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Resenha Critica do filme Meu nome é Jonas

Por:   •  22/4/2022  •  Trabalho acadêmico  •  726 Palavras (3 Páginas)  •  153 Visualizações

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NICOLE CÜNEGUNDES DE AGUIAR BRIEDIS GRR: 20214935

ATIVIDADE III – FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO DOS SURDOS

Com base nas duas obras audiovisuais, podemos apontar diversas semelhanças entre elas, sendo uma delas a reação dos pais ao descobrirem que o seu filho(a) é surdo. Analisando a sociedade como um todo, percebemos que

o preconceito está enraizado de inúmeras formas diferentes, sendo assim, a maneira com que os pais lidam com uma eventual ‘’diferença’’ aparente em seus filhos, diz mais sobre a sociedade em que eles foram criados, do que sobre os seus caráteres.

A sociedade não prepara o cidadão para lidar com uma pessoa surda, e isso não se deve somente pelo fato de que poucas pessoas sabem se comunicar através de línguas de sinais, mas sim pela falta de preparo para lidar com o emocional e com o processo de vida de uma pessoa surda.

No filme ‘’Meu nome é Jonas’’, vimos uma situação extrema em que os pais internaram seu filho por deduzirem uma possível doença mental no mesmo. Isso pode acarretar diversos fatores agravantes na vida social da criança, trazendo um sentimento de não pertencer a uma sociedade ouvinte. Quando analisamos o diálogo que ocorreu entre a mãe de Jonas e a diretora da escola em que ele estudava, notamos que quando a mãe de Jonas demonstra certo interesse em se adaptar a uma língua de sinais, a diretora prontamente a responde dizendo que não gostaria de perder um aluno para a ‘’surdez’’. Com isso, percebemos que, muitas vezes, a surdez é considerada uma doença e com cura.

Sabemos que existem alguns tratamentos para a surdez, tais como aparelhos auditivos etc., mas empregar tanta expectativa e cobrança à uma criança, é inviável para a vida dela em sociedade. Portanto, a noção de ‘’cura’’ deveria ser melhor abordada em todas as conversas com os pais que recebem a noticia de que seu filho é surdo, ou até mesmo para os outros indivíduos que participam do ciclo social da criança.

Já a partir do documentário ‘’Sou surda e não sabia’’, podemos destacar em como a obra relata o desenvolvimento da personagem principal (Sandrine Hermanse). Aos 9 anos, Sandrine foi matriculada em uma turma em que somente ela era uma criança surda. No filme, percebemos em como isso afetou a vida dela, pois, ao presenciar a aula, sempre se pegava observando os seus colegas falando, entendendo e socializando com as outras pessoas, enquanto para ela só restava imaginar e fantasiar com outras coisas, trazendo a ela uma sensação de invisibilidade.

Com isso, podemos correlacionar com a luta da comunidade surda por uma educação em que haja uma interação entre pessoas surdas, e não uma inclusão das pessoas surdas em um ambiente onde haja majoritariamente pessoas ouvintes. Isso se deve justamente ao cuidado em que se deve ter ao instigar a socialização das pessoas surdas. Em um ambiente onde haja apenas pessoas ouvintes, uma pessoa surda não conseguira se desenvolver de forma satisfatória, de modo que haja uma preocupação com as suas peculiaridades. Já em uma escola de surdos, todos possuem a mesma condição, sendo viável, desse modo, desenvolver cada individuo de maneira igualitária.

De modo geral, podemos destacar que as duas obras abordam de forma semelhante a imposição do método oralista nas escolas que recebem crianças surdas. Esse método se mostrou extremamente prejudicial aos surdos pois tem como objetivo desenvolver a oralidade, a leitura labial e o treino auditivo, provocando uma queda na aprendizagem deles.

Como já discutimos o método não satisfatório para o desenvolvimento comunicativo de pessoas surdas, podemos agora discutir o método mais eficaz. O bilinguismo é, atualmente, o método mais aceito e desenvolvido na comunicação de pessoas surdas. Isso se dá pelo fato de que é um método em que a língua de sinais e a língua oral andam lado a lado, se complementando. Além disso, esse método excluiu a oralização como meta, o que possibilita as pessoas surdas a desenvolverem apenas uma maneira de conviver em sociedade.

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