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Resumo Guerra Guaranítica

Por:   •  21/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.002 Palavras (5 Páginas)  •  697 Visualizações

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RESUMO: GUERRA GUARANÍTICA

No momento em que os cabildos, caciques de missiones e jesuítas contestaram

cláusulas do tratado de Madri, as cortes ibéricas passaram a considerar a possibilidade que se

estava criando um estado autônomo. A deflagração da Guerra Guaranítica confirmou esse

aspecto. Após vencerem a guerra, portugueses e espanhóis iniciaram o processo de destruição

dos povos do projeto missioneiro.

Indígenas perderam seus bens e riquezas milenares, aumentaram a população de

excluídos com o território colonial passando à propriedade privada. De uma maneira geral, a

sociedade missioneira representou a fusão entre americanos e ibéricos. Porém, as diferentes

culturas e a soberania que seria imposta por Portugal e Espanha, além das divisões de espaço

devido ao tratado de Madri, criou um ponto de conflito.

Esses conflitos acabaram resultando na Guerra Guaranítica, que é conhecido como um

dos mais trágicos temas de toda a história missioneira, pois acabou com as propriedades dos

povos e colocou milhares de índios na condição de subalternos.

O cenário principal dessa guerra aconteceu na fronteira sudoeste da província, mais

especificamente na região dos Sete Povos existentes no atual Rio Grande do Sul. Ocorrida de

1753 a 1756, os índios guaranis que haviam se rebelado foram completamente derrotados

depois da morte de seu líder, Sepé Tiaraju, na batalha de Caiboaté.

A parte mais polêmica do tratado de Madri trocava os territórios do Santíssimo

Sacramento, de propriedade Portuguesa e com o fator do rio da Prata, pelos Sete Povos, de

propriedade até então espanhola e que compreendia em mais da metade do território do Rio

Grande do Sul, com suas cidades e ervais. Desde o inicio, a companhia de Jesus foi veemente

contraria ao tratado, referente as questões indígenas. Alguns fatores como a franquia exclusiva

da navegação aos espanhóis, e a condenação do novo ministro português quanto á entrega do

território de Sacramento deu aos Jesuítas esperanças de que o tratado fosse revogado, o que

era a causa de tantos sacrifícios de guaranis. Porém, o gabinete português resolveu cumprir o

tratado. Ainda assim, em setembro de 1751 uma equipe de engenheiros, astrônomos,

geógrafos e cartógrafos do reino traziam o que havia de mais moderno em equipamentos,

grande parte comprados na Inglaterra.

Para execução desses trabalhos, dois comissários foram nomeados, Gomes Freire de

Andrada, governador do Rio de Janeiro e do Mato Grosso pelo lado português, e o marquês de

Valdelírios, pelo lado espanhol. Gomes Freire navegou do Rio de Janeiro até a ilha de Santa

Catarina, seguindo algumas embarcações que vinha despachando á mais de 30 dias. Enquanto

isso, Valdelírios saiu de Cádiz, na Espanha, para Castillos Grande, onde o encontro estava

marcado. Atracou inicialmente em Buenos Aires, depois atravessou o rio da Prata, e seguiu de

Montevidéu para as conferências. Gomes Freire desembarcou em Imbituba, seguiu em marcha

para Laguna, passou para Garopaba em uma canoa, e depois seguiu o caminho do litoral para a

vila de Rio Grande. Ali juntou seu exército, oriundos do Rio de Janeiro, Santos, Santa Catarina,

e Rio Grande do Sul. A princípio, esse exército deveria escoltar os demarcadores das novas

terras. Os comissários ficaram em Castillos de agosto até dezembro, onde executaram ajustes

no tratado de limites, fixaram os primeiros marcos vindos da Europa, e constituíram as três

partidas demarcadoras. Os missioneiros, (guaranis cristianizados), já sabiam nesse momento

da junção das comissões a sul de seu território. Os guaranis então fecharam a fronteira

meridional da redução dos marcadores, que assumiu uma dimensão maior e

consequentemente trágica. Quando receberam a ordem para migrarem para o lado ocidental

do Rio Uruguai, algumas lideranças foram contra, alegando os inúmeros prejuízos que teriam

ao deixar pra trás sua fonte de tributos e sua economia (baseada em gado, lavouras e ervais).

Tentaram recorrer ao governador de Buenos Aires, Andonaegui, mas não adiantou.

Entre os fatores que enfraqueceram as defesas guaranis podemos citar doenças, como

a varíola, alianças firmadas entre os exércitos ibero-americanos, conflitos internos entre as

lideranças tanto indígenas como missioneiras, e até alguns antigos rivais dos guaranis, como

Guenoas, Charruas e Minuanos. Os missioneiros ainda acusavam os padres de os terem

vendidos, já que os mesmos receberam uma quantia em dinheiro pra fazer a transmigração.

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