Redação sobre a "uberização" do trabalho e a precarização trabalhista

A “uberização” do trabalho e a precarização trabalhista

Por: Ryckson Diego e Anderson Pedro

Caicó - RN

21/05/202

Lugar ao Sol

        O termo, “uberização”, surgiu na última década com a chegada dos aplicativos de entrega e corrida, proporcionando facilidade na geração de empregos na população. Contudo, o pensamento de liberdade por não haver patrão e poder trabalhar quando, onde e na hora que quiser, ilude a muitos, visto que a realidade é completamente diferente. Portanto, a análise do crescimento crítico da “uberização”, precarização do trabalho e as taxas de desemprego se torna de suma importância para se discutir essa problemática.

        Em primeira análise, é de sumo valor ressaltar a crescente taxa de desemprego no Brasil, uma das principais causas para o fenômeno da uberização ocorrer. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, aproximadamente 14 milhões de pessoas vivem desempregadas e outras 10 milhões, trabalham informalmente. Dessa forma, é perceptível a necessidade dessas famílias para sobreviver, assim muitos se apropriam do trabalho em aplicativos, como por exemplo a Uber ou a 99, para poderem ter o seu “pão de cada dia”. Além disso, a Constituição Federal de 1988, garante ao trabalhador, perante a CLT, dignidade igualitária a todos, sendo um direito fundamental e inalienável do cidadão. Porém, dados citados revela um exponencial crescimento na precarização laboral no Brasil, dando a entender pouca efetividade das metodologias de praxe do poder legislativo.

        Sob outro viés, a problemática se agrava ainda mais em relação a acumulação do capital em detrimento do bem-estar do trabalhador. Na visão de Karl Marx, pensador, economista e sociólogo alemão, o vetor da precariedade trabalhista é responsabilidade do capitalismo, referente à acumulação lucrativa. Pensa-se então, que os empresários preferem a informalidade trabalhista e a não carteira assinada, para assim, poderem ganhar mais com menos.

        Em suma, a análise crítica dos fatos expostos espelha a urgente necessidade de ações para combater a “uberização” e seus males gerados na sociedade. Logo, é de grande valor a competência do Governo Federal, em acordo com o Poder Legislativo, melhorar a eficiência das leis trabalhistas atuais, fiscalizando severamente as empresas que não as seguem como o estabelecido. Dessa forma, o Estado lidará de forma mais conveniente com o problema supracitado e o trabalhador terá seu “lugar ao sol”, tendo uma vida mais igualitária e harmônica com os demais trabalhadores.