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Trabalho De Campo

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Por:   •  26/10/2014  •  Seminário  •  657 Palavras (3 Páginas)  •  125 Visualizações

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Trabalho de campo

Neste tópico falaremos um pouco sobre o trabalho de campo de Malinowski, destacando seus estudos em Nova Guiné. Para começar, é importate ressaltarmos que o autor teve muitas dificuldades ao chegar na região, pois não sabia quase nada dos nativos, e os brancos que habitavam no local também tinham pouquíssimas informações deles. Os primeiros cumprimentos de Malinowski com os nativos da região aconteceram em inglês pidgin, que era um inglês modificado e mais simples e que era usado como língua franca em várias regiões do Pacífico.

Depois das dificuldades iniciais, Malinowski começou a colocar em prática os princípios metodológicos que, segundo ele, eram essenciais para um trabalho de campo eficaz. Para o autor, o pesquisador deve, em primeiro lugar, possuir objetivos verdadeiramente científicos e ter conhecimento dos critérios e valores da etnografia moderna. Em segundo lugar, o pesquisador deve ter boas condições de trabalho, ou seja, viver entre os nativos, sem depender de outros brancos. E em último lugar, o pesquisador deve utilizar alguns métodos especiais de coleta, manipulação e registro da evidência.

Para Malinowski, o etnógrafo ao fazer o trabalho de campo, deve estabelecer todos os regulamentos e leis que ditam a vida tribal, ou seja, tudo aquilo que é fixo e permanente, além de mostrar a anatomia cultural, como também descrever a constituição social. O autor destaca que o pesquisador deve passar a conhecer o ponto de vista dos nativos, bem como a relação deles com a vida, e ainda a visão que eles têm de seu mundo. Então para Malinowiski, é papel do etnógrafo estudar o homem e tudo aquilo que diz respeito a ele.

Queremos destacar agora o trabalho de campo de Malinowski com relação ao Kula, que é uma forma de troca e que tem um caráter intertribal muito grande. O Kula é praticado por comunidades que ficam num círculo grande de ilhas que formam um circuito fechado. No seu trabalho de campo, o autor pôde perceber que no Kula são utilizados dois artigos: o mwali que é um bracelete de concha e o soulava que é um colar de discos feito de conchas vermelhas e que a cerimônia de troca destes dois artigos é o aspecto central do Kula.

O autor também ressalta os princípios mais importantes e significativos do Kula. Ele diz que, em primeiro lugar, o Kula é um presente retribuído após algum tempo, através de outro presente e que isto não se trata de um escambo. Em segundo lugar, é papel do doador estabelecer a equivalência do contrapresente, que não deve ser imposta e não pode haver devoluções ou regateio na troca. Mas existem ocasiões que participantes do Kula fazem ofertas por artigos que estão em poder de um parceiro. São os chamados “presentes de solicitação”.

Queremos apresentar agora algumas atividades secundárias ao Kula que foram estudadas por Malinowiski. Podemos primeiramente destacar a construção de canoas, que tinham que ser bem feitas para poder suportar as longas viagens. Também é considerada uma atividade secundária do Kula o comércio secundário, que se tratava de viagens onde nativos levavam presentes para seus parceiros. Presentes estes que seriam de grande utilidade para aqueles que iriam receber. Em contrapartida aqueles que levavam presentes recebiam outros também úteis para si mesmos. Outra

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