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Teoria Estruturalista Na Administração

Artigo: Teoria Estruturalista Na Administração. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/6/2014  •  1.309 Palavras (6 Páginas)  •  658 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O termo Estruturalismo foi proposto em 1916 por Ferdinand de Saussure, para análise de modelos na Linguística como sistemas e introduzido nas Ciências Sociais por Lévy-Strauss. Posteriormente esse método expandiu-se para a Antropologia, a Sociologia, a Psicologia, a Economia e a Administração. Para Motta e Vasconcelos (2006) o Estruturalismo aplicou o conceito de estrutura no estudo das Ciências, que significa de modo geral a análise interna de um sistema na totalidade considerando seus elementos internos, suas inter-relações e sua disposição.

2. CONTEXTO HISTÓRICO

Na década de 50, a abordagem do Estruturalismo na Administração teve importante contribuição das publicações de Max Weber no estudo das contribuições das organizações nas sociedades contemporâneas. Então Weber cunhou o termo burocracia para designar essas organizações, cada vez mais especializadas frente a novos valores e novas exigências. A Teoria Estruturalista é um desdobramento da Teoria da Burocracia com a aproximação dos fundamentos da Teoria das Relações Humanas (Chiavenato, 2003).

A Teoria das Relações Humanas acarretou profundas mudanças nas perspectivas da administração em oposição a Teoria Clássica. Entretanto, essa inovação ficou limitada a ênfase excessiva dos grupos informais e na sua inclusão nas decisões da organização. Essa abordagem foi bastante criticada pela não concretização da articulação entre trabalhadores e administradores, por não considerar a organização formal nos seus estudos. Para isso, a Teoria Estruturalista surgiu da necessidade de uma nova perspectiva para a complexidade das organizações que Teoria das Relações Humanas e depois a Teoria Burocrática não conseguiu englobar em sua análise e na superação dos seus impasses.

Apesar das organizações existirem desde a Antiguidade, o advento da industrialização foi decisivo para sua diversificação e especialização. Entre os fatores relacionados a essa expansão estão a consolidação do capitalismo, a urbanização, a divisão do trabalho e a mão de obra assalariada. Frente a essas mudanças históricas as organizações mesmo a mais antigas sofrem modificações e passam a ter novas funções e significados. Isso se tornou evidente a ponto da sociedade atual ser chamada a sociedade de organizações, pois as pessoas são dependentes delas durante toda a vida e na manutenção do seu padrão de vida

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3. A SOCIEDADE DAS ORGANIZAÇÕES

O foco do estudo da Teoria Estruturalista são as organizações, com análise da sua estrutura interna e da interação com outras organizações. A definição de organização para os estruturalistas parte de um conceito ampliado, que não fica restrito as fábricas como as teorias anteriores a Estruturalista. Outras instituições incluídas por essa abordagem são os sindicatos, as escolas, os hospitais, as prisões, as instituições públicas e privadas, as diversas indústrias, as organizações religiosas, as organizações militares, os partidos políticos, entre outros.

Portanto, Chiavenato (2003) para conceituar organização dentro do contexto Estruturalista cita Parsons (1960) “unidades sociais (ou agrupamentos humanos) intencionalmente construídas e reconstruídas a fim de atingir objetivos específicos”. Esse conceito ressalta o elemento não natural do estabelecimento das organizações com propósitos definidos, nas quais não são incluídos grupos étnicos, grupos de amigos e grupos familiares. As organizações formais são caracterizadas pela hierarquização das atividades, pela definição de responsabilidades, pela existência de centros de comando e pela possibilidade de ocorrer a substituição de pessoas (Etzioni, 1967).

Segundo os estruturalistas a diversidade de organizações e o perfil do homem moderno permite sua inclusão em várias dessas organizações onde desempenha diversos papeis. Esse perfil denominado de “o homem organizacional” é caracterizado pela flexibilidade às mudanças, o desejo incessante de realização pessoal e profissional, capacidade de tolerar frustrações e adiar as recompensas (Chiavenato, 2003).

3.1. ANÁLISE ORGANIZACIONAL

A Teoria Estruturalista caracteriza-se pela abordagem múltipla das organizações, pois se baseia nos elementos da Teoria Clássica, da Teoria das Relações Humanas com influência da Burocracia de Max Weber. Nessa abordagem os enfoques organizacionais (formal e informal) opostos para as teorias anteriores a Estruturalista são considerados na mesma análise, como também a importância das recompensas materiais e sociais na motivação das pessoas e no funcionamento das organizações.

Dentre as características marcantes das organizações esta a definição de níveis hierárquicos, nos quais são atribuídas responsabilidades às pessoas nesses níveis para estabelecer maneiras de alcançar os objetivos pretendidos. Em cada nível as pessoas desempenham tarefas especializadas relacionadas com sua formação profissional. As organizações basicamente apresentam três níveis organizacionais: o institucional, o gerencial e o técnico.

A representação gráfica dos níveis organizacionais corresponde a uma pirâmide (Figura 1). No topo da pirâmide esta o nível institucional ou estratégico composto dos dirigentes e altos funcionários, que são responsáveis pelo planejamento da organização, na elaboração dos objetivos e das estratégias e pela tomada de decisões. Na parte intermediária está o nível gerencial que trata de desenvolver planos a partir das decisões dos dirigentes para a execução pelo nível operacional, essas atividades envolvem a captação de recursos e a alocação deles na organização. Na porção inferior da pirâmide fica o nível técnico ou operacional que executa as operações e tarefas sob o comando do nível gerencial.

FIGURA 1: Pirâmide dos níveis organizacionais

Fonte: Chiavenato (2003)

Uma das importantes contribuições da Teoria Estruturalista é a inclusão do ambiente externo no estudo das organizações, através da análise das relações

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