A FILOSOFIA DA CAIXA PRETA DE VILÉM FLUSSER

JULIANO ROBERTO SILVA CAETANO DE OLIVEIRA

FILOSOFIA DA CAIXA PRETA DE VILÉM FLUSSER

O autor é autodidata e criou uma teoria chamada de filosofia da caixa preta. Ele chama nosso mundo de hoje de pós-industrial ou pós histórico.

Segundo o autor, nossas ferramentas de hoje são chamadas de aparelhos, e esses não elaboram, nem modificam o mundo em que vivemos. A câmera, por exemplo é uma extensão da nossa visão. Sem a câmera eu consigo sobreviver.

O autor diz que a câmera é o patriarca de todos os aparelhos e também o mais simples quando comparado com os demais, pois o momento é transformado em uma imagem, surgindo assim, a filosofia da caixa preta.

Através da imagem você poderia prever o que a pessoa vai fazer no próximo instante daquela imagem estática.

Entretanto, ressalta o autor que a imagem fotográfica é ilusória, pois temos a falsa sensação de enxergar uma imagem tridimensional, que na verdade traz apenas duas dimensões. A profundidade da imagem é ilusória.

A imagem fala sozinha, dispensando que o fotógrafo descreva o que está acontecendo na imagem. O autor chama a fotografia de conceito que traz impressões automáticas. A fotografia permite desvendar o próximo passo do fotografado, bem como seu momento anterior. O observador chega ao ponto máximo de se sentir no lugar da pessoa fotografada.

Quem controla a fotografia é a câmera e não aquele que a manuseia, pois o fotógrafo que precisa adaptar-se à câmera para conseguir uma boa foto. O fotógrafo vai estudar o aparelho. Logo há uma inversão de fatores, a câmera domina quem a manuseia. Ao contrário de outros aparelhos, a câmera exige que o fotógrafo se module a ela, pois ela não se modula ao artista.

Em certo momento o autor compara a fotografia a um desenho realista, pois a depender da mão da pessoa, o desenho chega a ser um espelho.

Mais adiante o autor explica que cada fotógrafo se veda de maneira diferente. Cada pessoa estabelece limitações a si própria para chegar a determinada fotografia.

Ao final de sua obra o autor encerra comparando o artista a um animal em busca de sua caça, pois deve superar obstáculos e fazer por merecer a sua caça. Uma boa fotografia é produto de evolução, de saltos, de superação e muito trabalho.

A fotografia perfeita envolve ainda o instante decisivo, que é aquele momento capaz de transferir sentimentos para a fotografia.

Todo momento tem início, meio e fim, entretanto a fotografia perfeita capta apenas o meio.

OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO COMO EXTENSÕES DO HOMEM DE MARSHALL MCLUHAN

        Segundo McLuhan, os meios de comunicação têm um papel fundamental na sociedade, pois eles são capazes de influenciar e até mesmo mudar a opinião das mais diversas formas.

        Pode-se dizer que esses meios transmitem mensagens, sejam elas positivas ou negativas. As consequências pessoais e sociais ocorrem de forma nova e cada vez mais tecnológica e moderna. Esses meios atuam como extensão de nós mesmos. A mensagem de qualquer meio é a mudança de padrões, tendências ou paradigmas, que acaba por se introduzir e fazer parte da vida humana.

        Um exemplo que se pode observar no livro é a frase: “a mensagem do cinema enquanto meio é a mensagem da transição da sucessão linear para a configuração, pois esta transição linear que deu nascimento à observação”.

        É possível afirmar que tudo pode ser melhorado e a forma como a mensagem chega ao receptor passa por um longo processo para que o resultado final cause impacto e traga retorno para o fim que lhe foi proposto.

        Todos atuamos e interagimos de forma direta ou indireta com algum meio, como por exemplo a televisão, o rádio, o jornal, o teatro, internet, entre outros. Até mesmo para ler um livro ou revista estamos em contato com os demais meios, e assim, captamos a mensagem que cada um pode nos proporcionar.