento de uma rica metodologia para estudos da sociedade e de um instrumento de análise dos acontecimentos ou situações concretas que exigia conceitos precisos e claramente definidos, a que chamou “tipo ideal”- contribuição esta muito importante nesse campo. São famosas suas teses a respeito das relações do capitalismo com o protestantismo.

Suas obras principais são: A ética protestante e o espírito do capitalismo (1905) e Economia e sociedade ( publicação póstuma de 1922).(DIAS,2010).

A ética protestante, surgida no contexto da Reforma como crítica do Catolicismo, propunha uma forma de religiosidade diferente, mais espiritualizada. O ponto principal de divergência entre a ética protestante e a católica está em sua concepção de salvação: ao contrário das doutrinas católicas, o protestantismo não considera que as boas ações do sujeito possam influir em sua salvação. Ao contrário, esta salvação está garantida ou não por Deus, independentemente do comportamento do sujeito.

O sujeito não tem como garantir sua salvação, mesmo que aja moralmente e que pratique o bem. Se este sujeito possui esse comportamente irreprovável, o protestantismo considera que ele deve ser um escolhido, mas não pode, de modo algum, garantir isso. Os desígnios divinos estão absolutamente fora do alcance de qualquer ser humano. Entre Deus e os homens, não há qualquer mediação - mesmo a Igreja não possui qualquer contato especial com Ele. Daí porque também, no protestantismo, toda vida religiosa que antes era coletiva (na Idade Média católica) torna-se essencialmente individual.

Nesse sentido, o protestantismo: separa radicalmente o homem de Deus, já que os desígnios dele não podem ser conhecidos pela limitada mente humana; desenvolve a teoria da Predestinação (já que não podemos agir moralmente e assim garantir a salvação, só podemos imaginar que alguns são predestinados à salvação, embora não possamos nos certificar de quais são os escolhidos); como substituto à idéia católica das boas ações que garantem a salvação, cria-se a idéia de que o sucesso na vida mundana é um sinal de que se é predestinado. Com isso, o protestantismo cria uma ética inteiramente nova: a ética do trabalho.

Se Deus quer a Glória, se todo o Universo é criado para a Glória de Deus, e se os homens são escolhidos ou não nesse Universo por Deus, sem que nós possamos garantir nenhuma salvação, então apenas podemos nos contentar (e procurar nos tranquilizar) com a idéia de que, se somos prósperos, se engrandecemos a glória divina, então devemos ter sido escolhidos. Daí porque a riqueza é o sinal de nossa salvação, e consequentemente, a ética é a da produção da glória divina, a produção da prosperidade, da riqueza. No entanto, esta riqueza deve ser produzida para a Glória de Deus e não para a glória humana mundana.

O sinal da salvação é dado pela prosperidade do homem que acumula, e não pelo homem que gasta - pois este último não trabalha pela glória de Deus, portanto não deve ser um escolhido.A ética protestante, como ética do trabalho feito para a acumulação (e não para os gastos, as despesas, o consumo da riqueza) é o fator cultural determinante para o desenvolvimento do capitalismo, segundo Weber. Assim, contrapondo-se à interpretação marxista clássica, Weber propõe uma inversão no materialismo - propõe que um valor ético foi capaz de criar as condições para um desenvolvimento econômico - e torna-se, desse modo, um outro clássico fundamental na literatura sociológica.

Para Weber, o espírito do capitalismo se desenvolveu a partir de dois aspectos: primeiro, era necessário homens de negócio e grandes capitalitas; em segundo, operários qualificados e de alto nível, e pessoal especializado (tecnologicamente e comercialmente). Esses componentes sociais coincidem no fato de serem majoritariamente protestantes.

O protestantismo, principalmente o calvinismo, foi a força espiritual, o fator cultural que impulsionou o espírito capitalista no Ocidente. A doutrina Calvinista fundou uma moral individual e econômica favorável ao capitalismo e foi esta teologia que segundo Weber, deu ao capitalismo ocidental força e originalidade.Dessa forma a ética protestante calvinista incentivava os seus fiéis a terem uma vida de trabalho que os fazia enriquecer. Não acreditavam em pensamentos mágicos e pregavam o auto domínio e valorizavamo conhecimento que impulsionou a organização racional da vida, do trabalho e das atividades econômicas.

Referências : DIAS, Reinaldo.-2ª ed.-Saõ Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010

WEBER, Max. A ética protestante e o espiríto do capitalismo

Questões:

1. Diferencie a ética protestante da ética católica

R: A Ética protestante e o “espírito” do capitalismo é uma das obras fundadoras da sociologia moderna, e o trabalho mais conhecido de Max Weber (1864-1920). Weber cria um “tipo ideal” de capitalismo, assim como cria “tipos ideais” de indivíduo, sociedade, etc. Este clássico da literatura sociológica é a tentativa de uma resposta à pergunta de Weber do por quê os protestantes eram mais hábeis no comércio que os católicos. Ao explicar que o capitalismo é um produto religioso, ele faz uma importante historização das religiões protestantes, explicando como estas se originaram, seus dogmas, e sua contribuição para o capitalismo.

A ética é um livro que abrange vários campos científicos: teológico, educacional, econômico, sociológico, moral e político.

2. Explique o principal ponto de divergência entre a ética protestante e a ética católica R: O ponto principal de divergência entre a ética protestante e a católica está em sua concepção de salvação.

3. Qual é a característica da ética protestante do trabalho?

R: um conceito utilizado na Teologia, Sociologia, Economia e História, atribuído ao trabalho do alemão Max Weber. Se baseia na noção da ênfase calvinista na necessidade de trabalhar arduamente, como parte da atratividade e sucesso pessoal resultando em um sinal de salvação do indivíduo. Este conceito baseia-se que a partir de Lutero os protestantes haviam reconceituado universalmente o trabalho diligente como sinal de graça. Ainda que o Catolicismo ensinasse que as boas obras são necessárias para a salvação (entendida como um acontecimento futuro).

4. Como a ética protestante deu força ao capitalismo ocidental na visão de Weber?

R: A ética protestante e o espírito do capitalismo por Max Weber se deu no contexto de um conjunto de reflexões e trabalhos onde o autor investigou vários tipos de crenças religiosas, além do protestantismo, como o hinduismo, o judaísmo e o confucionismo. Nestas análises, Weber apresenta uma tipologia de como as diferentes religiões orientam as pessoas no seu cotidiano, em geral, e em particular, nas práticas econômicas.

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