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Síntese Do Texto: Cinco Notas A Propósito Da "Questão Social"

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Por:   •  11/10/2013  •  667 Palavras (3 Páginas)  •  18.276 Visualizações

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As cinco notas da questão social referentes no texto de José Paulo Netto acontecem todas em algum momento importante da história, como a Industrialização na Europa, o chamado fenômeno do pauperismo; a Revolução de 1948 e a Segunda Guerra Mundial.

Durante o século XVIII a “questão social” surge para dar conta dos impactos provocados pela industrialização da Europa, o chamado pauperismo fazendo com que a diferença entre as classes sociais só aumentasse, ou seja, a pobreza só aumentava devido ao aumento da produção da riqueza.

Já a partir do século XIX a questão social passa a ser usada por duas vertentes conservadoras, o pensamento conservador laico e o pensamento conservador confessional, pois a Revolução de 1948 cerrou o ciclo progressista da classe burguesa, com a urgência de manter e defender a classe, a questão social perde sua estrutura histórica.

No pensamento conservador laico as expressões da questão social são vistas como uma intervenção política limitada, podendo ser minimizadas através de um ideário reformista. Já o pensamento conservador confessional acreditava que podia diminuir a questão social através de medidas sócio – políticas. Para essas duas vertentes o mais importante era combater as expressões da questão social sem tocar nos fundamentos da sociedade burguesa.

Em 1867 Marx publicou o primeiro volume d´O Capital onde afirmava que o desenvolvimento capitalista produzia as manifestações da questão social, ou seja, a questão social estava ligada diretamente a relação capital/ trabalho – exploração que implica componentes históricos, políticos e culturais e fazia com que a riqueza social se criasse exponencialmente.

Na Segunda Guerra Mundial o regime do capital teve um grande crescimento econômico, com a construção do Welfare State (Estado de Bem Estar Social) a questão social parecia ter ficado para traz, apenas os marxistas insistiam que as melhorias no conjunto das condições de vida da classe trabalhadora não alterariam a essência exploradora do capitalismo. Com a redução as taxas de lucro o capital respondeu com uma ofensa política e econômica surgiu então, um novo Estado, o Estado Neoliberal que mostrou que o Capitalismo não tem compromisso social.

Na ultima nota a caracterização da “questão social” passa a se considerar as particularidades históricas e nacionais, e são mencionadas duas observações, a primeira refere-se à perspectiva historia concreta que a ordem social vai além do comando do capital e a segunda é que sem a “questão social” não haverá sentido para o Serviço Social, pois são esses profissionais de Serviço Social que interferem nas relações sociais cotidianas através de serviços sócio – assistenciais no atendimento das diversas expressões da “questão social”.

Hoje a “questão social” é vista como um objeto violento do “processo de criminalização”, mas ela não é um fenômeno recente, pois está inscrita na própria natureza da relação do Capital, pois sempre existiu uma grande diferença tanto econômica, cultural e social entre as classes sociais.

A história da sociedade brasileira está permeada de situações nas quais um ou mais aspectos importantes da questão social estão presentes. Durante um século de repúblicas, compreendendo a oligarquia, populista, militar e nova, essa questão se apresenta como um

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