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Resenha Karl Marx de Um Toque de Clássicos

Por:   •  16/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.015 Palavras (5 Páginas)  •  1.355 Visualizações

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O livro "Um toque de Clássicos" de Tânia Quintaneiro, discute sobre os principais autores e filósofos da Sociologia, entre eles, Karl Marx. A autora define a Sociologia ocidental como uma tentativa de debater com Marx, uma vez que ele foi o primeiro a ter um método de análise para a sociedade, utilizando-se da razão como um meio de apreensão da realidade e de uma construção de uma sociedade mais justa.

Tânia considera a dialética e o materialismo no trabalho de Marx. A filosofia na Europa até o início da modernidade pressupunha a existência de uma dimensão mais real e povoada de substâncias ou de essências imutáveis que seriam os verdadeiros objetos do conhecimento. Assim é a dialética, a análise a partir da transformação e mudança desses objetos.

O marxismo sempre manteve um debate com o idealismo de Hegel, um filósofo importante nesse tema, e que tinha pensamentos sobre a perda do autocontrole por parte dos seres humanos pela sua própria criação e a a consciência alienada, separada da realidade. A alienação, segundo o idealismo hegeliano, ocorre por exemplo na religião, e só poderíamos nos libertar dessa alienação a partir de uma crítica religiosa, liberando a consciência. Marx e Engels negam essa crítica religiosa por ser simples e sem método. A teoria marxista, sobre a dialética  e o materialismo, analisam a partir de uma perspectiva histórica, negando assim o idealismo hegeliano.

 Isso reformulou a dialética, e a análise da vida social só deve ser feita nessa perspectiva, além de procurar estabelecer as leis de mudança que regem os fenômenos. O método de abordagem da vida social de Marx é chamado de materialismo histórico, que busca estudar as relações materiais que os homens estabelecem e o modo de produção.

Karl Marx afirma as necessidades de produção e reprodução. Para ele, todos os seres vivos devem assegurar a sua existência e a de sua espécie. Ao interagir com a natureza, os animais atuam de forma inconsciente e em resposta às suas privações imediatas. Mas os seres humanos procuram dominar as circustâncias naturais, modificando a fauna e a flora. Assim, se organizam socialmente e estabelecem relações sociais. As necessidades levam a produzir e o ato de produzir gera novas necessidades.

Marx entende que a estrutura da sociedade dependem do estado de desenvolvimento de suas forças produtivas e das relações sociais de produção. E a ação dos indivíduos na natureza é expressa no conceito de forças produtivas, que busca entender de que modo a produção é obtida, os bens que necessitam, em que grau desenvolveram sua tecnologia, processos e modos de cooperação, divisão do trabalho, habilidades e conhecimentos utilizados na produção, qualidade dos intrumentos e as matérias-primas de que dispõem. Essas relações expressam o modo de como os homens se organizam entre si para produzir.

A divisão social do trabalho também mostra as desigualdades sociais, em todos os momentos da história houve uma classe dominante e uma classe reprimida. Essas divisões sempre ocorreram historicamente e outras como, por exemplo, grupos religiosos, políticos, administrativos, etc. O tipo de divisão social  corresponde à estrutura de classes da sociedade.

Marx divida a sociedade em 2 estruturas: a estrutura e a superestrutura. As forças produtivas e as relações sociais de produção de uma sociedade forma a base ou estrutura. Já os grandes setores da sociedade, como o Estado, a Igreja, a Escola compôem a superestrutura.

Um tema de grande importância para Marx são as classes sociais. No processo que os homens estabeleceram relações sociais entre si dos quais extraem da narureza o que precisam, isso gera uma apropriação por não-produtores de uma parecela do que é produzido socialmente. Assim Marx  desenvolve a concepção de classe, exploração, opressão e alienação. A partir de um momento que surge um excedente de produção é que ocorre a divisão social do trabalho, bem como a apropriação das condições de produção por parte de alguns membros da comunidade, gerando diferenças entre certos grupos, originando as classes. O surgimento das classes sociais se vincula à circunstâncias históricas específicas, e, portanto, o materialismo histórico de Marx é utilizado para entender melhor esse aspecto da sociedade.

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