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Resenha do texto: A dimensão subjetiva do campo social das políticas públicas

Por:   •  23/6/2015  •  Resenha  •  643 Palavras (3 Páginas)  •  1.770 Visualizações

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Resenha do texto: A dimensão subjetiva do campo social das políticas públicas

O texto nos traz uma abordagem sobre a dimensão subjetiva de fenômenos sociais que são constituídos no processo social, como a desigualdade, a violência social, identidades diversas, etc. O texto apresenta uma articulação entre Estado, economia e sociedade e configura as políticas sociais, mas sendo analisado de outro ângulo, tentando identificar a dimensão subjetiva que elas implicam.

Adentrando sobre o assunto a autora aborda a ideologia liberal, onde a mesma carrega uma série de elementos que configuram a dimensão subjetiva. Temos como o exemplo o individualismo, a defesa da liberdade, a noção de público como espaço de convivência democrática das individualidades, que são noções ao longo do desenvolvimento do capitalismo, ganhou contornos diferentes, conforme as maneiras as quais, se constituiu a sociedade. E no tocante ás políticas sociais, revelam esse conteúdo em várias definições que as sustam, as quais interferem na constituição da dimensão subjetiva.

O indivíduo deve fazer uso da nova condição de estar livremente no mercado, para trabalhar e consumir. Neste momento, os direitos reconhecidos são apenas aqueles que garantem essa nova condição do indivíduo: os direitos civis e políticos. É preciso adesão à nova ideologia, é preciso que não haja dúvidas de que o indivíduo goze de plena liberdade. Ela é então proclamada e reconhecida em lei. O indivíduo é cidadão. Para a avaliação do bem-estar é subjetivo, o indivíduo é considerado o melhor juiz para o seu bem-estar. Mesmo quando se fala de bem-estar global, a referência continua sendo o próprio indivíduo.

A afirmação do indivíduo se dá pela dupla condição subjetiva de ser considerado um ser com desejos e um ser disciplinado para o trabalho. Essa dupla condição já foi analisada por vários autores, que reconhecem nela, parte das condições para o aparecimento da psicologia como ciência. É citado no texto como exemplo de ampliação e aprofundamento da experiência de subjetividade privatizada e da crise dessa experiência. O indivíduo não é o único critério, mas também a manutenção do consumo, do que está disponível no mercado, em níveis adequados para a economia. Com isso, o Estado tem, entre suas funções, disciplinar tal condição. Nesse processo, os saberes científicos e profissionais, começam a colaborar. Sendo assim, a educação treina os indivíduos, no trabalho se busca o lugar certo, as sociedades buscam uma organização estruturada e ordeira.

Wanderley L., citado no texto, aborda perspectivas de ação com vista a resolver a questão social, as desigualdades e injustiças sociais, ele fala da necessidade de se atender a uma “exigência fundante: a de um compromisso social ativo, a de ter esperança, baseada em uma utopia”. A autora chama a atenção para a naturalização desses processos, que tem como consequência a estigmatização dos indivíduos que são por eles atingidos e a transmutação do “direito” em “favor”. Os indivíduos de início rejeitam redes de assistência, pois o ingresso nelas significaria renunciar ao status social. As relações com outras pessoas ficam abaladas pelo sentimento de fracasso e humilhação e a tendência é se isolar. Eles começam a agir conforme o que se espera de pessoas

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