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Resenha Karl Marx - Um toque de clássicos

Por:   •  14/6/2015  •  Resenha  •  2.780 Palavras (12 Páginas)  •  3.078 Visualizações

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Karl Marx foi um grande pensador, crítico e analista do capitalismo. Por isso tinha e tem muitos seguidores de suas ideias. Ele acreditava que a razão era fonte para compreensão e construção de uma sociedade mais justa.

Dialética e Materialismo

O pensamento filosófico predominante na Europa até a modernidade acreditava que existiam além do mundo material (sensível) e histórico, um mundo de essências imutáveis, que explicavam melhor a realidade. Aproximando assim a história da razão, tomando o lugar de definições anteriores. De acordo com Wilhelm Hegel, a história se desenvolve com conflitos e pela contradição, que desenvolve a si mesmo, e a esse exemplo pode ser comparado ao movimento dialético.

Um fenômeno se torna inteligível quando se constitui em um conceito, e possui relação entre o particular e a generalização. Existe o sujeito que é o observador dos fatos, busca estrutura-los em sistemas que podem ser modificados e superados devido a busca pela verdade. A dialética se baseia na negação e superação de alguma ordem.

A ideia hegeliana se baseia na natureza dividida e que a razão alcança sua liberdade e autoconsciência  com o decorrer da história dos povos. Com a morte e Hegel, o mesmo ganhou seguidores de esquerda, que eram o próprio Marx e Engels, que discutiram o idealismo de Hegel. Existiram outros seguidores de esquerda, Feuerbach foi um deles. Ele acreditava que  a alienação tem ligação com a religião , onde as forças divinas criadas pelos próprios homens são autônomas e superiores, umas projeção fantástica da mente humana, porém a realidade nem sempre é perfeita. A crítica para esse pensador seria instrumento a libertação.

Marx e Engels não concordaram com as ideias de Feuerbach e negaram o materialismo e idealismo hegeliano e neo-hegelianos. Eles discordavam das ideias de Feuerbach pelo fato do mesmo não considerar que o mundo é resultado da ação humana. Para eles, apenas a ação política poderia acabar com a alienação. Quem realiza a historia é chamado proletariado, mudando a imagem de que a história é mágica. Marx acreditava que como o mundo era descrito anteriormente como objeto de observação, os filósofos não viam a possibilidade de transformação através de revoluções. Isso mostra, que marx era revolucionário e todas as suas ideias eram passíveis de serem usadas na prática. Ele acreditava que era necessário partir do que era mais fundamental, que era a matéria, para a ação. Para ele não existia nada dos humanos que não fosse construídos pela ação humana transformadora da natureza.

Marx dizia que tudo leva a contradição. Ao longo do processo evolutivo do homem, o que é criado para minimizar o seu trabalho é usado contra ele, e que o ser humano é tratado como força material brutal e que cada vez mais é considerado escravo de outros homens. Um exemplo é o uso de máquinas que aumentam a produtividade e provocam a fome e o esgotamento do trabalhador devido a substituição do mesmo.

A análise da sociedade deve ser feita a partir de uma perspectiva dialética, que propõe estabelecer as leis dos fenômenos e os fatos concretos , expondo a relação de ambos na realidade. Para Marx, a compreensão positiva e negativa das coisas levariam a sua destruição (necessária)  dos fatos , que possuem uma configuração transitória, ou seja, ao contrário do que Hegel acreditava (que a história é gerada pelo desenvolvimento do espírito) , Marx acreditava que a discussão ( contraditórias e positivas) das coisas levariam a uma mudança da mesma (transitoriedade).

No materialismo histórico as relações dos homens é resultado dos materiais e os modos de produção do seu meio de vida. A maneira como indivíduos vivem e são na sociedade, é o reflexo daquilo que produzem e como produzem.

De acordo com a dinâmica materialista e dialética os fenômenos e fatos são   rápidos e passageiros, analisando economicamente, os meios de produção podem mudar e com ele as relações econômicas mudam também.

Para Marx, os economistas reconhecem que as relações e o modo de produção são  naturais , que não mudam com o tempo e que são “leis eternas que devem reger a sociedade”. Porém, o modo de produção também é transitório e é gerado pelo meio e o tempo que esta inserido. Com isso , o pensamento e a consciência não é gerada diretamente pelas relações materiais.

Apesar de seus pensamentos condizerem com a realidade, o que Marx pretendia era uma sociedade sem classes (comunismo) que na prática não passou de uma  ditadura. No entanto, de acordo com a dialética, a síntese entre proletariado e a burguesia (trabalho) poderia diminuir as desigualdades, ajudando os menos favorecidos.

Portanto, ao criticar o capitalismo, Marx e Engels buscam entender as relações entre o meio de produção e o modo como a história é gerada. Ele defendia que a história se constrói por fatos reais (material) , e que a dialética ajudou nesse processo, pois através de contradições de ideias os fatos foram modificando e construindo a história por si mesma. E no materialismo , os indivíduos são e pensam de acordo com sua atividade no meio, e também o burgueses carregam praticamente pensamentos imutáveis do meio de produção, onde o homem é explorado para alcançar os objetivos do próprio capitalismo.

Necessidade: Produção e Reprodução

        A partir de suas necessidades, os seres humanos criam o modo de vida e passam de geração a geração sofrendo mutações de acordo com o tempo e para Marx a vida material se origina da interação da natureza com  a relações entre os indivíduos. Os animais exploraram a natureza de forma inconsciente  tendo como limite as condições do meio. Ao contrário dos animais, os homens produzem além do necessário para sua sobrevivência, tornando-se reféns de sua própria criação , um exemplo é a criação de leis (como a da beleza).

        Os homens, dominam e modificam o meio onde estão inseridos e com isso se organizam socialmente. A produção não se limita apenas a necessidade física e natural do homem e com isso são gerados produtos  ocasionados pela existência social. Um grande exemplo é o desenvolvimento de tecnologia para a busca e extração do petróleo que é a energia utilizada para movimentar os carros (produto gerado pelo social) e também sistemas de ensino que foi criado pelo homem para suprir as suas necessidades, dentre muitos outros.

        Os novos objetos criados pelos homens se incorporam no meio social e tornam-se naturais, passando para as gerações futuras. Para Marx a história dos homens é constituída pelo organização do trabalho que é gerado pela produção.

        Com isso , para Marx, o meio social é gerado pela interação entre os indivíduos com a natureza (trabalho).

Forças produtivas e relações sociais de produção

        De acordo com Marx, a sociedade não é resultado dos desejos particulares de cada individuo, e sim da relação entre eles. Para o desenvolvimento da sociedade há uma dependência entre as forças produtivas e as relações sociais de produção, de modo a tornar compreensível a realidade.

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