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Serviço Social, Família e Segmentos Sociais Vulneráveis.

Por:   •  18/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.567 Palavras (7 Páginas)  •  508 Visualizações

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UFSC – CSE – DSS

Disciplina: Serviço Social, Família e Segmentos Sociais Vulneráveis.

Código: DSS 5137                Turma (s): 06309 e 06339                      Semestre: 2015.2                                            

Professora: Dra. Liliane Moser

RESUMO  COMENTADO II

Texto: SARTI, C. A. Famílias  enredadas. In: ACOSTA, A. R,; VITALE, M.A.F.(orgs.). Família: redes laços e políticas publicam. São Paulo: Cortez, Puc/SP, 2005. p.21-36

           A autora Ressalta que desde a revolução industrial, que separou o mundo  do trabalho  do  mundo  publico, mudanças significativas a ela referentes  relacionam-se as descobertas cientificas que resultaram em intervenções tecnológicas sobre a reprodução humana.

        A partir de  década de 1960, não apenas no Brasil, mas em escala mundial, difundia –se  a pílula  anticoncepcional , que separou  a sexualidade  da reprodução e interferiu decisivamente  na sexualidade feminina. Esse fato criou as condições materiais para que a mulher deixasse de ter sua vida e sua sexualidade atadas á maternidade como “destino”, recriou o mundo subjetivo feminino e aliado á expansão do feminismo, ampliou as possibilidades de atuação da mulher no mundo social.  

       Desde então, começou a se introduzir no universo naturalizado da família a dimensão da “escolha”. Mais tarde, a partir dos anos 80, as novas tecnologias reprodutivas- seja inseminação  artificiais,seja  fertilizações in vitro – dissociaram a gravidez da relação sexual entre homem e mulher. “Isso provocou outras” mudanças substantivas”, as quais novamente afetaram a identificação da família com o mundo  natural, que fundamenta a idéia de família e parentesco do mundo  ocidental judaico – cristão ( Strather,1995).

           A família constitui-se em um terreno ambíguo. Ainda que as tecnologias de anticoncepção de reprodução assistida tenham de fato aberto espaço para novas experiências no plano da sexualidade e da reprodução humana, ao deflagrar os processos de mudanças  objetivas e subjetivas, que estão atualmente em curso, não lograram dissociar a noção de família da “ natureza biológica do ser humano”.

            As mudanças são particularmente difíceis, uma vez que as experiências vividas e simbolizadas  na família tem como referencia , a respeito desta , definições  cristalizadas que são socialmente instituídas pelo  dispositivos disciplinares existentes em nossa sociedade , os quais tem nos meios de comunicação um veículo fundamental, além de suas instituições especificas. Essas referencias constituem os ‘ modelos” do que é como deve ser a família, ancorados numa visão que a considera como uma unidade biológica constituída segundo  leis da “natureza”poderosa força simbólica.

         Na década de 90 o processo de mudanças familiares ganha novo impulso, com a difusão  do exame DNA a identificação da paternidade.   A comprovação da paternidade abre o caminho para que esta seja reivindicada, causando forçosamente um impacto atitude tradicional de irresponsabilidade masculina em relação aos filhos o que significa um recurso de proteção para a mulher, mas, sobretudo para a criança.

       No Brasil, a constituição federal de 1988 institui duas profundas alterações no que se refere á família: 1.a quebra da chefia conjugal masculina, tornando e pela mulher;2o fim da diferenciação entre filhos legítimos e ilegítimos , reiterada  pelo  Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), promulgada em 1990, que os define como “sujeitos de direitos”. Com o exame  do DNA, que comprova  a paternidade , qualquer  criança nascida de uniões consensuais ou de casamentos a paternidade , qualquer criança nascida de uniões consensuais ou de casamentos  legais pode ter garantidos seus direitos de filiação , por parte de pai e  da mãe. O Eca dessacraliza a família a ponto de introduzir a idéia da necessidade de se proteger legalmente  qualquer criança contra seus próprios familiares, ao mesmo tempo em que reitera a convivência familiar, como um “ direito” básico dessa criança.

  Embora a  família continue sendo objeto de profundas idealizações ela não tem um espaço de controle.  Trabalhar com a famílias requer  a abertura  para uma escuta, a fim de localizar  os pontos  de vulnerabilidade , mas também  os recursos disponíveis.

  Nesse mundo entre o jogo entre o mundo exterior  e o mundo subjetivo, as construções simbólicas operam numa relação  espetacular.  Assim acontece na família. O discurso social a seu respeito se reflete nas diferentes famílias como um espelho. Assim cada um constrói  seus mitos segundo o ouve sobre si, do discurso  sobre si mesma que inclui também sua elaboração , objetivando sua experiência   subjetiva.

A família em rede cumpre desfazer a confusão  entre família  e unidade domestica , a casa , imprecisão que tem conseqüência nas ações  a ela  pertinentes, uma  vez leva a desconsiderar  a rede  de relações  na qual se movem os sujeitos em família e que prove

os recursos  materiais  e afetivos  com que contam.

O homem é considerado  o chefe  da família e a mulher , á chefe da casa, o homem          corporifica  a idéia  da autoridade moral, responsável  pela responsabilidade familiar. Á mulher cabe  outra importante dimensão  da autoridade: manter a unidade grupo. Ela que cuida de tudo e zela para tudo  esteja em seu lugar.  Importante ressaltar a pesquisa de Scott (1990)  observou  o mesmo  padrão de família no recife , ao analisar diferentes  percepções da casa pelo homem e pela mulher. Mostra  que, no discurso masculino , a casa deve estar “ sob controle”, enquanto  as mulheres  ativamente a controlam.

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