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Resumo Do Documentário Carne E Osso

Trabalho Universitário: Resumo Do Documentário Carne E Osso. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  18/3/2014  •  1.123 Palavras (5 Páginas)  •  4.996 Visualizações

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¬¬¬¬¬Carne, Osso¬

Documentário produzido em 2011, dirigido por Cio Cavechini e Carlos Juliano Barros. No qual mostra a dura rotina de quem trabalha em frigoríficos, apresentando a realidade de muitos trabalhadores Brasileiros que é ignorada e desconhecida por uma parcela significativa da população. Onde a

modernização não chega. A pressão no trabalho ainda fere e estressa. O mundo do trabalho passou por grande evolução tecnológica e produtiva nas últimas décadas. Mas ainda provoca velhos acidentes, além de novas doenças ligadas ao estresse e à aceleração da produção.

Este documentário mostra de forma concreta esses problemas devido o trabalho mecânico e repetitivo, os esforços sobre-excedentes, a despreocupação com a saúde e as péssimas qualidades de trabalho nas quais são submetidos, são outros fatores que agravam este cenário aterrorizante de trabalho, acarretando em danos físicos e psicológicos permanentes em longo prazo. Trabalho no qual muitas vezes apresenta situações precárias e prejudiciais aos trabalhadores.

Demonstrando a exposição a objetos perfuro-cortantes como facas, serras e outros instrumentos que são manuseados muitas vezes de forma imprudente e sem segurança nenhuma, que geram lesões e doenças, uma jornada exaustiva de trabalho trabalhando até mesmo durante os sábados, uma pressão psicológica muito grande devido a demanda de produção e o ambiente muito frio e asfixiante.

Retrata a rapidez dos trabalhadores, fazendo movimentos repetitivos durante uma jornada árdua de 8 horas. A mesma atividade o dia inteiro. Tendo que tirar a cartilagem, os ossos, o peito, às vezes tinha que abrir o frango no meio, e quando era para importação era o peito inteiro, enfim, toda essa função em pouco tempo. E sempre manter a esteira cheia, e as peças do frango sempre bem arrumadas para passar pelo forno e sair na embalagem. Seis segundos para desossar uma peça de frango. Mais de três mil peças por hora em cada esteira. 18 movimentos a cada 15 segundos. Cada um tem uma mesa com um número, e cada pessoa tem seu número. A cada funcionário a função de examinar a carcaça, 3700 por hora, o corte tem que ser preciso, e ter muito cuidado pra não rasgar a pele.

Uma carga de trabalho três vezes superior à recomendada como limite. Três vezes mais chances de desenvolver transtornos mentais.

O documentário Carne, osso revela que a cadeia produtiva da carne no Brasil é repleta de desrespeitos à legislação trabalhista. Jovens trabalhadores de baixa escolaridade das regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil ficam expostos a condições de trabalho que são, no mínimo, assustadoras. Cortes profundos provocados pela lâmina afiada não são incomuns.

Vou citar alguns relatos de funcionários afetados pelo trabalho desumano.

“Não consigo mexer a mão”. Ela relata que foram onze anos até chegar a esse ponto. Como não poderia correr o risco de perder o emprego, Valdirene aguentava a dor e precisava da ajuda diária do marido para esticar os dedos. Músculos e tendões atrofiaram-se pelos esforços repetitivos do trabalho de cortar frangos durante dez, doze, ou até catorze horas diárias.

Hoje sem o movimento das mãos, com menos de 40 anos de idade, ela se arrepende de ter “dado o sangue pela empresa” e lamenta ter se oposto à ação de um sindicato local que pedia melhores condições de trabalho. A vida profissional no setor é curta, revela o documentário. No geral, menos de dez anos de movimentos repetitivos diários são suficientes para acabar com a possibilidade de seguir atuando – nesta ou em qualquer área.

Os funcionários do setor conhecem o médico local pelo nome de "Doutor Diclofenaco", uma referência ao remédio receitado invariavelmente a quem se queixa de dor. “Precisava dormir com a mão amarrada na cama de tanta dor que sentia”, relata outra ex-trabalhadora do setor, igualmente impossibilitada de trabalhar.

“Quanto mais tu dava conta, mais queriam”, pontua uma ex-funcionária sobre as metas impostas pelos empregadores. “Tomar show” é o jargão do

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