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Resenha do livro: O que faz o brasil, Brasil?

Por:   •  12/6/2018  •  Resenha  •  925 Palavras (4 Páginas)  •  909 Visualizações

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DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil? A questão da identidade. In: O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1986. P. 7- 14.

Informações sobre o autor: graduado e licenciado em História pela Universidade Federal Fluminense (1959 e 1962), Roberto possui curso de especialização em antropologia social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1960) bem como mestrado (Master in Arts) e doutorado em 1969 e 1971 respectivamente pela Universidade Harvard. Foi chefe do departamento de Antropologia do Museu Nacional e o coordenador do seu programa de pós-graduação em Antropologia Social (de 1972 a 1976). É professor emérito da universidade norte-americana de Notre Dame, onde ocupou a cátedra Rev. Edmund Joyce, c.s.c., de Antropologia de 1987 a 2013. Atualmente, é professor titular do Departamento de Ciências Sociais da PUC-RJ. Algumas obras; Índios e castanheiros (com Roque de Barros Laraia) – 1967, Ensaios de antropologia cultural – 1975, Um mundo dividido: a estrutura social dos índios Apinayé - 1976 (em inglês, 1982), Carnavais, malandros e heróis – 1979 (em francês, 1983; em inglês, 1991), Universo do carnaval: imagens e reflexões – 1981, Relativizando: uma introdução à antropologia social, 1981.

Gênero do livro: científico/antropológico, indicado para todas as áreas do conhecimento, mas com ênfase para a área das ciências sociais.

O autor Roberto DaMatta inicia o primeiro capítulo do seu livro “O que faz o brasil, Brasil?” estabelecendo a diferenciação entre brasil com “b” minúsculo e Brasil com “B” maiúsculo. Em que, segundo o mesmo, Brasil designa um povo, uma nação, um conjunto de valores, escolhas e ideias de vida, enquanto que “brasil”  é o que o autor exemplifica como, um pedaço de coisa que morre e não tem a menor condição de se reproduzir como sistema; como queriam alguns teóricos do século XIX, que viam nesta terra um conjunto doentio e condenado de raças que, misturando-se ao sabor de uma natureza esplêndida e de um clima tropical, estariam fadadas à uma morte biológica, psicológica e social. O autor continua tratando dessa caracterização ao afirmar que o Brasil com “B” maiúsculo está em toda parte e sugere uma visão mais ampla desse Brasil. O mesmo diz não se tratar mais da visão exclusivamente oficial e bem-comportada dos manuais de história social, mas sim da leitura do Brasil que deseja ser maiúsculo por inteiro, o BRASIL do povo e das suas coisas. É nesse ponto que o autor destaca a problemática deste capítulo. No decorrer do capítulo, DAMATTA (1986) destaca a importância de se compreender a relação entre a problemática e a importância de se descobrir a relação entre os diversos “brasis”. O autor sobrepõe ainda que essa relação define um estilo, um modo de ser, um “jeito” de existir que, não estar baseado em coisas como comer, dormir, comportasse, trabalhar, que é somente brasileiro, mas sim, que esta relação trata, sempre, de uma questão de identidade. Sendo assim, Roberto DaMatta define o “brasileiro” como sendo amante do futebol, da música popular, do carnaval, da comida misturada, dos amigos e parentes, dos santos e orixás etc. afirmando que essa fórmula lhe foi fornecida pela própria sociedade brasileira. Concluindo o capítulo, DAMATTA (1986) revela a existência de dois modos básicos de construir a identidade brasileira em que num deles, o Brasil é definido por meio de critério objetivos, quantitativos e claros, onde somos sempre uma coletividade que deixa a desejar. Ou, por outro modo, no qual o Brasil é definido por meio de dados sensíveis e qualitativos, onde, segundo o mesmo, podemos nos vermos como algo que vale apena.

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