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Uma Análise das Diretrizes Curriculares Nacionais de Física e Engenharias

Por:   •  29/8/2019  •  Resenha  •  1.434 Palavras (6 Páginas)  •  203 Visualizações

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CORRELAÇÃO E ANÁLISE ENTRE AS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS DOS CURSOS DE ENGENHARIA E FÍSICA E A REAL NECESSIDADE DE REALIZAR MUDANÇAS NAS DCN’s DOS CURSOS DE ENGENHARIA

                                                        Reinaldo Machado de Oliveira

Resumo: Este artigo tem dois objetivos principais: Primeiro, estabelecer correlações entre as diretrizes curriculares nacionais dos cursos de engenharia e física, apresentando uma reflexão sobre as mudanças que vêm ocorrendo nos dias de hoje a partir da entrada em vigor da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia. Segundo, discutir a necessidade de mudanças nos cursos de graduação em engenharia, visando atender a nova legislação e, também, a necessidade de se ter um entendimento sobre como realizar as mudanças nos cursos de engenharia e física de maneira a garantir uma real mudança de foco ao invés de simples adequações curriculares ou redução de carga horária.

  1. INTRODUÇÃO

Inovação deverá ser um dos principais focos dos cursos de engenharia e física no Brasil. De acordo com um integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE) Luiz Roberto Curi, que preside a comissão de revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Engenharia, “Inovação é um fator essencial do trabalho do engenheiro”. O mercado, e um mundo globalizado pede compromisso dos cursos com o processo inovativo industrial, ampliação, modernização e sofisticação da indústria.

As diretrizes serão válidas para todos os cursos de engenharia. Elas servem de parâmetro para os currículos de cada uma das instituições de ensino. As diretrizes vigentes foram instituídas em 2001. Depois disso tiveram algumas pequenas atualizações.

Em contrapartida, é necessário que tais cursos sejam ministrados de forma mais dinâmica, visto que os estudantes terão, por exemplo, acesso a conteúdos de design, de mercado e de materiais, questões que os ajudarão na prática da profissão. Terão mais ênfase também atividades de pesquisa e extensão.

  1. CORRELAÇÃO ENTRE OS CURSOS DE ENGENHARIA E FÍSICA

Este ano estão se completando 20 anos que me dedico à docência dos ensinos fundamental e médio, e posso dizer que pouca coisa mudou de lá pra cá. Acredito que, o ensino superior, pouca coisa tenha mudado também, pois o aprendizado se conecta por todos os graus de ensino. Mas o que isso tem a ver com as DCN’s? Onde quero chegar? Nas salas de aula, sempre ouvi perguntas do tipo: Vai cair na prova? Tem de copiar? Mas a mais recorrente de todas é: Para que serve isto? Ou sua variação: Quando vou usar isso na minha vida? E acrescento: já fui um estudante que também fez esta pergunta, e ainda hoje, seja como professor ou estudante, escuto esta pergunta!  

Na verdade a resposta é muito mais complexa e demanda um trabalho de conscientização importante para os futuros engenheiros e físicos, que na sua maioria tiveram sua curiosidade atrofiada durante sua formação inicial até chegar no curso superior.

Por que estudar física? Podemos destacar duas razões. A primeira, porque a física é uma das ciências mais fundamentais. Os cientistas de todas as disciplinas usam ideias da física. A segunda, porque a física é também a base de toda engenharia e tecnologia. Nenhum engenheiro pode projetar qualquer tipo de dispositivo prático sem que primeiro entenda os princípios básicos nele envolvidos. Para projetar uma nave espacial ou uma ratoeira mais eficiente, você deve entender as leis básicas da física.

A principal função do engenheiro, em qualquer especialidade, é resolver problemas e otimizar o tempo de produção de um produto sem aumentar os custos, sendo que este último, apresenta uma relevância do conhecimento e rigor matemático de extrema importância na apresentação de soluções. Um pequeno erro pode fazer com que um avião ou ponte caiam ou um prédio desabe. Pode parecer brincadeira, mas um erro de um engenheiro pode ser mais grave que o de um médico, pois a chance de causar um grande número de mortes é muito grande.

  1. ANÁLISE DAS DCN’s

As DCN’s são definições de princípios básicos da educação superior, presentes em todas as formações. São parâmetros norteadores a serem seguidos nacionalmente na elaboração dos Projetos Pedagógicos dos diversos cursos de graduação. Elas substituem os antigos currículos mínimos e estimulam os novos modelos de organização curricular.

Percebemos que, as DCN’s trazem uma mudança no enfoque de ensino para o enfoque de ensino-aprendizagem: o principal não é o que se ensina, mas o que se aprende.

Definem os princípios, fundamentos, condições e procedimentos da formação de físicos e engenheiros, para aplicação na organização, desenvolvimento e avaliação dos projetos pedagógicos dos Cursos de Graduação em Engenharia das Instituições do Sistema de Ensino Superior.

O físico e o engenheiro passam a ter uma formação mais generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando esta sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade.

Dentre as competências e habilidades, é importante destacar:

  • avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas;
  • comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica;
  • atuar em equipes multidisciplinares;
  • compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais;
  • avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental;
  • avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia;
  • permanente busca de atualização profissional.

De acordo com as DCN’s, existem parâmetros de projeto a serem seguidos, em que o estudante deve apresentar trabalhos de integração, sendo pelo menos um deles obrigatório, como o TCC. Segundo o CFE (Conselho Federal de Educação), isto é positivo, visto que o tempo em sala de aula é reduzido, favorecendo trabalhos individuais ou em grupos e criando um estímulo natural no estudante para se interessar por trabalhos de iniciação científica, projetos multidisciplinares, visitas teóricas, desenvolvimento de protótipos, monitorias e participação em empresas juniores e outras atividades empreendedoras.

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