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Resenha: Microfísica Do Poder

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Por:   •  7/10/2014  •  482 Palavras (2 Páginas)  •  1.551 Visualizações

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Resenha: Microfísica do poder (Michel Foucault)

Curso: Relações internacionais

Acadêmica: Mery Karoline Barrozo Coral

As pessoas viam o poder como algo externo e que emanava do Estado, ninguém se preocupava como o poder exercia suas particularidades. O intelectual do séc. XIX e do início do séc. XX era visto pelo seu discurso, como intelectual “universal”, segundo Foucault, porque defendia aquilo que era justo por razão e por natureza. A partir da segunda grande guerra, é que o intelectual “específico” se desenvolve, e a partir desse momento ele não era mais perseguido pelos seus discursos gerais, e sim pelo saber que detinham. Cada sociedade tem seu “regime” de verdade e sua “política geral” de verdade, ou seja, o poder está relacionado as coerções que cada regime político, através de estatutos, vai determinar o que é verdade absoluta. Por “verdade”, Foucault entende como sendo um conjunto de procedimentos regulados para a produção, a lei, a repartição, a circulação e os funcionamento dos enunciados.

As análises de Foucault não consideram o poder como sendo real e concreto, por isso ele não o define por suas características universais. A origem está ligada a pureza da verdade, ao seu início. O poder não é algo unitário, ele está em constante transformação. O poder não possui conceitos universais, pois as práticas do poder são múltiplas. Foucault mostra que o elo que o poder tem com o Estado, se dá através do aparelho repressivo. Quando vinculado ao Estado, o poder tem a função de reger a sociedade.

Existe uma distinção entre micro e macro poder. Ele visa diferenciar as grandes transformações do sistema estatal das mecânicas de poder que se expande por toda a sociedade. Não existe um indivíduo que possua poder e outro que não o possua. O poder é algo interior que se encontra em cada indivíduo. Ele ressalta a importância da Revolução Francesa na aparência ou transformação dos poderes e dos saberes seja, a medicina, a psiquiatria ou ao sistema penal. O poder não é comandado por um poder central. A genealogia de Foucault não tenta criar um conceito ou uma teoria específica para o poder, ele tenta fazer uma análise fragmentada e particular das formas de poder vigentes na sociedade. Até o século XVIII, as visitas médicas hospitalares eram feitas de forma irregular, pois, os religiosos cediam o espaço para colocar somente a ordem religiosa e não como sendo um espaço para a cura das enfermidades, o doutor nada podia fazer para ajudar essas pessoas, eles também estavam sob a dependência dos religiosos, e podiam ser mandados embora caso descumprissem a ordem. Foucault também via a psiquiatria em uma certa época, como sendo um métodos de retirar o poder das pessoa, pois muitas vezes os doentes eram abandonados em um determinado local e ficavam sob a supervisão de médicos e enfermeiros, os quais podiam fazer o que bem entendessem com eles, sem qualquer chance de apelo.

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