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RETRATOS DAS DESIGUALDADES BRASILEIRAS

Por:   •  18/9/2018  •  Seminário  •  1.291 Palavras (6 Páginas)  •  140 Visualizações

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1. População

A composição populacional do Brasil é marcada por inúmeras diferenças ao decorrer da história, as quais alteram a conformidade da sociedade. Através da comparação dos dados de “Retratos da Desigualdade: Gênero e Raça” com os dados de 2015 do IPEA buscaremos explicitar a notável mudança populacional na sociedade brasileira entre os anos de 2009 e 2015.

Esse bloco é o único que separa o contingente da população negra, garantindo-se um maior destaque em relação à composição desse grupo, demarcando com nitidez as desigualdades demográficas.

No ano de 2015, a população brasileira atingiu a casa dos 204 milhões, tendo um crescimento de quase 6% em apenas 6 anos (em relação a 2009). Uma mudança marcante foi o aumento de 38% no número de pessoas com 60 anos ou mais. Em contraste, houve uma diminuição no número de jovens, um indicador de que nosso país está envelhecendo.

Na faixa etária dos idosos, ainda é possível analisar o crescimento diferenciado de homens brancos e pretos, tendo o primeiro grupo um aumento de 25%, e o segundo um aumento de 65% no mesmo período de tempo, evidenciando-se uma melhora geral na qualidade de vida do grupo preto.

Ainda focando nesses grupos raciais, percebe-se uma tendência peculiar na composição racial do país: enquanto a população branca, nesses 6 anos, diminuiu 3,1%, a população negra (pretos e pardos) apresentou um aumento de 3,1%. No ano de 2015, 46% das mulheres eram brancas e 52% eram pretas ou pardas. Na população masculina, 44% dos homens eram brancos e 55% pretos ou pardos. Esse aumento da população negra pode ser evidenciado pela maior auto-identificação nesses grupos, decorrente de pensamentos não racistas e de autoaceitação do povo negro que vêm surgindo nos últimos anos, visto que o critério de cor/raça é definido subjetivamente.

Em relação ao gênero, as mulheres representam 51,5% da população brasileira, enquanto os homens representam 48,5%. Pode-se perceber, entretanto, uma diferença notável em relação a quanto mais a idade é avançada, havendo assim muito mais mulheres acima dos 40 anos do que homens. Esse fenômeno pode ser explicado pelo fato das mulheres, estatisticamente, recorrerem à medicina com maior frequência do que os homens, o que lhes garante uma maior expectativa de vida.

O crescimento do número de mulheres na faixa de idade acima dos 60 anos é muito grande: para as mulheres brancas, há um aumento de quase 5% desse grupo em relação a todas as mulheres brancas; para as mulheres negras, em relação a todo o grupo, houve um aumento de 3,4% nessa faixa etária.

A partir da comparação desses dados, podemos perceber que a sociedade brasileira está em constante mudança, apresentando cada vez mais números que evidenciam uma forte miscigenação e uma maior aceitação social de relacionamentos interraciais. Esses números também evidenciam que a saúde pública do nosso país aos poucos está melhorando e que a taxa de natalidade está diminuindo, visto que a porcentagem de jovens tem caído e a de idosos vem aumentando cada vez mais.

2. Chefia de família

Para elaboração do relatório chefia de família fizemos a análise das tabelas comparando os dados de 2009 e 2015; para isso realizamos cálculos usando regra de três e porcentagem. Assim, obtivemos os seguintes dados:

Analisamos os dados sobre o bloco temático “Chefia de Família” no Brasil que apresenta dados sobre famílias chefiadas por homens e mulheres, durante o período de 2009 a 2015, de acordo com as seguintes características: renda familiar per capita, localização dos domicílios - urbano ou rural - e os tipos de arranjo familiar, além das características do/a próprio/a chefe: idade, anos de estudo, condição de atividade e ocupação.

Ao longo dos últimos anos (2009-2015), a proporção de mulheres chefes de família aumentou de 35,1% (21,7 milhões) para 40,5% (28,6 milhões). Percebe-se que esse fenômeno ocorre com maior intensidade na área rural, que sofreu um aumento de 34,08 percentual - passando de 19,9% em 2009 para 25,3% - enquanto no meio urbano o aumento foi de 30,01 percentual - passando de 37,8% em 2009 para 43% em 2015.

Em relação ao arranjo familiar, em 2009, os casais com filhos em que a mulher era a chefe de família era de 19%; já em 2015 passou a ser de 23,5%. Em famílias monoparentais com a mulher exercendo a chefia o número diminuiu de 49,3% para 40,4%.

Relacionando a renda domiciliar per capita média com a cor/raça dos/as chefes de família, percebe-se que de 2009 para 2015 o salário aumentou em R$ 192,4 para brancos e R$ 142,5 para negros. Apesar de sofrerem um aumento parecido, a renda domiciliar de uma família negra, em 2015, é de R$896,7 e a de uma família branca é de R$1642,6.

Ao comparar a renda per capita,

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