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Resumo Livro Fotografia da Caixa Preta

Por:   •  13/11/2017  •  Resenha  •  3.399 Palavras (14 Páginas)  •  626 Visualizações

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL - CANOAS[pic 1]

RESUMO DO LIVRO “FOTOGRAFIA DA CAIXA PRETA”

MATHEUS LEANDRO ROCHA DA SILVA

FOTOGRAFIA, IMAGEM E COGNIÇÃO

CANOAS

2016

Resumo do livro “Filosofia da Caixa Preta”

DADOS

Autor do texto: Matheus Leandro Rocha da Silva.

Livro: Filosofia da Caixa Preta - Ensaios para uma futura filosofia da fotografia.

Autor do livro: Vilém Flusser.

        Editora HUCITEC

        São Paulo, 1985

Número de páginas: 48 páginas

Capítulos: 1. A Imagem; 2. A Imagem Técnica; 3. O Aparelho; 4. O Gesto de Fotografar; 5. A Fotografia; 6. A Distribuição da Fotografia; 7. A Recepção da Fotografia; 8. O Universo Fotográfico; 9. A Urgência de uma Filosofia da Fotografia.

Palavras-chave: fotografia, filosofia, Flusser, imagem, aparelho.

RESUMO

Entre o prefácio e o primeiro capítulo do livro, Flusser faz uma lista de 52 termos que formam um “Glossário para uma futura filosofia da fotografia”. Comprovar para seus leitores que tamanha é a importância da criação dessa filosofia fotográfica, é o objetivo central do autor. Ele escreve este livro para mostrar o quanto não temos conhecimento dos reais significados das imagens e de alguns conceitos fotográficos, e tenta abrir nossos olhos para que exploremos o grande mundo, pouco conhecido, que a fotografia possui.

        Para isso, o autor traz elementos como imagens, aparelhos, programas e informação, afim de que possamos entender seus conceitos e analisar amplamente cada um deles. Flusser não se limita à fotografia mas recorre a ela para explicar relações fundamentais entre humanos e aparelhos nos tempos atuais. Ele parte da hipótese de que a invenção das imagens técnicas inaugurou um novo modo de ser: o Pós-História. “[...] seria possível observar duas revoluções fundamentais na estrutura cultural, tal como se apresenta, de sua origem até hoje. A primeira, que ocorreu aproximadamente em meados do segundo milênio a C., pode ser captada sob o rótulo “invenção da escrita linear” e inaugura a História propriamente dita; a segunda, que ocorre atualmente, pode ser captada sob o rótulo “invenção das imagens técnicas” e inaugura um modo de ser ainda dificilmente definível. ” (FLUSSER, 1985, pg. 4)

  1. A Imagem

O livro começa tratando da imagem e sua função nos tempos modernos. De acordo com Flusser, imagens são superfícies que pretendem representar algo que, na maioria das vezes, se encontra lá fora no espaço e no tempo. Elas são criadas através da nossa imaginação, que codifica fenômenos e decodifica as mensagens – em outras palavras: faz e decifra as imagens – assim codificadas.

        A imagem tem seu significado superficial e basta um golpe de vista para decifrá-lo. Porém, para nos “aprofundar” quanto ao real sentido dela, precisamos analisar o que o emissor quis passar ao receptor e estudar cada elemento presente nela.

        “Imagens são mediações entre homem e mundo [...] elas têm o propósito de representar o mundo [...] são o mapa do mundo. O homem, ao invés de se servir das imagens em função do mundo, passa a viver em função de imagens. ” (FLUSSER, pg.7). Essa inversão gerou a idolatria, a alienação do homem em relação a suas próprias máquinas, o que faz com que ele não consiga mais decifrar as imagens.

        A história humana está envolvida nessa luta entre a consciência histórica (escrita) e a consciência mágica (imagem). Flusser explica que a imagem tem se tornado cada vez mais importante e passou a substituir até mesmo textos informativos, o que ele julga ser errado, uma vez que o homem deveria aproveitá-las para enriquecer os textos, complementando-os e não os substituindo. A textolatria, que é tão alucinatória quando a idolatria, surge nesse contexto de “fidelidade ao texto”, como na ideologia e nas ciências exatas. “É precisamente em tal mundo que vão sendo inventadas as imagens técnicas. E em primeiro lugar, as fotografias, a fim de ultrapassar a crise dos textos. ” (FLUSSER, pg. 9).

  1. A Imagem Técnica

No segundo capítulo, Flusser passa a fazer uma comparação entre a imagem tradicional e a imagem técnica (produzida por aparelhos), que para ele, simboliza uma espécie de evolução no modo de pensar e enxergar a imagem. “As imagens tradicionais precedem os textos, por milhares de anos, e as imagens técnicas sucedem aos textos altamente evoluídos. ” (FLUSSER, pg. 10).

        O autor diz que a imagem técnica requer toda uma estratégia, que gira em torno de um pensamento crítico do mundo, por isso é mais dificilmente decifrada. E a aparente objetividade das imagens técnicas é ilusória, pois são símbolos abstratos que codificam textos em imagens.

        Se na imagem tradicional havia um agente (pintor, desenhista, escultor) que se coloca entre a imagem e o seu significado, transferindo símbolos para superfície pela ação de sua mão; na imagem técnica, além do agente, há o aparelho (caixa preta) que se interpõe entre a imagem e o significado. Enquanto a magia das imagens tradicionais ritualizava mitos/modelos; a magia da imagem técnica ritualiza “programas” elaborados por “funcionários”, que preparam seus receptores para um “comportamento mágico programado”.

        Por fim, Flusser sugere que com o advento da imprensa e da escola obrigatória, se constituiu uma cultura ocidental fragmentada em três ramos: o pensamento conceitual hermético, o pensamento conceitual barato e a imaginação marginalizada pela sociedade. Sendo constituídos pelo o que é inacessível ao senso comum, pelo o que é consumido pelo proletariado, e pelas imagens reunidas em museus e exposições, respectivamente. A função da imagem técnica, portanto, é reunificar essa cultura: “o propósito das imagens técnicas era reintroduzir as imagens na vida cotidiana, tornar imagináveis os textos herméticos, e tornar visível a magia subliminar que se escondia nos textos baratos. ” (FLUSSER, pg.12)

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