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Artigo O Príncipe de Maquiavel

Por:   •  6/6/2024  •  Trabalho acadêmico  •  3.777 Palavras (16 Páginas)  •  42 Visualizações

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Introdução

Nicolau Maquiavel (1469-1527), foi um historiador, filósofo político nascido na Florença, na Itália. Durante sua carreira como assessor dos governos florentinos, Maquiavel buscou criar um Estado capaz de resistir aos ataques estrangeiros e garantir a soberania, devido em 1494 ocorreu um grande evento que mudou a Itália por muito tempo. Carlos VIII, o jovem e ambicioso rei da França, fez sua famosa "descida", ou conquista, que mudou o equilíbrio da península. Depois que Carlos VIII foi bem recebido em Florença, Roma e Nápoles, ele enfrentou resistência e foi forçado a recuar, deixando um terrível caos em seu rastro. Não está terminado. Seu primo e sucessor Carlos XII voltou em 1500, desta vez por um período mais longo até que Francisco I se tornasse rei. Ao mesmo tempo, Florença entrou em guerra civil e a Itália foi devastada por condottieri famintos por saques.

Sua obra trata dos princípios dos quais o Estado deve proceder, bem como dos meios necessários para fortalecê-lo e preservá-lo. Seu livro mais famoso, O Príncipe (escrito em 1513 e publicado em 1532), descreve o método pelo qual um governante pode adquirir e manter o poder público. O maquiavelismo como doutrina foi usado para descrever os princípios da autoridade pública como uma máxima. "o fim justifica os meios".

Tornar-se um chefe de estado e governá-lo requer muitas qualidades inerentes ao status de nobreza. Muitas virtudes podem tornar uma pessoa adequada para o trabalho, mas não necessariamente para um cargo tão importante. Todas as ações e ideias correspondentes a essa tarefa foram coletadas por Maquiavel há mais de cinco séculos. Intitulado Príncipe, o livro é considerado um manual do governante. Um meio de ganhar e manter o poder é essencial para um príncipe. Porque esses são os fatores que garantem o funcionamento do seu governo. Primeiro, as conquistas hoje não são necessariamente territoriais, mas baseadas em pessoas.

A força e o poder do príncipe são demonstrados por seu amor por seu povo e seu carisma. Os cidadãos podem ser considerados o maior elemento defensivo da nação. Portanto, é impossível reinar sem a sua amizade. Se isso não for possível, pelo menos ajude. Amado ou temido, o príncipe não deve ser odiado pelo povo. Isso é observado quando o príncipe solicita. Porque quando o estado precisa de cidadãos, eles raramente são encontrados. É fácil convencer as pessoas, mas é difícil convencê-las. Disso podemos concluir que os governantes encontram seu sustento nos pilares do poder - o povo. Os meios de conquista não são tão importantes. Porque existem poucos conflitos armados no momento, e eles têm objetivos econômicos e políticos, não territoriais. Não se trata de exércitos e fortalezas, trata-se de especulação e protecionismo.

Cinco séculos depois, as prescrições de Maquiavel ainda são válidas. Sua visão é muito mais atual do que se imagina. Pois houve apenas uma transferência de poder do monarca, de uma única entidade para o estado, o topo da organização entre o povo. Apesar das grandes mudanças que ocorreram no atual sistema de organização do estado, porém, uma coisa é certa. Um bom governo só é possível com bons governantes.

Conhecendo a Obra de Maquiavel

O livro revoluciona a teoria do Estado e lançam as bases da ciência política moderna: “A Conquista e Exercício do Poder". As repúblicas nascem com a formação das cidades, formando um tríplice: monarquia, aristocracia e ditadura. Existem três que podem evoluir para tirania, oligarquia e anarquia, respectivamente. O pessimismo social de Maquiavel torna-se evidente neste ponto. É uma dialética de dois termos que trata da ordem ascendente e descendente, formando um círculo vicioso. Maquiavel também acreditava que todos os princípios são corruptos e degenerados e que só podem ser corrigidos por acidente externo (fortuna – sorte em latim) ou sabedoria interior (virtu – virtude em latim).

O que é o Estado na visão de Maquiavel?

O Estado é então definido como uma autoridade central soberana. É o domínio através do uso da força. As leis são ditadas pelas boas ações da sociedade, e toma-se cuidado para não repetir coisas malsucedidas. Então, não há nada pior do que ser tratado com grosseria. Quando isso acontece, fica exposto que o lado corrupto falhou em exercer seu poder. Para o Estado, por outro lado, aplica-se a tudo, desde violações de leis e costumes até o que for necessário para alcançar o resultado pretendido. Os fins justificam os meios. Nesta visão do poder do estado, a importância da religião torna-se aparente, já que muitas preocupações em favor do estado são levantadas em seu nome. A religião, na visão de Maquiavel, é um instrumento político, servindo para legitimar os interesses mais particulares, e também para servir de consolo para aqueles que buscam incessantemente, dispostos até mesmo a dar a vida pela religião.

E qual o ideal para Maquiavel?

O remate de uma república pode ser alcançado estrategicamente por meio da sucessão de governantes. Quando os mocinhos superarem os fracos, a nação será capaz de se afirmar. Por outro lado, se dois maus governos consecutivos, ou mesmo apenas um, a ruína da nação é inevitável. Ele aponta a importância de uma república. Porque em uma república, os próprios cidadãos elegem seus governantes, aumentando suas chances de ter um bom governo após o outro.

Sobre a defesa nacional, ele afirma que a aparente incompetência do soberano, uma vez que é sua prerrogativa exclusiva formar o seu próprio exército para defender o país quando há povo e não há exército. Também é muito importante saber a hora certa de instaurar uma ditadura. Isso é necessário para tomar decisões rápidas em casos excepcionais e evitar consultar os órgãos tradicionais do Estado. No entanto, deve ser estabelecido por um período de tempo para que não esfacele, e deve ser deixado no local até que o motivo de sua necessidade seja eliminado. Após análise teórica e comparativa do ponto de vista histórico, reconhece-se também a importância de sua fortuna. Tem sua própria contingência e poder para mudar os fatos. O autor define o papel do homem na história da seguinte forma: É sobre desafiá-la. Com base na teoria do equilíbrio, portanto, encontrar um meio-termo entre as formas de governo a adotar, tendo em vista que combinar as formas de governo existentes pode se revelar muito mais eficiente, conclui-se ser o ideal. A maneira como uma nação é governada deve estar de acordo com o povo, não o povo com a lei.

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